Os brasões foram integrais ao Programa Decorativo de Afonso Taunay, que inseriu uma perspectiva paulista na interpretação dominante da Independência.[3] Foi o próprio Taunay quem encomendou as peças a Rodrigues, em 1925. O trabalho foi pago pelo Automóvel Club de São Paulo e pelo Club Comercial de São Paulo. Os governos municipais das nove cidades representadas apoiou a inserção, em alto relevo, de informações como nome e data de fundação dos municípios representados.[1] Taunay participou diretamente da elaboração dos brasões assim como da escolha da localização de cada peça e da respectiva moldura. Em carta, por exemplo, debateu com o então prefeito de Porto Feliz, Antônio Henrique Sampaio, a inserção de bandeirantes ladeando o desenho principal e a redação da divisa.[4][5]
Expostos pela primeira vez no início de 1926, os brasões feitos por Rodrigues foram colocados em arcadas cegas, sobre a escadaria, no museu. A disposição foi: os brasões de Santos, São Paulo e São Vicente foram colocados perto do Salão de Honra do museu. Compõem, com as ânforas e os retratos dos artífices da Independência, a decoração da entrada do museu.[2]
Em nota, à época, o jornal Correio Paulistano destacou as obras de Rodrigues como elementos centrais na aspiração de reconstituir a influência dos bandeirantes.[1] Foi destacado que, em todas as insígnias, há a presença de elementos que remetam ao imaginário das bandeiras e monções.[5]
Em virtude da importância das obras realizadas por Rodrigues, brasões que produziu foram, posteriormente, instituídos como emblemas oficiais de alguns dos municípios representados.[2]
Visão panorâmica da escadaria do Museu Paulista, em 2018, já com obras retiradas para a reforma do prédio. Localização dos brasões é indicada com nomes e anos de fundação de cidades, em alto relevo.
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