A 17.ª reunião de cúpula do G20 ou cúpula de Bali do G20 de 2022 foi realizada em Bali, Indonésia de 15 a 16 de novembro de 2022 reunindo as lideranças das vinte maiores economias do mundo.[1] A presidência rotativa do G20 passou a ser exercida pela Indonésia em 1 de dezembro de 2021, quando o cargo foi transferido do então Primeiro-ministro italiano Mario Draghi ao Presidente indonésio Joko Widodo no encerramento da Cimeira de Roma.
Antecedentes
Inicialmente, a Indonésia estava programada para sediar uma reunião de cúpula do G20 em 2023. No entanto, como o país também ocupará a presidência rotativa da ASEAN em 2023, a Índia, que deveria sediar a cimeira em 2022, concordou ceder a sede para o país vizinho. Em novembro de 2020, a Ministra dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, Retno Marsudi, confirmou a proposta: "A Indonésia terá a presidência do G20 em dezembro de 2022 enquanto a Índia terá a presidência um ano depois". A presidência rotativa da Indonésia teve início em 1 de dezembro de 2021, após a transferência da presidência do primeiro-ministro italiano Mario Draghi ao presidente indonésio Joko Widodo no encerramento da Cimeira de Roma.
Preparativos
O governo indonésio publicou um orçamento de 45 milhões de dólares destinados aos eventos do G20. Para a segurança do evento, o governo indonésio disponibilizou cerca de 10.000 agentes policiais e 18.000 soldados, incluindo 6.000 soldados do esquadrão Kodam IX/Udayana com sede em Bali. Algumas horas antes da realização da cimeira e durante todo o evento, o espaço aéreo do Aeroporto Internacional Ngurah Rai foi restrito, com horários de operação limitados e proibição de pernoites para aeronaves comerciais. Alguns voos foram, inclusive, redirecionados para os aeroportos próximos de Juanda, Lombok e Makassar.
O turismo regional indonésia foi fortemente afetado pela pandemia de COVID-19, o que impactou negativamente a economia de Bali, dependente do turismo. A cimeira foi sediada principalmente no Hotel Apurva Kempinski de Nusa Dua, uma região hoteleira que concentra grande parte dos resorts da capital indonésia. Paralelamente, o Centro Internacional de Convenções de Bali e o Parque Florestal de Ngurah Rai também abrigaram eventos e cerimônias relativos ao G20.
Tópicos
A cúpula de Bali do G20 de 2022 terá como principais tópicos:[2]
- Ascensão da resiliência econômica nacional e esforços de recuperação durante a pandemia de COVID-19;
- Promover as conquistas da Indonésia na reforma e na democracia;
- Promover a liderança e o compromisso da Indonésia em relação às questões globais;
- Promoção da cultura, turismo e indústrias criativas;
- Otimização de outros interesses nacionais.
Prioridades da Indonésia
O ministro do Ministério da Comunicação e Tecnologia da Informação da Republica da Indonésia, Sr. Johnny G. Plate, que há três prioridades da presidência da Indonésia para a cúpula de Bali do G20 de 2022, são elas:[3]
- Recuperação pós-pandêmica da COVID-19 e a conectividade entre governos globais;
- Aumentar a alfabetização e as habilidades digitais em direção à interconexão global para as pessoas; e
- Fluxo de dados transfronteiriço.
Eventos
Como país anfitrião da cúpula de 2022 e detentora da presidência, a Indonésia se compromete a organizar a reunião, da seguinte forma:
- Cúpula de Bali do G20 de 2022, Indonésia;
- Reunião dos Governadores do Banco Central e Ministerial do G20 de 2022;
- Reunião dos Sherpado G20 de 2022;
- Reunião dos Deputados do G20 de 2022;
- Agenda do Grupo de Trabalho do G20 para 2022;
- Agenda do Grupo de Envolvimento do G20 para 2022;
- Eventos paralelos ao G20 de 2022.
Controvérsias
A participação do Ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, promete ser um foco de tensões durante a reunião da cúpula. A expectativa de muitos diplomatas e analistas é que a reunião seja permeada das tensões resultantes da invasão russa à ucrânia. Será o primeiro encontro face à face dos diplomatas Russos e muitos de seus maiores críticos. A Rússia declarou sua intenção de realizar encontros paralelos com membros do G20, mas a ministra de relações exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, e o secretário de Estado estadunidense, Antony Blinken, rejeitam qualquer possibilidade de encontro. A mídia reportou uma articulação dos países do G7 para coordenar suas respostas aos discursos russos na cúpula.[4]
Inicialmente houve discussões sobre o boicote do encontro por parte dos países críticos da invasão russa, mas esses chamados foram rejeitados por resultar em uma concessão do espaço da cúpula para a diplomacia Russa.[4]
Líderes participantes
Convidados
Referências