Mudança fonética «f → h» do castelhano

A mudança fonética «f → h» do castelhano é um dos traços mais característicos do castelhano dentre as línguas romanças (embora também esteja presente no gascão,[1] no romeno da Moldávia e da Transilvânia, no asturiano oriental e, ocasionalmente noutras línguas romanças). O fenómeno trata-se de que, nalgumas condições fonológicas, a f- inicial latina tornou-se numa h- que depois desapareceu nas variedades padrão do castelhana, embora seja conservada esta pronunciação nalgumas palavras em vários dialectos, sobretudo em partes da Andaluzia,[2] da Estremadura[2] e da América espanhola;[3] mantém-se também e é característica do dialecto oriental da língua asturiana,[4] também nos seus dialectos de transição com a língua castelhana: o cântabro e o estremenho).[1] Nesta artigo apresentar-se-ão alguns estudos em relação a esta mutação com os seus respectivos resultados, mas também algumas da teorias e hipóteses quais os motivos que podem ter intervindo nela.

O fonema /f/ na fonologia latina

Principais etnias da Península Ibérica antes da conquista romana, podem ter tido influência nesta mudança fonética.

O lugar de /f/ no sistema consonantal

Nas palavras originais do latim, a /f/ só podia aparecer numa posição inicial, enquanto que numa posição intermédia só estava presente em préstimos doutras línguas (por exemplo, RUFUS rojizo ’vermelheço’). Obviamente, também nas palavras prefixadas cujo segundo elemento começada com uma F-, podia estar numa posição intermédia: DE-FENDERE ’defender’,[5] CON-FUNDERE ’confundir’ etc.[5] Este som, ao ser a única fricativa labial sem par (as outras fricativas eram /s/ e /h/, esta última desaparecida da fala algures no século I), ajustava-se muito instavelmente ao sistema consonantal, por conseguinte ficava facilmente exposta às mudanças próprias da evolução fonética.[6]

A pronúncia de /f/ era verdadeiramente [f]?

Além do que foi anteriormente dito, é possível que o som representado pelo grafema F não fosse labiodental, mas bilabial [ɸ].[7] Inclusive, se a /f/ tivesse sido um fonema isolado, podia ter tido dous alófonos na pronúncia. Alguns investigadores acham que apenas era um traço próprio desenvolvido pelo castelhano, por influência das línguas indo-europeias faladas nas terras onde nasceu o idioma, embora provavelmente não era a realização comum na Hispânia. Esta hipótese, embora possível, não pode ser comprovada. De qualquer maneira, parece mais plausível que nos dialectos ibero-romanços a pronúncia mais estendida fosse a bilabial.[8]

A realização fónica labiodental de /f/, que é encontrada no catalão,[9] no francês,[10] no italiano,[9] no português[10] e no romeno,[9] pode seguir, quiçá, por analogia à mudança [β] > [v], mediante o qual, a originária semivogal /w/ do latim – depois duma fase de articulação tardia como [β][11] – tornou-se numa /v/ labiodental nessas línguas. Esta última fase evolutiva, porém, não foi accionada ao longo da faixa setentrional da Península Ibérica, isto é, supondo que se a /f/ tivesse sido de articulação labiodental, não teria contado com um par sonora, por conseguinte tampouco ter-se-á ajustado ao sistema consonantal.[12]

Evolução de /f/ em castelhano

Possíveis alófonos e a sua distribuição

A realização do fonema /f/ como fricativo bilabial [ɸ], é bastante instável, por essa razão tem tendência a sofrer algumas mudanças na sua realização fonética segundo os sons com os que entra em contacto.[13][14] Assim, a articulação [ɸ], dependendo do contexto fonológico, podia ter realizações do género fortis ou do tipo lenis.

Voiceless labiodental fricative.ogg A fricativa labiodental surda [f].

Voiceless bilabial fricative.ogg A fricativa bilabial surda [ɸ].

Supõe-se que tinha três alófonos:

  • [h] fronte das vogais velares /o, u/,
  • [hɸ] (que pode transcrever-se também como [ɸh]) fronte à semivogal /w/, y
  • [ɸ] nas restantes posições, isto é, fronte das vogais /i, e, a/ e das consonantes /j, r, l/.

