Datando do final do século II a.C. e provavelmente construído por Lúcio Múmio Acaico, conquistador dos aqueus e destruidor de Corinto.[2] O templo tem 14,8 metros de diâmetro e é composto por uma cela circular com um círculo concêntrico de vinte colunas coríntias de 10,66 metros de altura apoiadas em uma fundação de tufo. Elas suportam uma arquitrave e o teto, que desapareceu. A parede original da cela, construída em blocos de travertino e mármore e dezenove das vinte colunas permanecem, mas o teto de telhas é posterior. A reconstrução publicada de Palladio sugere uma cúpula, mas esta suposição aparentemente está incorreta. O templo é o mais antigo edifício de mármore sobrevivente em Roma.
As grandes fontes literárias que atestam sua identificação são duas passagens quase idênticas, uma no comentário de Sérvio sobre A Eneida (viii.363)[a] e a outra na "Saturnália" de Macróbio.[3] Embora Sérvio tenha mencionado que aedes duae sunt ("há dois templos sagrados"), os mais antigos calendários romanos mencionam apenas um festival, em 13 de agosto, indistintamente a "Hércules Victor" e "Hércules Invicto".[4]
Já em 1132, o templo havia sido convertido em igreja, conhecida como Santo Stefano alle Carozze. Mais restaurações e um afresco sobre o altar foram feitos em 1475. Uma placa no piso foi dedicada pelo papa Sisto IV (r. 1471–1484). No século XVII, a igreja foi rededicada, desta vez como Santa Maria del Sole ("Santa Maria do Sol").
O templo foi reconhecido oficialmente com um antigo monumento romano em 1935 e finalmente restaurado em 1996.[5]
Notas
↑"Sed Romae victoris Herculis aedes duae sunt, unam ad Portam Geminam, alia ad Forum Boarium". O outro templo citado é o de "Hércules Invicto no Circo Máximo".
Alberti, Leone Battista. Architecture, 1755, tr. Leoni, James. (em inglês)
Claridge, Amanda. Oxford Archaeological Guides - Rome. Oxford University Press, 1998. (em inglês)
Coarelli, Filippo. Guida Archeologica di Roma. Arnoldo Mondadori Editore, Milano, 1989. (em inglês)
Salmon, Frank (1995). «'Storming the Campo Vaccino': British Architects and the Antique Buildings of Rome after Waterloo». Architectural History (em inglês). 38: 146–175. JSTOR1568626