Revolta árabe de 1936–1939
|
Parte do Conflito israelo-palestino e do Conflito árabe-israelense
|
|
Data
|
1936 – 1939
|
Local
|
Mandato Britânico da Palestina
|
Desfecho
|
A revolta foi totalmente reprimida.
|
Beligerantes
|
|
Comandantes
|
|
Forças
|
25 000 a 50 000 soldados britânicos 20 000 policiais judeus 15 000 milicianos do Haganá 2 883 policiais palestinos |
1 000 a 3 000 (1936-1937) 2 500 a 7 500 (1938) Mais um adicional de 6 000 a 15 000 em tempo parcial |
|
Baixas
|
Forças Britânicas:
- 262 mortos
- c. 550 feridos
Judeus:
|
Árabes:
- c. 5 000 mortos
- c. 15 000 feridos
- 108 executados
- 12 622 aprisionados
|
|
A Revolta Árabe de 1936–1939 ou Grande Revolta Árabe foi uma revolta nacionalista árabe, contra o domínio colonial britânico e a imigração judaica em massa, na área do Mandato Britânico da Palestina.[1]
A revolta teve duas fases distintas.[2] A primeira foi dirigida principalmente pela Alta Comissão Árabe, urbana e elitista, e se concentrou principalmente em torno de greves e outras formas de protesto político.[2] Em outubro de 1936, esta fase havia sido derrotada pela administração civil britânica, mediante uma combinação de concessões políticas, diplomacia internacional (envolvendo os governantes do Iraque, Arábia Saudita, Transjordânia e Iémen)[3] e a ameaça da lei marcial.[2] A segunda fase, que começou no final de 1937, foi um movimento de resistência violento, liderado por camponeses que cada vez mais tinham como alvo as forças britânicas.[2] Durante esta fase, a rebelião foi brutalmente reprimida pelo Exército Britânico e a Força de Polícia Palestina usando medidas repressivas que eram destinadas a intimidar a população árabe e minar o apoio popular à revolta.[2]
De acordo com números oficiais britânicos que cobrem toda a revolta, o exército e a polícia mataram mais de 2 000 árabes em combate, 108 foram enforcados,[4] e 961 morreram por causa de "gangues e atividades terroristas".[3] Em uma análise das estatísticas britânicas, Walid Khalidi estimou 19 792 baixas para os árabes, com 5 032 mortos: 3 832 mortos pelos britânicos e 1 200 mortos por causa do "terrorismo", e 14 760 feridos.[3] Mais de dez por cento da população adulta masculina árabe palestina entre 20 e 60 anos foi morta, ferida, presa ou exilada.[5] As estimativas do número de judeus palestinos mortos variam de 91[6] a "várias centenas".[7]
Embora a Revolta árabe de 1936-1939 na Palestina não tivesse sido bem sucedida, suas conseqüências afetaram o resultado da Guerra árabe-israelense de 1948.[8]
Referências
- ↑ Morris, 1999, p. 136.
- ↑ a b c d e Norris, 2008, pp.25.45.
- ↑ a b c Hughes, M. (2009) The banality of brutality: British armed forces and the repression of the Arab Revolt in Palestine, 1936–39, English Historical Review Vol. CXXIV No. 507, 314–354.
- ↑ Levenberg, 1993, pp. 74–76.
- ↑ Khalidi, 2002, p. 21; p. 35.
- ↑ Patai, 1971, p.59.
- ↑ Morris, 1999, p. 160.
- ↑ Morris, 1999, p.159.
Ligações externas