Quando um fonema tem vários alófonos, como neste caso a /f/, sempre está submetido a potenciais mudanças em quanto à distribuição dos alófonos. Umas condições fonológicas podem reforçar (por exemplo., precedida duma nasal /-nf-/, ou líquidas /-fl-, -fr-/) ou relaxar a articulação, até chegar a uma simples aspiração. No dialecto gascão da língua occitana, independentemente do contexto fonético, esta articulação [h] estabeleceu-se em todas as posições;[14] enquanto que no castelhano, só fronte de vogais (com a excepção do ditongo «ue»,[15] vide o trecho sobre o contexto fonológico abaixo):[16]

  • FRATRE > hray ’germano/irmão’, cast. fraile (frade);
  • FRUCTU > heruto, cast. fruto (fruto);
  • FLORE > hlor, cast. flor (flor);
  • FESTA > hèsta, cast. fiesta (festa);
  • FILU > híu, cast. hilo o filo (fio);
  • FATU > hado;
  • CONFINE > couhí, cast. confín (confim);
  • PROFUNDU > prouhoun, cast. profundo (profundo).[5]

É preciso referir que igualmente nalgumas regiões da România tem acontecido esta mutação, por exemplo, nalgumas zonas da Calábria na Itália achamos h- em vez da F- latina: FABA > hava (pt. fava), FEMINA > hímmina (pt. fêmea), FERRU > hierru (pt. ferro), FICU > hicu (pt. figo).[16] Até aparece no norte (Bréscia): FAMEN > ham (pt. fome), FEBRUARIU > hebrer (pt. fevereiro), FOLIA > hoja (pt. folha).[16] A mudança é comum também nos dialectos rurais do romeno, mas também no arromeno e no meglesita: FILIU > hiu (pt. filho), FERRU > hier (pt. ferro). Nalgumas áreas isoladas da Sardenha, a f- desapareceu completamente: FOCU > oku (pt. fogo), FUMU > ummu (pt. fumo).[17]

Primeiros achados que atestam a mudança na Castela histórica

A documentação mais precoce que atesta a mudança /f /> /h/ ou a perda completa da /f/ na Castela histórica (incluindo a La Rioja), é do século IX. Num dos documentos, do ano 863, o nome latino FORTICIUS aparece na forma Ortiço; logo, noutro de 927, como Hortiço. Desde o século XI, o número das aparições aumenta, e não só em Castela, más também noutros territórios. Como pode ver-se nos exemplos, dado que a mudança já aparecia esporadicamente na escritua, pôde ter-se realizado muitos antes na forma oral.[18]

Não se sabe ao certo, porém, se esta inovadora realização estava estendida a todo o território castelhano. Provavelmente tinha sido própria só das classes sociais mais baixas; é possível que as clases cultas e mais conservadoras pronunciassem uma [f] o [ɸ] em todas as posições, ou que a aspiração [h] só fosse articulada fronte a vogais velares. Contudo, não é possível obter conclusões definitivas até que esta evolução fonética fosse consolidada na escrita, dado que durante séculos, a aspiração era representada também pelo grafema f-. Isto fica bem atestado no Cantar de Mio Cid, no qual a preposição de origem árabe, hasta (>ḥatta, pt. até) aparecia na forma fasta. Ao mesmo tempo, a palavra árabe al-ḥanbal tornou-se alfombra (tapete). Tudo indica que, realmente, os falantes não podiam detectar a diferença acústica entre as realizações [f] y [h], tal e como considera Alarcos Llorach (1951, 39):[19]

En el sentimiento del hablante la sustitución de h por f no comportaba ningún cambio de significación; fonológicamente, eran variantes de un solo fonema. Para los cultos, entre estas dos variantes había cierta relación valorativa: la f era más culta, la h más rústica; ambos sonidos eran, pues, variantes estilísticas de un solo fonema.

O contexto fonológico

Como é possível ver, no castelhano estendeu-se a articulação aspirada com [h] a todas as posições pré-vocálicas:

  • FACERE > hacer (fazer);
  • FÉMINA > hembra (fêmea);
  • FERRU > hierro (ferro);
  • FILIU > hijo (filho);
  • FOLIA > hoja (folha);
  • FUMU > humo (fumo).[5]
  • algumas excepções (geralmente cultismos) são: febrero (fevereiro), fiebre (febre), fiesta (festa), filo (fio), fin (fim).[5]

As palavras prefixadas também têm sido submetidas à evolução quando os falantes as identificavam como tais:

  • OFFOCARE > ahogar (afogar);
  • SUFFUMARE > sahumar (enfumarar).[5]

Em caso contrário, a -F- intervocálica evolucionou, normalmente, para uma [β] (representada por v o b na escrita), por analogia à evolução das oclusivas surdas originais:

  • PROFECTU > provecho (proveito);
  • RAPHANU > gr. ῥάφανος) > rábano (rábano).[5]

Embora produzem-se também casos de perda.

