Em 1068 Sancho Ramírez viaja a Roma para consolidar o jovem Reino de Aragão oferecendo em vassalagem ao Papa. Este vínculo está documentado inclusive na quantia do tributo de 600 marcos de ouro ao ano que devia pagar ao Estado Pontifício o Reino de Aragão. Alegou-se uma possível ligação desta relação feudo-vasalática com as armas de linhagem e a cor dos fios das fitas de lemnisco das quais pendiam os selos papais com o emblema de paus de ouro de gules que constituirá, a partir de Afonso II de Aragão, o sinal real do rei de Aragão.[6]
O rei de Navarra, Sancho Garcês IV de Pamplona, primo de Sancho Ramires, foi assassinado pelo seu próprio irmão Ramón em 1076 que numa caçada o lançou de uma elevada rocha. Os navarros, não querendo ser governados pelo fratricida, elegeram para seu rei Sancho Ramires, o qual incorporou a coroa de Pamplona à de Aragão.
Em 1078 devastou os campos de Saragoça, construiu a fortaleza de Castellar, e mais tarde obrigou a pagar tributo o rei muçulmano dessa cidade. Em 1083 apoderou-se do castelo de Graus, de Piedratajada e de Ayerbe que mandou repovoar. A conquista da planície ia-se assegurando com a construção de castelos que serviam de rampa de lançamento para as conquistas e posteriormente como protecção das terras conquistadas.
No ano 1086, tendo conquistado Monzón, ofereceu esta praça com título de reino ao seu filho o infante Pedro, que já o era de Sobrarbe e Ribagorza.[7][8]
Para estabelecer relações cordiais com Castela, ajudou a Afonso VI na batalha de Sagrajas (1086) e na defesa de Toledo (1090) e, finalmente, assinou um tratado de ajuda mútua com El Cid Campeador (1092).
Durante o seu reinado o rito romano foi introduzido em diversos mosteiros sob a sua jurisdição (1071).
Matrimonio e descendência
Casou-se em primeiras núpcias, possivelmente em 1062/1063, com Isabel de Urgel, filha do conde Armengol III de Urgel[9] e de Clemência de Bigorre. Divorciou-se em 1071. Desta união nasceu:
Pedro I de Aragão ou Pedro I Sanches "o Católico" (cerca 1068 - 1104), rei de Pamplona e Aragão em (1094 - 1104) casou por duas vezes, a primeira em Jaca no ano de 1086 com Inês da Aquitânia (morreu 6 junho 1095)[10] e a segunda em Huesca no dia 16 de Agosto de 1097 com Berta.
Ramiro II de Aragão ou Ramiro II Sanches "o Monge" (24 de abril de 1086 - 24 de agosto de 1157), rei de Aragão em 1134 - 1137, casado com Inês da Aquitânia.
Buesa Conde, Domingo (1996). Sancho Ramírez, rey de aragoneses y pamploneses (1064-1094) (em espanhol). Zaragoza: Caja de Ahorros y Monte de Piedad de Zaragoza, Aragón y Rioja. ISBN978-84-88793-84-3
Canellas López, Ángel (1993). Colección diplomática de Sancho Ramírez (em espanhol). Zaragoza: Real Sociedad Económica Aragonesa de amigos del País. ISBN978-84-604-8392-2
Lapeña Paul, Ana Isabel (2008). Ramiro II de Aragón, el rey monje (1134-1137) (em espanhol). Gijón: Ediciones Trea. ISBN978-84-9704-392-2
Lapeña Paul, Ana Isabel (2004). Sancho Ramírez, rey de Aragón (¿1064?-1094) y rey de Navarra (1076-1094) (em espanhol). Gijón: Ediciones Trea. ISBN84-9704-123-2
Sarasa Sánchez, Esteban (coord.) (1994). Sancho Ramírez, rey de Aragón, y su tiempo (1064-1094) (em espanhol). Huesca: Instituto de Estudios Altoaragoneses. ISBN978-84-8127-023-5