Várias aeronaves foram desenvolvidas com base no design do Su-27, caso do Su-30, Su-33, Su-34, Su-35 e Su-37. Foi exportado para vários países, sendo o Shenyang J-11 uma versão chinesa construída sobre licença do Su-27.[7][8][9]
Desenvolvimento
Protótipo
O desenvolvimento inicial do Su-27 começou por iniciativa sobre supervisão de O.S. Samoilovich no final de 1969, com o objetivo de construir uma aeronave com capacidade de engajamento efetivo e superioridade aérea sobre o caça F-15 desenvolvido sobre o programa FX norte-americano de 1966. Esse programa foi chamado Perspektivnyy Frontovoy Istrebitel (PFI).[10] Diferentemente de várias aeronaves anteriores feitas pela URSS, que eram esforços para acompanhar o avanço tecnológico dos EUA, o Su-27 foi desenvolvido para ser em nada inferior e até superior em aspectos ao rival F-15.[11]
No estágio inicial foram feitas várias configurações alternativas, já que o processo para desenvolver a aeronave decorreu com vários desafios desde o princípio, incluindo uma baseada com um corpo similar ao F-15, mas no final decorreu em uma própria baseando nas configurações subsequentes apresentadas. Entre uma das características implementadas estão a concepção de estabilidade estática longitudinal, sendo balanceado por sistemas de controle de distância (EDCS).[11][12]
Entre os anos de 1971 e 1972 o conceito de design foi desenvolvido para base própria para os Departamentos de Design A.I. Mikoyan, P.O. Sukhoi e A.S. Yakovlev. O desenho do Su-27 (T-10) foi completado em setembro de 1971 e submetido a revisão da Força Aérea Soviética em 1972. No mesmo ano foi decidido por parecer das forças armadas que teriam duas versões do caça: uma leve que seria produzida pelo departamento de Design Mikoyan, que se tornaria o MiG-29, e uma pesada designada para o departamento de Design Sukhoi.[13] Baseando-se no que foi solicitado, houve um redesenho entre 1972-1973 para ser compatível com todos os requisitos, como aérea alar, design das entradas de ar, e fuselagem integral do tanque de combustível. Novos motores turbofansAL-31F foram desenvolvidos especialmente para o Su-27, que provou-se ser excelente nos quesitos de aceleração, manobrabilidade e taxa de subida. Contudo, vários problemas decorreram com o projeto, sobretudo componentes de aviônica antiquados, e necessidade de novos componentes e tecnologias.[11][12][14]
No ano de 1975 a configuração padrão de aerodinâmica foi consolidada, sendo otimizada com o reforço do trem de pouso e construção em larga escala em ligas de titânio. Em janeiro de 1976 foi aprovado pelo governo como caça de superioridade aérea para a força aérea, sendo três protótipos construídos (dois para testes de voo e um para estrutural). Todos os sistemas do Su-27 foram altamente testados, aerodinâmica, motores, sistemas de controle, ataque, navegação e armamentos, isso em vários laboratórios de voos conduzindo estudos em uma escala nunca vista anteriormente sobre qualquer avião de matriz soviética para formatação de sistemas de sistemas para o mesmo. Em 1977 a fábrica de Komsomolsk-on-Amur começou a fazer as primeiras unidades do Su-27, sendo aprovado na crítica e visão do comitê da Força Aérea Soviética. Os primeiros dois protótipos tinham motores AL-21FZAI. (T10-1 e T10-2)[11] Em 20 de Maio de 1977 foi realizado o primeiro voo pelo piloto de testes V.S. Ilyushin, sendo aprovados pelo teste militar do governo, continuação testes intensos sobre a plataforma.[13]