  • DEFENSAM > dehesa (pastagem, geralmente fechada)[5]

No castelhano antigo, a sequência -NF- findou em -f (o -ff-): INFANTE > ifante ou iffante,[20] que depois se consolidou-se na forma etimológica infante no castelhano contemporâneo.[5]

A F- conservada fronte às consonantes, assim como fronte à semiconsoante [w] (excepto na Andaluzia e nalgumas zonas dialectais da Hispanoamérica, onde pronuncia-se como uma aspirada ou uma [ɸ] ou [f]:

  • FLORE > flor (flor);
  • FRIGIDU > frío (frio);
  • FORTE > fuerte (forte);
  • FUIMUS > fuimos (fomos);
  • FONTIS > fuente (fonte);
  • FOCUS > fuego (fogo).[5]

Há, contudo, alguns escassos exemplos no qual o grupo FL- perde a F- inicial (por exemplo, FLACCIDU > lacio (flácido))[5] o que sugere que nalgumas raras ocasiões podia, quiçá, aparecer a aspiração [hl-]; porém, na maioria dos casos a f conserva-se neste contexto (é provável que aqui outros factores tenham intervindo, cf. com a palatalização perdendo logo a oclusiva dos grupos iniciais CL- y PL-).

A mudança /f /> /h/ e o bilinguísmo vasconço-latino

Argumentos a favor do substrato vasconço

Uma das explicações mais estendidas e aceites sobre as possíveis causas do fenómeno são atribuídas a Ramón Menéndez Pidal.[21] Segundo ele, o que iniciou a mudança era o substrato vasconço-cântabro-ibérico.[22] Resumindo a sua teoria, diz que os bascos e os cântabros (e, presumivelmente também os iberos), cujas línguas careciam do som [f], substituiam-no por uma aspiração em [h] que, em termos acústicos, era a mais próxima. Isto concorda com o facto de os primeiros vestígios da mudança terem sido achados no norte de Castela, que eram terras colindantes com as áreas bascófonas e, do outro lado dos Pirenéus, na Gascunha, era também habitada antigamente por povos que falavam o basco ou uma língua relacionada.

Embora a mesma mudança tenha ocorrido em regiões da Romênia, apenas no castelhano e no dialecto occitano gascão é que este fenómeno conseguiu consolidar-se e impôr-se, isto é, trata-se de duas áreas nas quais provou-se a presença antiga de povos basco-aquitanos nos tempos anteriores às conquistas romanas.[22]

Objecções contra as teorias substratistas

A teoria mostrada na secção anterior parece bastante razoável no início. Porém, há algumas objecções indo contra esta. Primeiramente, segundo os conhecimentos disponíveis hoje, não é sabido com certeza se o som aspirado [h] existia no vasconço medieval embora tampouco é impossível. Fronte a essa incerteza pode surgir a questão de se esta [h] "verdadeiramente tivesse substituído a [f]?" (a qual, segundo Menéndez Pidal, era definitivamente de articulação labiodental e não bilabial) e, por outro lado, "é certo que os bascófonos não eram capazes de pronunciar a [f] labiodental?" (sabendo que alguns dialectos do basco, a que dantes era uma bilabial fricativa tornou-se numa [f] labiodental em posição intervocálica). Tal e como afirma o filólogo basco Koldo Mitxelena (1957, 126):[23]

[…] los vascos no parecen haber encontrado demasiadas dificultades para pronunciarlo a partir de fecha bastante antigua.

