Gardner era filho de um geólogo de petróleo, e cresceu em Tulsa, Oklahoma. Desde pequeno ele demonstrou interesses em quebra cabeças e jogos e o seu melhor amigo de infância, John Bennett Shaw, depois se tornou "um dos maiores colecionadores de artigos de Sherlock Holmes".[5] Ele foi aluno da Universidade de Chicago onde se formou em bacharel de filosofia em 1936. Alguns dos seus primeiros empregos foram o de repórter do Tulsa Tribune, escritor nos escritórios de relações com a imprensa da Universidade de Chicago e voluntário para a Administração de Auxílio da região Black Belt em Chicago (um gueto composto por favelas e cortiços). Durante a Segunda Guerra, ele serviu por quatro anos na Marinha dos Estados Unidos como marinheiro em serviços administrativos a bordo do destroier de acompanhamento USS Pope no Atlântico. Seu navio ainda estava no Atlântico quando a guerra terminou após a rendição dos japoneses em agosto de 1945.
Após a guerra, Gardner voltou para a Universidade de Chicago.[6] Em 1950 ele publicou um artigo na Antioch Review chamado "The Hermit Scientist, (O Heremita )" um trabalho pioneiro do que explicava o que mais tarde se começou a chamar de pseudocientistas.[7]
Foi a primeira publicação de natureza cética de Gardner e dois anos depois ela foi publicada em uma versão muito mais volumosa no livro: In the Name of Science ("Em nome da Ciência"), seu primeiro livro.
Início da Carreira
No início dos anos 50, Garner se mudou para Nova Iorque e se tornou um escritor e designer na revista Humpty Dumpty onde por oito anos ele escreveu artigos e histórias para outras revistas infantis.[8] Seus quebra cabeças de dobraduras de papel (publicação irmã da Children's Digest na época e agora publicação irmã da revista Jack and Jill) levaram ao seu primeiro trabalho para a Scientific American.[9] Por muitas décadas, Gardener e sua esposa Charlotte e seus dois filhos viveram em Hastings-on-Hudson, Nova Iorque, onde ele ganhava sua como um autor independente, publicando livros com diversas editoras diferentes, e também escrevendo para centenas de revistas e artigos de jornais. Apropriadamente dado o seu interesse por lógica e matemática ele vivia na Avenida Euclid. No ano de 1960 foi lançada a edição do seu maior best seller de todos os tempos, Alice Edição Comentada,[10] tendo sido publicado em várias edições das quais ele vendeu mais de um milhão de cópias em diversas línguas.[11]
Jogos Matemáticos
Eu só brinco o tempo todo e tenho a sorte de ser pago para fazer isso.
— Martin Gardner, 1998
Por mais de um quarto de século (1956-1981), Gardner escreveu uma coluna com o assunto "divertimento matemático" (recreational mathematics) para a revista Scientific American. Tudo começou com o seu único artigo publicado na revista hexaflexagon que saiu na edição de dezembro de 1956. O editor da Scientific American sugeriu que ele escrevesse uma coluna periódica chamada Mathematical Games (Jogos Matemáticos). Essas colunas foram pela primeira vez editadas em um livro em 1959 com o nome de The Scientific American Book of Mathematical Puzzles and Diversions (O livro de quebra-cabeças e divertimentos da Scientific American). Outros 14 livros foram publicados nas quatro décadas seguintes. Em 1980 a coluna passou a ser esporádica. Outros autores começaram a escrever para coluna e em maio de 1986 a coluna deixou de ser publicada. Em 1979 Gardner e sua mulher se aposentaram (pelo menos em parte) e se mudaram para Hendersonville na Carolina do Norte.
Homenagens a Gardner
Gardner era notoriamente tímido e se recusou a aceitar muitas homenagens quando ele descobria que ele precisaria estar presente para receber o prêmio.[12] (Ele disse uma vez a Colm Mulcahy que ele "nunca dava palestras em sua vida se ele não soubesse como") Entretanto, em 1993 em Atlanta, Georgia o colecionador de quebra-cabeças Tom Rodgers convenceu Gardner a comparecer a uma tarde dedicada a resolução dos quebra-cabeças dele. A reunião teve uma segunda edição com a presença de Gardner, o que convenceu a Rodgers e seus amigos a transformá-la em um evento periódico. Ela tem se realizado em anos alternados, próximo a Atlanta, e o programa consiste em qualquer assunto que tenha sido de interesse de Gardner durante o seu período como escritor. Esse evento é chamado "Gathering for Gardner",[13] e é abreviado como "G4Gx" onde x é o número do evento. Por exemplo, em 2010 o evento se chamou G4G9, mas Gardner só compareceu aos eventos de 1993 e 1996.
A esposa de Gardner morreu em 2000 e dois anos depois ele voltou para Norman em Oklahoma onde seu filho, James Gardner, era professor na Universidade de Oklahoma.[14] Ele morreu em 22 de maio de 2010.[1]
Interesses e Visões
Matemática Recreacional
Martin Gardner manteve um interesse muito grande nos divertimentos matemáticos nos EUA através de suas publicações por boa parte do século XX. Ele é muito conhecido por seus esforços de décadas em popularizar a matemática e jornalismo científico, particularmente através da sua coluna "Mathematical Games" (Jogos Matemáticos) na revista Scientific American.