O desenvolvimento do projeto demonstrou diversos problemas nos protótipos, resultando em uma queda fatal do T-10-2 em 7 de julho de 1978.[13] Com intensivos testes sobre a plataforma, uma versão revisada com duas aeronaves, T-10-7 e T10-12, os quais também tiveram problemas com quedas, em especial deste que matou o piloto Aleksandr Komarov em 23 de dezembro de 1983, foram desenvolvidas e seriam a base do T-10-S.[15] Tal alcunha identifica diversas aeronaves construídas e testadas entre 1982 e 1985, desde versões com um tripulante quanto dois, até a versão final aprovada fosse oficialmente introduzida no arsenal soviético.[11][13][14]
Introdução
A introdução do Su-27 ao inventário Soviético ocorreu em junho de 1985, entregues ao 60º Esquadrão em Dzemghi. Mesmo sendo produzidas e entregues, tais aeronaves só se tornaram ativas e postas em serviço em 23 de agosto de 1990, depois que falhas maiores foram identificadas e consertadas durante testes. Em 1989 existiam 16 unidades de combate de Su-27 na Força Aérea Soviética. De acordo com informações de comandos e pilotos de unidades de transição, mesmo com o fato de sistemas muito mais complexos de aviônica e armamentos em detrimento de aeronaves de gerações anteriores, o treinamento de transição eram bem objetivos e sem complicações, sendo um avião razoavelmente fácil de ser dominado e usado com total eficiência.[11]
A partir do ano de 1991, as fabricas de Komsomolsk-on-Amur e Irkutsk começaram a produção de variantes de exportação do Su-27, caso do Su-27SK e Su-27UBK. Vários tipos foram exportados para China, Vietnã, Etiópia e Indonésia, sendo uma versão produzida sobre acordo de licença para a China, sobre o nome de Shenyang J-11.[11]
Evolução
Devido aos pontos de vantagem existentes no Su-27 observados ao longo dos anos, sua base foi reutilizada para formatação de novos aviões, fenômeno similar ao que ocorreu com o F-15 Eagle e F-18 Hornet. Essas evoluções condizem com várias aeronaves que utilizaram como base inicial do Su-27, caso do Su-30, Su-33, Su-34, Su-35 e Su-37;[7][8][16][17] além das versões de exportação e concessão.[18]
O Su-27 provou-se ser uma aeronave multiuso, o que possibilitou utilização e atualização de aviônica, motores e armamentos variados ao longo dos anos. Tal perspectiva já estava presente no projeto inicial, além dos protótipos dentro do programa T-10, no qual uma versão de dois tripulantes já era testada, sobretudo para treinamento, além da UB para bombardeios.[9][15] A evolução não foi condizente apenas com o avanço tecnológico em equipamentos, aviônica e afins, mas também pelo tipo de necessidade nas Força Aérea e Marinha Russas, formatando desde caças para interceptação quanto bombardeios táticos.[19][20][21][22]
Entre tais versões, o Su-30 apresenta-se como uma evolução nítida para a característica multiuso da plataforma do Su-27. Atualização da aviônica, uso de armamentos, introdução de novos radares e motores AL-31FP.[23] Enquanto o Su-33 é uma versão para uso em porta-aviões, possibilitando dobrar as asas para condição de entrada e armazenamento. Mesmo sendo pouco produzida, já que a Marinha Russa possui um porta-aviões somente, demonstrou uma das possibilidades de uso da plataforma lançada pelo Su-27.[8]
No caso do Su-34, ele tornou-se o substituto do Su-24, o que denota a perspectiva de conceito de aeronave universal, combinando características conflitantes sobre caça interceptador e bombardeio presentes ao longo dos anos. Mesmo sendo um bombardeio tático, ele tem capacidade e características de interceptador, possibilitando uso de misseis ar-ar e manobras evasivas.[9] O Su-35S apresenta-se como a versão mais moderna da plataforma em ação, com motores AL-41F1S, aviônica e armas de última geração do inventário russo.[24]
Características
