A Sociedade de Transportes Coletivos do Porto, E.I.M., S.A. ou STCP é a empresa que gere a rede de autocarros no concelho do Porto e também várias linhas em concelhos do Grande Porto. Para além dos autocarros, há ainda três linhas de carros elétricos que estão sob a responsabilidade desta empresa.
O serviço, com 72 linhas (incluindo carros elétricos), é assegurado por um parque de autocarros (420 em 2021)[1] com uma média de idade de 14 anos. A STCP explora uma das maiores frotas de autocarros a gás da Europa, com um total de 257 veículos, o que representava 62% da sua frota em 2017. A empresa já tem em funcionamento autocarros elétricos com bateria, contribuindo para um menor impacto ambiental.[2]
Os autocarros da STCP tiveram em 2021 uma taxa de ocupação média de 10,1% e circularam com velocidade média de 15,82 km/h.[1] Tendo em conta estes números e os km totais percorridos pela frota nesse ano[1] é possível estabelecer a intensidade carbónica efetiva de 156 gCO2/Passageiro.km.
Em 2004, a empresa participou num programa para testar autocarros movidos a hidrogénio em várias cidades europeias, o projeto CUTE, tendo recebido 3 novos autocarros da empresa Mercedes-Benz, modelo O530BZ, movidos a esta energia. Destes 3 autocarros movidos a H2, dois foram devolvidos (STCP 4001 e STCP 4003) e um esteve em exposição no Museu do Carro Eléctrico (STCP 4002) até ser retirado algures após 2010, sendo o seu destino até ao momento incerto. Como "recompensa" pela participação da STCP neste projeto, aquando da retirada do serviço público dos 3 autocarros movidos a H2, foram recebidos outros 3 autocarros muito semelhantes aos que se encontraram em testes, embora estes fossem movidos a Diesel. Receberam a numeração STCP 2181, 2182 e 2183, e um deles acabou o seu serviço mais cedo do que o esperado, após um incêndio na A4 enquanto regressava à Estação de Recolha da Via Norte.
A cor-padrão dos autocarros é o típico azul escuro, agora com detalhes em turquesa e branco mostrando o novo slogan da empresa: "Mobilidade Inteligente". Previamente a 2018 a cor-padrão era o azul escuro com uma risca laranja, esquema adotado no início do milénio aquando da chegada da série de autocarros Mercedes-Benz O405N2 entre 1998 e 1999. Apesar disso, até cerca de 2007 ainda circularam autocarros com o esquema prévio da empresa: o cor-de-laranja com detalhes brancos.
Digno de visita é o Museu do Carro Eléctrico, onde se podem admirar vários veículos que marcaram o passado do Porto (não necessariamente só carros elétricos). Localiza-se na Alameda de Basílio Teles, em Massarelos.
900 Cordoaria ⇆ Santo Ovídio (via Ponte Luís I) Entre 2021 e 2023, esta carreira circulou em dois segmentos separados, devido a obras no tabuleiro inferior da Ponte Luís I:[3]
As linhas ZM (Zona Massarelos - Cordoaria ⇆ Boavista B.S.) e ZR (Zona Rio - Alfândega ⇆ Campanhã) foram extintas a 2 de Agosto,[quando?] tendo os seus percursos sido unidos originando a linha 403 que liga a Boavista a Campanhã.
A 3 de Agosto[quando?] foram introduzidas várias mudanças na rede STCP:
as linhas 200 e 203 beneficiaram de um prolongamento à Praça Cidade Salvador durante o mês de Agosto. Este prolongamento é efetuado na época de Verão até à data (2022);
as linhas 203 e 207 sofreram uma pequena alteração de percurso na zona de Serralves;
a linha 209 deixou de circular pelo Bairro de Bessa Leite e cemitério de Lordelo, passando a utilizar a Rua do Campo Alegre na íntegra, até à Rua de Serralves já em Lordelo;
a linha 304 passou a efetuar terminal na Avenida dos Aliados juntamente com a linha 600 (com horário combinado para que a linha 304 parta cerca de 3 minutos antes de um 600) e é servida quase diariamente por autocarros 100% elétricos, tornando-se não oficialmente a primeira linha da Invicta a ser operada completamente com autocarros elétricos;
a linha 403 foi criada em substituição das linhas ZM e ZR;
a linha 503 trocou o Interface da Casa da Música pelo Terminal do Bom Sucesso, começando a circular pelo antigo percurso da linha 209 pelas Ruas de António Patrício e António Cardoso, Rua da Venezuela e Bairro de Bessa Leite;
a linha 903 foi prolongada a Vilar do Paraíso.
