A história das sex shops começou em torno de 1960, quando surgiu a pílula anticoncepcional e o sexo passou a ser tratado como uma forma natural de prazer e diversão. [1]
O primeiro sex shop do mundo foi o Beate Uhse AG, criado pela empresária alemã Beate Uhse-Rotermund. Antes disso, em 1946, Beate foi uma das pioneiras do setor de saúde sexual e compartilhava conhecimentos sobre sexo, como o uso da tabelinha como anticonceptivo, com as pessoas que formou relações de amizade. [2]
Os primeiros sex shops no Brasil surgiram no final dos anos 1970 e início dos anos 1980, em um contexto de repressão sexual e forte influência da moral conservadora. O primeiro sex shop de que se tem registro foi a Complement, montada no final da década de 1970 na cidade de São Paulo. [3]
Nos anos 1990, houve um aumento significativo no número de sex shops, impulsionado pela abertura econômica e maior liberdade de expressão. Nessa época, o mercado começou a diversificar sua gama de produtos, oferecendo não apenas artigos eróticos, mas também literatura, vestuário e outros itens relacionados à sexualidade.
Com a chegada do novo milênio, houve uma mudança na percepção social, com maior aceitação da sexualidade e do erotismo. O setor erótico passou por um forte crescimento nos anos 2000, com o lançamento de "Cinquenta Tons de Cinza", um best-seller de E.L. James que impulsionou as vendas de produtos sexuais. [4]
Um outro fator de crescimento para os produtos sexuais foi quando comércio eletrônico ganhou força, e muitos sex shops começaram a operar online, ampliando seu alcance e discrição na compra de produtos. Hoje, cerca de 90% das vendas de sex shops são realizadas via e-commerce. [2]
Produtos vendidos nas sex shops
Ao longo do tempo houve uma evolução das sex shops que saíram da venda do produtos como videos pornô em fita cassete e DVD para produtos de realização sexual.
Essa evolução das sex shops acompanhou o mercado internacional que se tornou mais requintado. Com a chegada de mais mulheres no mercado e a crescente demanda por produtos de qualidade. [5]
Atualmente a ABEME os produtos mais vendidos nas sex shops em 2018 eram: géis excitantes, lubrificantes íntimos que esquentam, géis para sexo oral, lingerie sexy e vibradores em geral. [2]
Com o tempo as sex shops passaram a desempenhar um papel educacional, oferecendo workshops, palestras e aconselhamento sobre saúde e sexualidade. [6] Também houve um esforço crescente para incluir produtos para a comunidade LGBTQIA+, além de um enfoque em produtos de bem-estar sexual. [7]