O design do Su-27 possui similaridades com aviões de sua categoria por ser uma resposta direta ao F-15 Eagle e F-16 Fighting Falcon, já que nos anos 1970 os aviões soviéticos ficam em desvantagem sobre a superioridade aérea. Foi desenvolvido para alta performance, uso de sistema fly-by-wire, e possibilidade de carregar até 10 mísseis.[12][25]
O Su-27 possui asas em cropped delta devido a presença de ECM nos extremos das asas, além de varredura em 42 graus que levam vantagem com extensão dos slats e flaperons. Em combinação com os flaperons para uso convencionais, os ailerons movem-se com os flaps para proporcionar sustentação e arrasto.[14] O corpo é construído em titânio e liga de alumínio de alta resistência, fazendo ser leve para o tamanho da aeronave. Na fuselagem central consiste no compartimento de combustível, paraquedas de freio; e frente a cápsula com o cockpit, compartimento de radares e aviônica.[26][27]
Possui motores duplos AL31Fturbofans do departamento geral MMZ Saturn, desenhados pela A.M. Lyil'la. São econômicos, possuindo potência em pós-combustão de 12 500 kgf (123 000 N) cada e empuxo seco de 7 670 kgf (75 200 N) cada um; além de confiáveis, robustos e de fácil manutenção.[12] Outra característica foram seus testes em condições severas, demonstrando serem efetivos; possibilitando a aeronave a fazer a acrobacia aérea Pugachev's Cobra.[14]
O sistema de rádio proporciona voz e informações, usando tanto frequências VHF quanto UHF entre aeronaves e estações controle no chão. O raio de alcance entre aeronave e controle em solo é de 1 500 km, sendo a informação encriptada com link para informações de combate, e comando de guia para o controle terrestre sobre modo automático de interceptação.[26] As contramedidas eletrônicas funcionam tanto para aeronave individuais quanto para proteção de grupos, estando presentes na frente e traseira. Os sistemas incluem pilot de iluminação de aviso no receptor do radar, chaff e dispersores infravermelhos, além de jammer ativo localizados nos extremos das asas.[26]
Armamentos
O sistema de armamentos é o RLPK27, bastante sofisticado com controle de pulso Doopler para ser a prova de jam enquanto escaneia e trava no alvo para ser abatido. O raio de detecção do radar Phazotron N001 Zhuk é de 240 km, podendo visualizar até 10 alvos ao mesmo tempo em 185 km de distância, podendo disparar em dois alvos consecutivos ao mesmo tempo. O sistema de indicação é o SEI-31, tendo uma tela de indicação ILS-31 (HUD).[27] Em caso de falta do radar, um sistema elétrico-optico de mira a laser desenvolvido pela Geophysica NPO pode ser usado, possuindo um raio de alcance de 8 km para abate e 50 km de buscas. Esse sistema pode ser acoplado no capacete do piloto, possibilitando encontrar o alvo movendo a cabeça.[14][26]
No que tange os armamentos, o Su-27 pode carregar vários tipos de mísseis e bombas, tanto para ataque ar-ar quanto ar-solo. Possui 10 pilones aeronáuticos.[28] Para superioridade aérea inclui: R-27R1 (Nato AA-10A Alamo-A) para médio alcance e radar semiativo; R-27T1 (Nato AA-10B Alamo-B) com infravermelho de alcance entre 500 m e 60 km; R-73E (AA-11 Archer) com todos os aspectos, para combate aproximado de alcance entre 300 m e 20 km;[26] além de K-73. O Su-27 é operacional com os armamentos mais modernos ar-ar presentes no arsenal russo.[12][28]
Em ar-solo inclui possibilidade de uso de bombas FAB-500M62/RBK-500/ZB-500, FAB-250M54, FAB-250M62, OFAB-100-120, B-8MI, B-13L, S-25 não guiadas; Kh-29T, Kh-31P(A), Kh-59M, KAB-500Kr, KAB-1500Kr guiadas.[28] Nessa lista inclui e mísseis C-8, C-13 e C-25. Possui metralhadora 30 mm GSh-30-1 com 150 disparos em diferentes cadências.[26][28]
Comparação com o MiG-29
Ao comparar com o MiG-29, similaridades de desenho podem ser notadas facilmente, porém algumas diferenças existem:
Os estabilizadores verticais no MiG-29 estão inclinados para fora, enquanto no Su-27 são verticais;[12][29]
As entradas de ar do MiG-29 estão inclinadas para dentro, no Su-27 são verticais;[12][29]
A fuselagem no MiG-29 está inteiramente sobre as entradas de ar, motores e saídas debaixo das asas. No Su-27 existe uma inclinação distinta da fuselagem dianteira sobre as bordas superiores das entradas de ar.[12][29]
Su-27 russos foram usados na Guerra da Abecásia contra forças georgianas. Um caça, pilotado pelo Major Vaclav Alexandrowich Shipko (Вацлав Александрович Шипко), foi derrubado por um S-75M Dvina de fogo amigo enquanto estava interceptando um Sukhoi Su-25 georgiano. O piloto morreu.[32][33]
Guerra da Eritreia-Etiópia (1998-2000)
Su-27 Etíopes derrubaram dois MiG-29 da Eritreia e danificaram outros em fevereiro de 1999 na Guerra Eritreia-Etiópia.[30] Em maio de 2000, mais dois foram derrubados.[34] Os Su-27 eram usados em missões CAP (Patrulha Aérea de Combate), destruição de defesa aérea, escolta e missões de reconhecimento. Os Su-27 demonstraram-se eficientes em combate, tanto para superioridade aérea quanto bombardeio ao solo. A Força Aérea Etíope substituiu os antigos MiG-21, que foram o caça basilar entre 1977 e 1999, pelo Su-27, tornando o principal braço para superioridade aérea.[35]
Em 7 de fevereiro de 2013, dois Su-27 entram em espaço aéreo Japonês na ilha Rishiri perto de Hokkaido.[38] Quatro caças Mitsubishi F-2 fizeram contato visual com os aviões russos, avisando pelo rádio para deixarem o espaço aéreo.[39] Uma foto foi tirada por um piloto da Força Aérea Japonesa no incidente, sendo publicada depois pelo Ministério da Defesa.[40] A Rússia negou a incursão, alegando que os caças estavam em voo de rotina perto das Ilhas Curilas, as quais estão sobre jurisdição da Federação Russa.[38] Um incidente similar ocorreu quando um Boeing RC-135 norte americano voava sobre o Mar de Okhotsk em 3 de junho de 2014 e um Su-27 fez contato para interceptação.[41]
Guerra em Donbass (2014-2022)
Su-27 Ucranianos ficaram com objetivo de segurar superioridade aérea caso algum avião russo violasse o espaço aéreo ucraniano na Guerra em Donbass. Como isso não ocorreu, outras aeronaves, como o Su-25, ficaram com as obrigações de atacar alvos no solo, fazendo o Su-27 ter um papel pequeno no conflito, com missões de reconhecimento, patrulha aérea e eventual escolta.[42][43]
Intervenção Militar Russa na Guerra Civil Síria (2015-presente)
Com a queda com Jato Metrojet voo 9268, foram enviados mais aviões para a base aérea de Khmeimim, incluindo um esquadrão de Su-27SM3.[44][45]
Invasão da Ucrânia pela Rússia (2022-presente)
O Su-27 foi utilizado por ambos os lados na invasão russa à Ucrânia em 2022.[46] Em 24 de fevereiro de 2022, um Su-27 ucraniano e um veículo de reabastecimento foram queimados em um incêndio após um ataque russo à Base Aérea de Ozerne, no Oblast de Jitomir, durante o primeiro dia da invasão.[47] No dia seguinte, outro Su-27 foi derrubado em Kiev por fogo amigo,[48] embora erroneamente atribuído a um sistema russo S-400,[49] e foi registrado por moradores em seus celulares e publicado no Twitter.[50] Seu piloto, o Coronel Oleksandr Oksanchenko, foi morto.[51] Um terceiro Su-27 foi relatado como perdido por autoridades ucranianas sobre Kropyvnytskyi, no centro da Ucrânia. Seu piloto foi morto.[52]
Em 7 de maio de 2022, um par de Su-27 ucranianos realizou um ataque de bombardeio em alta velocidade e baixa altitude na Ilha das Serpentes, ocupada pelos russos; o ataque foi capturado em vídeo por um drone Bayraktar TB2.[53]
Em 7 de junho de 2022, um Su-27 ucraniano, de prefixo "38 blue", foi derrubado enquanto voava em baixa altitude perto de Orikhiv, no Oblast de Zaporíjia. A aeronave foi supostamente destruída por um míssil ar-ar inimigo ou por fogo amigo.[54][55]