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História
Alterações na rede
A 1 de Janeiro de 2007 foram introduzidas profundas alterações na rede de autocarros dos STCP, dando origem a bastante polémica e protestos por parte de muitos utentes, devido à enorme quantidade de transbordos que foram criados, inúmeras linhas diretas eliminadas, etc.[4]
Entrega de exploração a privados
Entre 1 de Julho de 2012 e 2015, as seguintes 8 linhas passaram a ser operadas em exclusivo por operadores privados, sendo que até estas datas haviam sido colocados em prática contratos e protocolos específicos a estas linhas para que o tarifário STCP fosse acessível a todos os utilizadores destas.
Anos mais tarde a situação viria a repetir-se, mas com linhas que já eram operadas pela STCP e apenas durante um certo período que coincidia com os horários Escolares, devido à necessidade de reforçar alguns eixos de maior procura no centro da cidade. Assim, a 1 de outubro as linhas 403 e ZC foram entregues pelo período de 3 meses à empresa Maia Transportes para que as linhas 200, 201, 203, 204, 205, 208, 208 e 305 fossem reforçadas.[5]
Pouco tempo depois, a 20 de novembro de 2020, foi anunciado que mais linhas teriam a sua operação subcontratada a mais operadores privados mas de forma a reforçar os eixos mais importantes fora do centro da cidade. Desta vez, a linha 705 foi entregue à ValpiBus, as linhas 706 e 707 entregues à Maia Transportes e a linha ZF entre à J. Espírito Santo, para que a 23 de novembro entrassem em vigor reforços nas linhas 501, 600 (acréscimo do uso de viaturas de tipologia articulada), 703 (reforço combinado com a linha 701 no eixo Marquês ⇆ Ermesinde), 800, 801 e 907 (reforço em hora de ponta entre Santo Ovídio e Vila D'Este).[6]
Com o novo confinamento em 2021 apenas em maio desse mesmo ano se voltou a verificar um reforço extraordinário. Neste último reforço as linhas 403, 601 e ZC foram entregues à Maia Transportes, a linha 604 foi entregue à Auto Viação Pacense, a linha 705 foi entregue à ValpiBus, as linhas 706 e 707 foram entregues à Transdev e a linha ZF foi entregue à União de Transportes dos Carvalhos (UTC) que posteriormente subcontratou a empresa J. Espírito Santo para a operar. Desta vez estas entregas vieram envoltas em polémica, visto que nas linhas 604, 706 e 707 o material circulante era extremamente inadequado para o perfil dos percursos. Surgiram diversas queixas entre os vários utilizadores das linhas: na 604 grande parte dos passageiros eram idosos que necessitavam do autocarro para se deslocarem a consultas no Hospital de São João ou para tratarem de assuntos no centro da cidade da Maia, e estes apresentavam fortes dificuldades em subir os diversos degraus dos autocarros; já na 706 e na 707, a Transdev entrou ao serviço com uns espantosos autocarros de 15 metros, normalmente utilizados em viagens de longo curso com percurso em autoestrada. Poucos dias depois foi anunciado que a frota utilizada nestas 3 linhas sofreria alterações para maior comodidade dos passageiros, mas isso só veio acontecer nas linhas 706 e 707 com o uso de autocarros com o comprimento padrão.[7] A subcontratação destas linhas permitiu o reforço das seguintes: 200, 201, 203, 204, 205, 207, 208, 305, 600, 703, 800, 801 e 907. A linha 600 apenas recebeu um maior número de autocarros articulados como da última vez, sendo que a principal diferença neste reforço foi mesmo a linha 907, que apesar de continuar apenas com o reforço entre Santo Ovídio e Vila D'Este, o mesmo decorreu ao longo do dia usando viaturas articuladas em grande parte dos dias (2 de manhã e outras 2 à tarde, de forma a intercalarem com as viagens com destino à Boavista).[8]
Gestão intermunicipal
A partir de 27 de dezembro de 2020, a empresa está na esfera intermunicipal, passando os municípios do Porto, Vila Nova de Gaia, Gondomar, Matosinhos, Valongo e Maia a assumir a gestão da operadora de transporte pública.[9]