No meio jornalístico, foi redator-chefe (1924) e diretor (1926) da Revista do Brasil. Na política foi chefe de gabinete de Francisco Campos e, integrando a equipe que integrou o Ministério da Educação e Saúde do governo Getúlio Vargas, composta de muitas pessoas intelectuais e artistas herdeiros dos ideais da Semana de 1922, comandou o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN, atual IPHAN), da sua fundação em 1937 até 1967.[3] Pouco antes de sua morte, em 1969, Rodrigo ainda prestava depoimentos à imprensa e comparecia a eventos ligados à sua experiência no SPHAN.
Como escritor, deixou oito contos reunidos no livro Velórios, publicado em 1936. A obra teve o reconhecimento de intelectuais como Manuel Bandeira (que deu título ao livro), Mário de Andrade e Sérgio Buarque de Hollanda, que publicou um artigo elogioso ao livro no jornal Diário de Notícias, em 1948. A primeira edição foi paga pelo autor e não teve mais que duas centenas de exemplares. Um mês depois de lançado, Rodrigo decidiu recolher as cópias. Uma segunda edição só saiu em 1974, cinco anos após a morte de Rodrigo. Como pesquisador publicou, entre outros, Brasil: monumentos históricos e arqueológicos (1952) e Artistas coloniais (1958).[4]
Pai do cineasta Joaquim Pedro de Andrade (1932-1988), um dos grandes líderes do Cinema Novo, Virgílio Andrade e Clara Andrade Alvim.
Homenagens
Em sua homenagem o Ministério da Cultura do Brasil, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional instituiu, em 1987, o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, um prêmio de nível nacional que de acordo com o IPHAN "prestigia as ações de preservação do patrimônio cultural brasileiro que, em razão da originalidade, vulto ou caráter exemplar, mereçam registro, divulgação e reconhecimento público".[5]
Referências
↑«Rodrigo Melo Franco de Andrade». Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 18 de outubro de 2015. Consultado em 7 de julho de 2021