Em 21 de agosto de 2022, um Su-27 ucraniano foi relatado como perdido em combate. O piloto faleceu.[56][57]
Em 13 de outubro de 2022, um Su-27 ucraniano da 39.ª Brigada de Aviação Tática foi perdido durante uma missão de combate na Oblast de Poltava, e o piloto faleceu.[59][60]
No incidente com drones no Mar Negro em 14 de março de 2023, um caça Su-27 russo interceptou um drone americano MQ-9 Reaper e fez várias passagens despejando combustível sobre ele, até colidir com o drone, causando sua queda no Mar Negro.[62]
T10S: Protótipo melhorado, similar as especificações da versão de produção.[11][63]
Su-27(Flanker-B): Primeira versão do caça produzido em série em 1982. O primeiro Su-27 entrou nas Forças Armadas Russas em 1984, sendo os testes concluídos em 1985 tornando-o operacional. É equipado com dois motores AL-31F, tendo capacidade de carga de 6 000 kg em 10 pilones aeronáuticos.[13][63]
Su-27P (Su-27 / "Flanker-B"): Aeronave com características de interceptador, com sistemas projetados para uso contra alvos aéreos.[63]
Su-27SK: Aeronave desenvolvida sobre a plataforma do Su-27 na fábrica de Komsomolsk-on-Amur para exportação. Possui altíssima manobrabilidade para superioridade aérea e sistema de ataque ao solo ADO e melhoramentos gerais.[63][64]
Su-27SM: Versão atualizada do Su-27, tendo o primeiro voo em 27 de dezembro de 2001. Nessa versão ocorreram refinamento do sistema de controle de armas, do VCS-27E para o SUV-Vash, proporcionando uso de mísseis X-21Aantinavios. Sistema de mira de radar RLPK-27VESH, mira óptica OEPS-27MK e informações no display Sils-27ME, além de identificação de condição da aeronave. No caso do ataque ao solo, o RLPK-27VESH é uma complementação ao RLPK-27E presente no Su-27SK.[65] Em 2009 a Força Aérea Russa possuía 45 exemplares desse modelo, sendo mais 12 recebidos até 2012.[66][67]
Su-27SM3: Possui base no Su-27K Possui motores AL-31F-M1, reforço na fuselagem e pontos de suspensão.[45][68][69]
Su-27SKM: Versão de um tripulante para exportação do Su-27SM. Possui características melhoradas do Su-27K e Su-27M.[63]
Su-27UB: Versão de dois tripulantes para treinamento e combate. Projetado para treinamento de pilotos para o Su-27, mantendo as mesmas características, mas melhorado com radar N001.[70]
Su-27UBK: Versão de exportação do UB para treinamento e combate.[70]
Su-30 (Su-27PU, Flanker-C): Versão construída com base no Su-27UB, feito para dar suporte tático as outras aeronaves como o Su-27, MiG-31 e outros interceptadores. Os últimos protótipos foram renomeados Su-30, sendo modificados para multiuso e exportação.[71] A versão versão de exportação Su-30MK foi exportada para Argélia, Índia, China e Malásia.
Su-33 (Su-27L, T-12 Flanker-D): Versão de um tripulante para porta-aviões com asas dobráveis, sistemas de travagem, aceleração rápida e cauda horizontal.[72] Poucas unidades foram construídas nos anos 1990, sobretudo para uso no único porta-aviões russo, o Admiral Flota Sovetskogo Soyuza Kuznetsov. Possuem capacidade de 6 500 kg de carga e 12 pilones aeronáuticos, além de reabastecimento em voo.[63]
Su-34 (Su-27IB, Su-32FN, Fullback): Caça-bombardeiro para ataques a longa distância com dois tripulantes, com capacidade operacional em qualquer condição climática e período. Primeiro voo realizado em 1990.[73][74]
Su-35 (Su-35BM, Flanker-E +)Caça multiuso, variante mais atualizada em serviço com base no Su-27. Também conhecido como "o último Flanker", é a versão mais moderna do Su-35. Possui motores AL-41F1S, nova aviônica e radar.[24]