Outro argumento contra o substrato basco é que, no romanço da Navarra, área na qual havia uma vasta população bascófona, a /f/ inicial foi conservada.[24] Por tanto, se a presença duma grande comunidade bascófona tivesse sido um factor tão importante, poderia inferir-se que havia de ter tido algum efeito no dialecto romanço navarro.[24]

Outrém têm abordado o problema com formulações mais gerais. Sendo que a mudança /f/ > /h/ também aparece noutras regiões da Roménia, por que é que teria de estar relacionado com um substrato vasconço em específico? Alguns investigadores consideram que se o fenómeno pudesse ser explicado por causa internas estructurais da língua, não seria preciso procurar motivos adicionais. Assim, segundo raciocina Malmberg (1958; 1961, 75)[25] se partirmos do facto de que o fenómeno consiste numa perda dum traço articulatória, em específico, a labialidade, nalgumas áreas isoladas dos restantes dialectos romanços occidentais, não necessariamente deve haver outras causas para iniciar a mutação.

Hipóteses alternativas

Além das teorias acima referidas, houve professionais que analizaram o problema desde aspectos mais abstractos. Por exemplo, o filólogo espanhol Gregorio Salvador apresentou em 1983 a sua «Hipótesis geológica», segundo a qual a principal causa motivadora da mudança era que os castelhanófonos primitivos perderam a sua dentadura pela ausência de flúor nas águas de Castela.[26] Acerca desta hipótese, fizeram-se até várias análises hidrológicas em Castela e em Aragão; porém, os seus resultados revelaram que não há diferenças significativas entre a composição das águasnas duas regiões em relação ao seu escasso conteúdo em flúor. Em 1986, José Ramón Maruri, da Universidade de Navarra, reaccionou sarcásticamente à teoria de Gregorio Salvador, concluindo que:[27]

Es evidente que, si los dientes de los castellanos primitivos no resistieron la acción destructora de las aguas, la misma suerte tuvieron que correr los dientes de los altoaragoneses. No se explica, pues, cómo se las arreglaron estos desdentados para mantener intacta la F- inicial latina que los otros perdieron con la dentadura. En la hipótesis del Dr. Salvador hay alguna falla… geológica.

Conclusões

O problema das teorias conhecidas até hoje é que simplificaram bastante a situação. Os investigadores, tanto os seguidores das hipóteses substratistas como os seus opositores, tentam explicar a mudança com uma única e simples causa, quando, em ocasiões, um só factor não é o único responsável de uma mudança linguística, sendo que o processo pode ser mais complexo.[28]

Os que colocaram o fenómeno em relação com o substrato basco, não explicaram detalhadamente como este podia ter actuado e tampouco têm examinado outras circunstâncias. O uso da expressão "substrato" não é a mais apropriada neste caso, dado que isto supõe que a evolução tivesse sido efectuada na época romana quando os conquistadores latinos chegaram à Península. Porém, dos documentos disponíveis fica clara que a mudança fonética deve ter acontecido algures entre os séculos VIII e X, pelo que portanto seria, quiçá, mais acertado falar de influência de "adstrato" e não dum "substrato".[29]

Ao mesmo tempo, os que se opunham às teorias de substrato desconsideraram a possibilidade de que o bilinguismo basco-romanço tivesse tido algum papel nas mudanças. Os que têm tentado explicar o fenómeno com argumentos mais gerais, como "também aparece noutros lugares da Roménia", não têm considerado que a mesma evolução fonética pode ser provocada por diferentes motivos em distintas paragens.

Resumindo, pode dizer-se que ninguém analisou até à data satisfatoriamente a complexidade do fenómeno, isto é, que tanto o bilinguismo basco-romanço como causas estruturais internas das línguas puderam intervir na realização de mudança. Outro problema é que, embora tenham sido feitas recentemente e continuem a ser feitas novas investigações em relação a este fenómeno, os resultados destas têm sido ignorados até pelas publicações linguísticas mais recentes. Para concluir, vale a pena mencionar que o f- que aparece nas palavras do castelhano actual tem sido introduzido de volta na língua através de cultismos e semicultismos.[30]

