O Programa Surveyor consistiu do envio de sete espaçonaves não tripuladas para a Lua entre maio de 1966 e janeiro de 1968, com alunissagem suave e sem retorno (embora a Surveyor 6 tenha se tornado a primeira espaçonave a decolar da superfície lunar).[1][2]
O projeto foi conduzido por uma associação entre a NASA e o JPL, tendo como principal fornecedor a Hughes Aircraft. A negociação original, previa o custo de US$ 67 milhões mas acabou custando 5,4 vezes mais, totalizando: US$ 365 milhões.[3]
Características
O objetivo primário do Programa Surveyor era demonstrar a possibilidade de um pouso suave na Lua. Tal foi feito como preparativo para o Projeto Apollo, mas executou vários outros serviços além do seu objetivo principal. A capacidade para uma espaçonave fazer mudanças de curso em voo foi demonstrada, e os módulos de pouso carregavam instrumentos para ajudar na avaliação da conveniência de seus locais de pouso para as alunissagens tripuladas do Projeto Apollo.[1][2]
As espaçonaves Surveyor eram enviadas em uma trajetória de impacto lunar. Elas não orbitavam a Lua antes do pouso, apenas seguiam em alta velocidade para o "alvo" pretendido, a cerca de 9 700 km/h. Os propulsores tinham que ser acionados no momento exato mantendo a orientação perfeita e em comunicação constante com a Terra até o momento do pouso.[4]
O Surveyor Shovel (Pá do Surveyor) foi um projeto para determinar a composição da superfície da Lua. As Surveyor 3 a 7, levavam uma párobótica projetada para cavar a superfície e determinar a composição dos materiais.[5] Antes deste projeto, era incerto quão funda era a camada de pó sobre a Lua. Se a poeira fosse muito profunda, os astronautas não poderiam pousar.
Nota: a Apollo 12 pousou bem próximo do local de alunissagem da Surveyor 3, tendo recuperado vários componentes daquela sonda e trazendo-os de volta a Terra para estudo.[6]