Su-37 (T-10M-11, Flanker-F): Versão atualizada multi-função derivada do Su-27M. Possui sistema de controle de empuxo vetorial (UHT) e PGO. Ocorreu um acidente em um dos voos de testes, encerrando o programa.[75][76][77][78]
Shenyang J-11: Versão Chinesa do Su-27SK, construída sobre licença.[79][80]
A Força Aérea do Cazaquistão possui 36 Su-27P e Su-27UB. O Cazaquistão não recebeu nenhum Su-27 com a queda da URSS, mas já que possuíam 40 bombardeios estratégicos Tupolev Tu-95MS em seu território, eles fizeram um acordo com a Rússia de troca-los por 27 MiG-29, 16 Su-27 e 14 Su-25. Os primeiros 4 Su-27 foram entregues em 1996, sendo oito adicionais entregues conforme o contrato de cooperação militar. Em novembro de 1999 um novo contrato foi assinado para mais 12 Su-27 como pagamento pelas dívidas russas. Estão estacionadas em Karaganda perto da capital Astana e em Aktau, junto com os Su-25.[30][83]
A Força Aérea da Eritreia possuía 8 Su-27 em serviço até janeiro de 2013.[81] Foram recebidos o total de 8 Su-27SK/27UBs, estando provavelmente localizados na base aérea de Asmara, perto da capital.[30]
Dois Su-27 foram entregues para os Estados Unidos em 1995. Não são operacionais, apenas para testes e treinamento.[30][84] Outros dois foram adquiridos da Ucrânia em 2009 por uma empresa privada, Pride Aircraft. Eles são usados para treinamento agressivo pelos pilotos americanos.[85]
A Força de Defesa Nacional da Etiópia possui 11 Su-27SK, 3 Su-27SP e 4 Su-27UB. Em 1998 a Rússia começou a exportar Su-27 para diversos países para ganhos e melhoria arsenal. A Etiópia foi um dos compradores, assinando um contrato de 6 aeronaves de um tripulante e duas de dois, sendo entregues em novembro de 1998.[30]
Um incidente ocorreu em janeiro de 1999, quando um Su-27SK caiu enquanto estava fazendo um voo de demonstração. A aeronave foi substituída por uma reposição entregue pela Rússia. Depois da Guerra da Eritreia-Etiópia entre 1998-2000, mais 7 Su-27 foram solicitados em 2002. Acredita-se que foram entregues 5 Su-27SK e dois Su-28UB entre 2003-2004. A Etiopia também comprou 3 unidades da Ucrânia. As aeronaves estão baseadas em Debre Zeyit.[30]
Força Aérea da Indonésia tem 2 Su-27SK, 2 Su-30MK e 3 Su-27SKM em seu inventário, sendo todos operacionais. Em 2003 o Governo da Indonésia ordenou dois Su-27SK para substituir os já antigos A-4/TA-4 Skyhawks.[30]
A China possui 76 caças Su-27, sendo 36 Su-27SK e 40 Su-27UBK.[30] Os Flankers foram produzidos sobre três contratos separados pelas fábricas Russas de KnAAPO e IAPO, sendo entregues entre fevereiro de 1991 e terminando em setembro de 2009. O primeiro contrato consistiu em 20 Su-27SK e 4 Su-27UBK. Em fevereiro de 1991, ocorreu uma demonstração de voo da aeronave no Aeroporto Nanyuan de Pequim, no qual os pilotos chineses do Su-27 consideram sua performance excelente em todos os aspectos de voo. O segundo contrato teve algumas diferenças nas formas de pagamento e tempo, mas foi idêntico ao primeiro nos outros aspectos. As translações foram pagas tanto em materiais industriais quanto comida, podendo ter troca de dólares americanos no mesmo. Em dezembro de 1999, o terceiro contrato foi assinado, dessa vez para 28 Su-27UBK. Todas as aeronaves foram reforçadas nas asas e trem de pouso, devido as demandas de capacidade maior de usos ar-solo. Como resultado as aeronaves possuíam MTOW aumentado para 33 000 kg, ativo mecanismo de jamming, ECM L203/204, além de melhorias notórias na aviônica geral do caça, tanto nos mecanismos de combate, radar e navegação.[86][87]
Devido a cooperação da China com a Rússia, o diretor geral do Serviço Federal para Tecnologia Militar e cooperação confirmou a existência de um contrato de produção de uma variante do Su-27 pelo Governo da China. O nome da variante é Shenyang J-11.[88]