Referências

  1. a b Lapesa, Rafael (1 de janeiro de 1980). Historia de la lengua española (em espanhol). [S.l.]: Editorial Gredos. ISBN 9788424908294 
  2. a b La identidad lingüística de Andalucía (em espanhol). [S.l.]: Centro de Estudios Andaluces. 1 de janeiro de 2009. ISBN 9788461313242 
  3. Mouton, Pilar García (1 de janeiro de 2003). El español de América, 1992 (em espanhol). [S.l.]: Editorial CSIC - CSIC Press. ISBN 9788400081775 
  4. Basalo, Susana Villa (1 de janeiro de 1999). Estudios asturianos (em espanhol). [S.l.]: Academia Llingua Asturiana. ISBN 9788481681802 
  5. a b c d e f g h i j k Española, Real Academia (1 de janeiro de 2014). Diccionario de la lengua española (em espanhol). [S.l.]: Real Academia Española. ISBN 9788467041897 
  6. Lloyd, págs. 212–213.
  7. Penny, Ralph (1 de janeiro de 2014). Gramática histórica del español (em espanhol). [S.l.]: Grupo Planeta (GBS). ISBN 9788434417342 
  8. Villar, Francisco; Alvarez, María Pilar Fernández (1 de janeiro de 2001). Religión, lengua y cultura prerromanas de Hispania (em espanhol). [S.l.]: Universidad de Salamanca. ISBN 9788478008933 
  9. a b c Palacio, María Josefa Sánchez-Reyes de (28 de janeiro de 2008). Lengua viva: reflexiones sobre el lenguaje actual (em espanhol). [S.l.]: Ediciones carena. ISBN 9788493462086 
  10. a b Cortès, Tomàs Forteza i; Perea, Maria Pilar (1 de janeiro de 2009). Gramática de la lengua catalana (em espanhol). [S.l.]: L'Abadia de Montserrat. ISBN 9788498831832 
  11. Blanco, Marta (1 de janeiro de 2006). Aproximación a la cronología de las transformaciones funcionales de labiales y sibilantes del español (em espanhol). [S.l.]: Univ Santiago de Compostela. ISBN 9788497507776 
  12. Lloyd, pág. 213.
  13. Viguera, Manuel Ariza; Toro, Jose Javier Rodriguez; Cornejo, Rosalia Garcia; Paredes, Elena Mendez Garcia De; Cantos, Dolores Gonzalez; Martinez, Ninfa Criado (1 de janeiro de 2005). Lengua y literatura castellana. Profesores de enseñanza secundaria. Prueba practica. (em espanhol). [S.l.]: MAD-Eduforma. ISBN 9788466545792 
  14. a b Klee, Carol A. (1 de janeiro de 2009). El español en contacto con otras lenguas (em espanhol). [S.l.]: Georgetown University Press. ISBN 1589016084 
  15. González, Ana; Martín, Ana González (11 de dezembro de 2013). Apuntes de latín (em espanhol). [S.l.]: Bubok. ISBN 9788468650890 
  16. a b c Lloyd, Paul M. (1 de janeiro de 1987). From Latin to Spanish: Historical phonology and morphology of the Spanish language (em inglês). [S.l.]: American Philosophical Society. ISBN 9780871691736 
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  19. Alarcos Llorach, Emilio. 1951. Alternancia de f y h en los arabismos. Archivum 1.29–41. (Lloyd, pág. 218, ref. 370).
  20. Revista de filología española (em espanhol). [S.l.]: El Instituto. 1 de janeiro de 1976 
  21. Alvar, Manuel (1 de janeiro de 1997). Nebrija y estudios sobre la Edad de Oro (em espanhol). [S.l.]: Editorial CSIC - CSIC Press. ISBN 9788400076764 
  22. a b Grau, Carlos Garatea (1 de janeiro de 2005). El problema del cambio lingüístico en Ramón Menéndez Pidal: el individuo, las tradiciones y la historia (em espanhol). [S.l.]: Gunter Narr Verlag. ISBN 9783823360070 
  23. Michelena, Luis. 1957. Las antiguas consonantes vascas. Catalán 1957b, 113–58. (Lloyd, pág. 219, ref. 382).
  24. a b Izquierdo, Milagros Aleza; Rocher, Javier Estrems; Gutiérrez, Francisco M. Teruel (1 de janeiro de 1999). Estudios de Historia de la lengua española en América y España (em espanhol). [S.l.]: Universitat de València. ISBN 9788437039350 
  25. Malmberg, Bertil. 1958. Le passage castillan f > h — perte d'un trait redondant? Cercatări de lingvistică, 3.337–43; también en Phonétique générale et romane, La Haya, París: Mouton, 1971, 459–63; y además en: 1961. Lingüistique ibérique et ibéro-romane. Problèmes et méthodes. StL 15.57–113. (Lloyd, pág. 220; refs. 380-381).
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  27. «Discusión de la Hipótesis geológica de Gregorio Salvador» (PDF). Servicio de Publicaciones de la Universidad de Navarra. Consultado em 18 de janeiro de 2009. Arquivado do original (PDF) em 3 de abril de 2010 
  28. Congosto, Yolanda (1 de janeiro de 2002). Aportación a la historia lingüística de las hablas andaluzas (siglo XVII) (em espanhol). [S.l.]: Universidad de Sevilla. ISBN 9788447207138 
  29. Lloyd, págs. 220–221.
  30. Mozas, Antonio Benito (1 de janeiro de 1992). Gramática práctica (em espanhol). [S.l.]: EDAF. ISBN 9788476405963 

