Rainha Brasileira do Café é o título dado àquela que representa o Brasil no Rainha Internacional do Café, em Manizales, na Colômbia. Atualmente não há um concurso específico para eleger a representante do nosso país no evento. As candidatas são indicadas pela empresa detentora dos direitos do concurso no Brasil, a MMB Produções e Eventos, entre aquelas que melhor se classificaram no Miss Mundo Brasil de algum dos anos anteriores e que, no entendimento de especialistas do grupo, tem chances de trazer o título para a nação brasileira. No evento que abrange toda a América Latina e parte da Europa, o Brasil é líder de vitórias conquistadas, totalizando oito coroas no concurso.
História
Rainha do Café Brasil (57, 61 e 63)
Com a finalidade de eleger a representante brasileira para o concurso Rainha Internacional do Café, realizado na cidade de Manizales, na Colômbia, só houve três edições válidas para selecionar a brasileira em solo nacional: nos anos de 1957, 1961 e em 1963. O governo do Brasil foi convidado a apresentar uma candidata de sua escolha, eleita por concurso, para a primeira edição de escolha da "Rainha do Café" duranta a feira de Manizales. Assis Chateaubriand, proprietário do Diários Associados, junto ao presidente do Instituto Brasileiro do Café Paulo Guzzo, promoveram a disputa através dos principais veículos de comunicação da época, entre os Estados com maior índice de consumo, exportação e plantação de café. Mais de sessenta (60) candidatas se inscreveram em diversos Estados, e apenas vinte e três (23) delas seguiram para a final. A primeira vitoriosa foi Cleia Honain, de Araraquara.
Como a etapa internacional só era realizada de dois em dois anos, o concurso voltou a ter uma segunda edição em 1959. O Brasil, novamente convidado, não realizou uma disputa nacional. Como a organização da Feira de Manizales demandava que a candidata deveria ter passado por um processo de escolha, a Instituto Brasileiro do Café junto a Assis Chateaubriand, proprietário do Diários Associados e organizador do concurso Miss Brasil (principal concurso de beleza realizado no País, na época) convidaram Denise Guimarães Prado, terceira colocada no Miss Brasil 1958 para a disputa, já que a primeira e a segunda colocada já estavam direcionadas para outros concursos internacionais.
A escolha da mais bela rainha do café brasileira voltou à ser realizado em 1961. Com o apoio do Instituto Brasileiro do Café, foi realizada a disputa com sete (7) candidatas de seis (6) Estados durante a "I Festa e Exposição Nacional do Café" de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. O concurso aproveitou a feira, que realizou diversos simpósios, palestras e demonstrações do principal produto brasileiro, para eleger a mais bela. A vencedora na ocasião foi a representante de Minas Gerais, Mercedes Elizabeth del Carmen Carrascosa Von Glehn, que posteriormente deu o segundo título internacional ao Brasil.
A última edição ocorreu em 1963, tendo sido realizado com o apoio do Instituto Brasileiro do Café durante a "Semana Internacional do Café" de Londrina, com a presença de cinco (5) candidatas de cinco Estados do País. A final ocorreu no dia 15 de Dezembro daquele ano no Londrina Country Club e teve como vencedora a paranaense de Londrina, Andréa Vasconcelos de Oliveira. Destacou-se, na feira, a realização de um Simpósio das Cooperativas do Centro do Comércio do Café, inauguração da Agência do IBC e dos Serviços Agronômicos e Usina de Padronização, entrega de prêmios aos cafeicultores que produziram os melhores cafés na safra 1961/1962 e às firmas que participaram da exposição industrial. Vale salientar a participação de Elke Maravilha, naquela época, chamada de "Elke Grunnup" representando Minas Gerais, Elke tinha 18 anos e um ano antes tinha sido eleita "Glamour Girl de Minas Gerais".
Houve uma tentativa do Instituto Brasileiro do Café em realizar a disputa novamente em 1964, mas como a Feira de Manizales na Colômbia deixou de realizar a eleição da mais bela do café entre 1964 a 1971, o concurso em solo nacional perdeu força.
Rainha do Café do Brasil 1967
Somente em 1967, no Rio de Janeiro, com o patrocínio da "Revista do Comércio do Café", Secretaria de Turismo da Guanabara e o Instituto Brasileiro do Café outra escolha foi feita, a de "Rainha do Café do Brasil" de 1967. Na noite de 23 de Setembro de 1967 no Copaleme Praia Clube, venceu Maria Expedita Cavalcante de Castro, representante do Banco de Minas Gerais, que como prêmio, ganhou uma viagem à Buenos Aires, na Argentina.[1]
Rainha do Café do Brasil e Embaixatriz do Café 1968
Promovido pela "Revista do Comércio do Café" com apoio da Secretaria de Turismo da Guanabara, o concurso "Rainha do Café do Brasil" e "Embaixatriz do Café" foi realizado no Rio de Janeiro. A vencedora, recebia como prêmio uma viagem para Hamburgo, na Alemanha patrocinado pela empresa Aliança de Navegação, já a segunda colocada recebia o título de "Embaixatriz do Café" e ganhava uma viagem para Nova Iorque, nos Estados Unidos dado pela Cia Navegação Mercantil. A escolhida, em cerimônia realizada no dia 7 de Dezembro de 1968 no Clube Sírio Libanês do Rio de Janeiro foi Celi Regina Aguiar, representante da Cia Navegação Mercantil e a embaixatriz foi a candidata do Paraná, Rosângela Lopes da Costa.[2]