A Força Aérea Russa possui em torno de 500 Su-27,[30] sendo 225 Su-27, 70 Su-27SM, 12 Su-27SM3 e 52 Su-27UB em serviço em janeiro de 2014.[81] Um programa de modernização começou em 2004.[89][90] Metade do inventário foi modernizado até 2012.[91] A Força Aérea Russa está recebendo variantes SM3 modernizadas e considerada como padrão.[92]
A Marinha Russa possuía 53 Su-27 em seu inventário em janeira de 2014.[81]
A Força Aérea Ucraniana possui 67 Su-27 em seu inventário, recebidos com a dissolução da União Soviética. Um incidente importante foi uma queda de um Su-27UB em um show aéreo na base ucraniana de L'vov-Sknilov, em 27 de julho de 2002. O avião caiu no público que assistia a apresentação depois de acertar uma aeronave estacionada. A explosão matou 83 pessoas e feriu 115. O piloto foi preso, sendo o comandante da Força Aérea Ucraniana demitido e mais 3 oficiais do décimo quarto esquadrão detidos.[30] Atualmente não existe número exato de quantas aeronaves estão presentes no inventário da Ucrânia devido a Guerra em Donbass,[93] com unidades vendidas aos EUA para uso civil.[30]
A Força Aérea do Vietnã possui 7 Su-27SK, 5 Su-27UBK e 2 Su-27PU. Foi o segundo país na Ásia a comprar o Su-27 depois da China. Em 1994, 5 Su-27SK e um Su-27UBK foram comprados, recebendo em maio de 1995. Posteriormente, em 1996 mais dois Su-27 SK e 4 Su-27 UBK foram solicitados. Estão baseados na Base Aérea de Phan Rang na província de Hau Giang e na de Bien Hoa em Dong Nai, sendo os 934º e 935º regimentos respectivamente. Houve um queda de um Su-27SK (6007) em 1998.[30]
A Força Aérea da Bielorrússia recebeu entre 23 e 28 Su-27 do antigo 61.º Regimento de Caças da União Soviética. Muitos foram atualizados para uso de armas de precisão como RVV-AE e outros tipos de aviônica mais avançadas, sendo desenvolvido juntamente com o departamento russo de tecnologia. Eles possuem no total 21 aeronaves Su-27P/Su-27UB/UBM1, sendo considerado a substituição pelo Su-30.[30]
Especificações (Su-27SK)
Base de dados em Gordon e Davison,[2] Sukhoi Su-27SK,[3] KNAAPO Su-27SKM.[4]
Características Gerais
Tripulação: 1 (piloto).
Comprimento: 21,9 m (72 ft).
Envergadura: 14,7 m (48 ft 3 in).
Altura: 5,92 m (19 ft 6 in).
Área alar: 62 m² (667 ft2).
Peso vazio: 16 380 kg (36 100 lb).
Peso c/ carga máx.: 23 430 kg. (51 650 lb.) com 56% de combustível interno.
Peso máx. à decolagem (MTOW): 30 450 kg (67 100 lb).
Motor: 2 × Saturn/Lyulka AL-31F turbofans.
Performance
Velocidade máxima: Mach 2,35 (2 500 km/h, 1 550 mph) em altitude. .
Velocidade de cruzeiro: 1 400 km/h, 870 mph.
Raio de ação: 3 530 km em altitude, 1 340 km ao nível do mar.
Teto de serviço: 19 000 m (62 523 ft).
Taxa de subida: 300 m/s (59 000 ft/min).
Armamentos
Canhão 1 × 30 mm GSh-30-1 com 150 disparos.
Capacidade de 4 430 kg (9 770 lb) nos 10 pilones aeronáuticos externos.
6 mísseis de médio alcance ar-ar R-27, 2 mísseis de curto alcance R-73 infravermelho.
AFM (2007-1), Air Forces Monthly #226, January 2007, p. 18, Key Publishing, UK.
Butowski, Piotr (2007). The Next Generation in Combat Aircraft, European Edition, Vol.8 No.5, October-November 2007,pp. 22–25, Ian Allan Publishing, UK.
Butowski, Piotr (2008). Sukhoi's Latest 'Flanker', Combat Aircraft, European Edition, Vol.9, No.3, pp. 52–55, Ian Allan Publishing Ltd, UK.
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Fomin, Andrei (2000). Su-27 Flanker Story, RA Intervestnik, Moscow, Russia.
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Modern Combat Aircraft: Reference guide, pp. 50–51. Minsk, "Elida", 1997. ISBN 985-6163-10-2. (Russo)
North, David M. Su-27 pilot report - part 1 Part 2
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