Bibliografia

  • From Latin to Spanish, Paul M. Lloyd, American Philosophical Society, Filadélfia, 1987, págs. 212–223 (citado como Lloyd)
  • Historia de la lengua española, Rafael Cano (coord.), Ariel Lingüística, Barcelona, 2005.
  • Manual de dialectología hispánica. El Español de España, Manuel Alvar (director), 4.ª edición, Ariel Lingüística, Barcelona, 1996, 2007.

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Japanese light novel series Ghost HuntCover of the first volume of the original light novel featuring Mai Taniyama (center) and Kazuya Shibuya (top)ゴーストハント(Gōsuto Hanto) Light novelAkuryō SeriesWritten byFuyumi OnoPublished byKodanshaImprintX Bunko Teens HeartDemographicFemaleOriginal runAugust 5, 1989 – October 5, 1992Volumes8 (List of volumes) Light novelWritten byFuyumi OnoPublished byKodanshaImprintX Bunko White HeartDemographicFemaleOriginal runMarch...

Fritz FeierabendFeierabend (a destra) in coppia con Joseph Beerli nel 1936 ai IV Giochi olimpici invernaliNazionalità Svizzera Bob RuoloPilota Palmarès Competizione Ori Argenti Bronzi Olimpiadi 0 3 2 Mondiali 6 3 3 Vedi maggiori dettagli  Modifica dati su Wikidata · Manuale Fritz Feierabend (Engelberg, 29 giugno 1908 – Stans, 25 novembre 1978) è stato un bobbista svizzero. Indice 1 Biografia 2 Note 3 Altri progetti 4 Collegamenti esterni Biografia Ai IV Giochi olimpici in...

 

Artikel utama: Bus kota di Surabaya § Rute perjalanan Bus KotaPurabaya – JoyoboyoUnit bus kota trayek E1 milik Perum DAMRI cabang Surabaya berbodi Trisakti Mini Titan GX dan sasis Mercedes-Benz OF1113 terparkir di peron bus Terminal Joyoboyo, 15 Januari 2014 Salah satu trayek bus kota reguler di Surabaya adalah trayek E1 dengan relasi Terminal Purabaya – Terminal Joyoboyo. Jenis tingkatan layanan trayek ini tergolong dalam kelas ekonomi. Trayek ini memiliki rute lintasan sepanjang 8...

 

Карло Рампини Общая информация Родился 25 октября 1891(1891-10-25)Кандия-Ломеллина, Италия Умер 28 марта 1968(1968-03-28) (76 лет)Верчелли, Италия Гражданство Италия Рост 165 см Позиция нападающий Клубная карьера[* 1] 1908—1914 Про Верчелли 99 (106) Национальная сборная[* 2] 1911—1913 Италия 8 (3)...

Organization of private US colleges and universities This article needs additional citations for verification. Please help improve this article by adding citations to reliable sources. Unsourced material may be challenged and removed.Find sources: National Association of Independent Colleges and Universities – news · newspapers · books · scholar · JSTOR (July 2022) (Learn how and when to remove this message) National Association of Independent Colleges...

 

British animator, puppeteer and writer This article includes a list of general references, but it lacks sufficient corresponding inline citations. Please help to improve this article by introducing more precise citations. (February 2023) (Learn how and when to remove this message) Oliver PostgateOliver Postgate in 1934, by Stella BowenBornRichard Oliver Postgate(1925-04-12)12 April 1925Hendon, Middlesex, EnglandDied8 December 2008(2008-12-08) (aged 83)Broadstairs, Kent, EnglandOccupation...