O aglomerado globular foi uma descoberta original do astrônomo francês Charles Messier, que o catalogou em 4 de janeiro de 1781, descrevendo-o como uma "nebulosa sem estrelas, lembrando a núcleo cometário". William Herschel foi o primeiro a resolver suas estrelas mais brilhantes, descrevendo-o como "um dos mais ricos e dendos aglomerados estelares que lembro de ter visto".[2]
É visualizada como uma mancha nebulosa brilhante, mas pequena, dotada de um núcleo mais brilhante. Seu diâmetro aparente foi medido por Messier em 2 minutos de grau, mas em telescópios amadores razoáveis o diâmetro aparente pode chegar a 5 minutos de grau. Nesses telescópios também é possível resolver suas estrelas mais brilhantes.[2]
Características
Contém centenas de milhares de estrelas, mantidas unidas pela atração gravitacional. É um dos aglomerados globulares mais densos conhecidos na Via-Láctea. Investigações feitas com o Telescópio Espacial Hubble em ultravioleta mostraram que há várias estrelas azuis, pertencentes ao início do diagrama de Hertzsprung-Russell, que parecem jovens apesar da idade do aglomerado, estimada em bilhões de anos. A razão da existência dessas estrelas azuis é a alta densidade estelar: é comum haver quase-colisões entre estrelas, que acabam perdendo suas camadas mais externas, expondo suas camadas internas mais quentes que emitem uma radiação mais azulada.[2]
Uma nova foi registrada em 21 de maio de 1860, mudando a aparência do aglomerado completamente por alguns dias. A nova, também designada como T Scorpii, foi descoberta por Arthur Auwers, alcançou a magnitude aparente máxima de 7 entre 21 e 22 de maio, embora tenha enfraquecido para a magnitude 10,6 após três semanas. N. R. Pogson também observou a nova. O brilho máximo do objeto corresponde a uma magnitude absoluta -8,5, ou seja, a nova brilhou mais do que o restante do aglomerado. Em 1938 uma segunda nova foi detectada, mas descoberta anos depois de sua ocorrência em astrofotografias.[2]