A Seleção Boliviana de Futebol, conhecida como La Verde, representa a Bolívia nas competições oficiais de futebol da FIFA. Sua organização está a cargo da Federación Boliviana de Fútbol, cuja fundação data de 12 de setembro de 1925. Está afiliada a FIFA desde 1926 e é um dos membros da CONMEBOL desde 1926.
Já participou três vezes da Copa do Mundo FIFA (1930, 1950 e 1994). Na Copa do Mundo de 1930 participou como convidada, em 1950 conseguiu a classificação após Argentina e Peru desistirem das eliminatórias e na edição de 1994 qualificado jogando as eliminatórias correspondentes, com Xabier Azkargorta como diretor técnico.
Em 1930, a seleção boliviana participou como convidada da edição inaugural da Copa do Mundo, no Uruguai, perdendo os dois jogos que disputou. Em 1950, classificou-se automaticamente para a Copa do Mundo após o boicote da Argentina, perdendo o único jogo contra o Uruguai, por 8-0.
A Bolivia participou 28 vezes da Copa América, onde foi campeã como anfitriã de forma invicta em 1963, com cinco vitórias e um empate (a competição ainda era chamada de Campeonato Sul-Americano). Este título foi o único conquistado pela seleção até hoje.
Participou da edição de 1994 da Copa do Mundo depois de ter se classificado em segundo do grupo B nas Eliminatórias da Copa do Mundo. No grupo C da Copa do Mundo de 1994, empatou um jogo e perdeu dois, sendo eliminada na primeira fase. Marcou um único gol, no jogo entre Bolívia e Espanha. O atacante Erwin Sánchez, então no Boavista (Portugal), foi o autor do tento histórico: a bola chutada pelo "Platini dos Andes" desviou em um jogador espanhol e enganou o goleiro Andoni Zubizarreta, decretando o empate. Porém, com dois gols marcados por Alejandro Hussi em quatro minutos, a Fúria venceria a partida por 3 a 1.
Em 1995, participou da Copa América, onde conseguiu alcançar as quartas de final, feito que não conseguia desde 1963. Nas quartas de final, a seleção perdeu para o Uruguai por 2-1. Em 1997, foi novamente sede da Copa América. O time chegou a final, mas perdeu para o Brasil por 3x1.
Disputou uma única vez a Copa das Confederações, sendo eliminada na fase de grupos, com dois empates e uma derrota.
Em 2015, chegou às quartas de final da Copa América, feito que não conseguia desde 1997, perdendo essa partida para o Peru por 3x1.
Já suas seleções de base conseguem ter um pouco mais de êxito que a principal. Suas campanhas de destaque são o título do Sul-americano Sub-17 de 1986, a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2010, o quarto lugar nos Sul-americanos sub-20 de 1981 e 1983 e por fim o quarto lugar no Pan-americano de 2007.
Estádio
A Bolívia joga suas partidas no Estádio Hernando Siles, localizado a 3637 metros de altitude, tornando-o um dos estádios profissionais do mundo de maior altitude. Muitas seleções visitantes protestaram que a altitude dá uma vantagem injusta à Bolívia contra seus oponentes. Em 27 de maio de 2007, a FIFA provocou uma controvérsia ao determinar que nenhuma partida das Eliminatórias para a Copa do Mundo poderia ser jogada em estádios a 2500 metros de altitude. Entretanto, a FIFA aumentou o limite de altitude para 3000 metros um mês depois após a repercussão negativa e incluiu uma exceção especial para La Paz, assim permitindo o estádio continuar sediando os jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo. Um ano depois, em maio de 2008, a FIFA removeu o limite de altitude.
Os primeiros uniformes da Bolívia eram todos brancos. Na Copa do Mundo FIFA de 1930, a Bolívia pintou antes da partida contra a Iugoslávia uma das letras de "Viva Uruguai" em cada uma das onze camisetas dos titulares para agradar a torcida local. No jogo seguinte contra o Brasil, dado que o adversário também usava branco, a Bolívia, em vez disso, pegou emprestado o uniforme azul do próprio Uruguai para jogar. O time voltou a transmitir uma mensagem aos anfitriões no Campeonato Sul-Americano de 1945, com as camisas dos jogadores a dizer "Viva Chile". Em 1946, a Bolívia mudou as cores de suas camisas para listras pretas e brancas, como as cores da região de Cochabamba, voltando a ser branco no ano seguinte. Em 1957, a FBF decidiu usar uma das cores da Bandeira da Bolívia. Dado que o vermelho e o amarelo eram usados por muitos dos outros sul-americanos como Chile, Brasil, Colômbia e Equador, o verde tornou-se a cor primária, levando ao apelido de "La Verde" ("A Verde"). [4][5][6]