Ironicamente, Gardner tinha dificuldade para aprender cálculo e nunca mais estudou matemática depois do ensino médio. Ele era um editor da revista infantil Humpty Dumpty para crianças pequenas quando em 1956 o editor da Scientific American lhe convidou para que ele começasse a escrever uma coluna sobre divertimentos matemáticos, logo depois que ele publicou o seu artigo sobre flexágonos.[15]
A coluna "Mathematical Games" (Jogos Matemáticos) de 1956 a 1981 foi em vários casos a introdução de diversos assuntos para um maior público incluindo:
Muitos desses artigos foram agrupados em uma série de livros que começaram com Mathematical Puzzles and Diversions (Divertimentos Matemáticos e Quebra-Cabeças), com a primeira edição em 1956.
Com a saída de Gardner em 1981 da Scientific American, a coluna passou a ser escrita por Douglas Hofstadter intitulada "Metamagical Themas", um nome que é uma anagrama de "Mathematical Games". Gardner nunca se aposentou como autor, mas continuou sua pesquisa literária e escrever, em especial atualizando muitos dos seus antigos livros, como o Origami, Eleusis, and the Soma Cube, ISBN 978-0-521-73524-7, publicado em 2008.
Gardner também escreveu um "conto de quebra-cabeças" para a revista Asimov's Science Fiction (publicada de 1977-1986), produzido 111 colunas no total.
Em 1976, Gardner foi o fundador e membro do Committee for the Scientific Investigation of Claims of the Paranormal (Comitê pela Investigação Científica e pelo Paranormal CSICOP), e escrevia uma coluna chamada "Notes of a Fringe Watcher" (Anotações de um Observador Marginal)[17] (Originalmente "Notes of a Psi-Watcher") desde 1983 até 2002 para o jornal Skeptical Inquirer. Esses artigos foram transformados em cinco livros: New Age: Notes of a Fringe Watcher (1988), On the Wild Side (1992), Weird Water and Fuzzy Logic (1996), Did Adam and Eve Have Navels (2000), e Are Universes Thicker than Blackberries (2003). Gardner era um membro sênior emérito do CSICOP e proeminente cético do paranormal.
Em 21 de agosto de 2010, Gardner foi homenageado postumamente por suas contribuições no campo do ceticismo, pelo Independent Investigations Group durante o baile de 10° aniversário.[18]
Religião e Filosofia
Gardner era fascinado com a crença religiosa. Ele era um fideístadeísta, que acreditava em Deus como sendo o criador, mas crítico da religião organizada. Ele foi citado como tendo dito que ele acha que a parapsicologia e outas pesquisas do paranormal como sendo equivalente a "Testar Deus" o procurar por "Sinais e Milagres". Ele afirmava que apesar de ele esperar que os testes sobre a eficácia das orações darem resultados negativos, ele não afastava a priori a possibilidade de que alguma força sobrenatural ainda desconhecida pudesse influenciar o mundo físico.[19]
Eu sou um teísta filosófico. Eu acredito em um deus pessoal, e eu acredito na vida após a morte, e eu acredito em orações, mas eu não acredito em nenhuma religião estabelecida. Isso é chamado de teísmo filosófico... Teísmo filosófico é inteiramente emocional. Como Kant disse, ele destruiu a pura razão para abrir espaço para a fé.[20]
— Martin Gardner, 2008
Gardner escreveu várias vezes sobre figuras públicas como Robert Maynard Hutchins, Mortimer Adler, e William F. Buckley, Jr. e acreditava que suas crenças eram logicamente consistentes. Em alguns casos, ele atacava figuras religiosas proeminentes como Mary Baker Eddy baseando-se no argumento de que suas alegações eram insustentáveis. Em seu livro semiautobiográfico The Flight of Peter Fromm ele fala de um homem cristão protestante tradicionalista que luta com sua fé, ao examinar sua crença a luz dos estudiosos bíblicos do século XX e os movimentos intelectuais que por fim termina rejeitando o cristianismo enquanto se mantém um teísta.
Ele descreveu suas próprias crenças como sendo um teísmo filosófico inspirado na teologia do filósofo Miguel de Unamuno. Mesmo sendo crítico de religiões organizadas, Gardner acreditava em um deus, afirmando que sua crença não poderia ser confirmada ou desmentida pela ciência. Ao mesmo temo, ele era cético quanto a afirmações de que algum deus tivesse se comunicado com seres humanos através de palavras ou revelação telepática ou ainda por milagres no mundo natural.
A filosofia de Gardner pode ser resumida da seguinte maneira: "Não a nada sobrenatural, e nada na razão humana ou visível no mundo que nos incline a acreditar em quaisquer deuses. O mistério da existência é maravilhoso, mas a crença "no Velho" vem de fé sem evidência. Entretanto, com fé e orações as pessoas podem encontrar uma maior felicidade do que sem elas. Se houver uma vida após a morte, "O Velho" amoroso é provavelmente real." A citação de G. K. Chesterton: "Para um ateu, o universo é a mais estranha obra de arte jamais construída por ninguém." era uma das citações favoritas de Gardner.[19]
Gardner disse que ele suspeitava que a fundamental natureza da consciência humana pode não ser possível de ser entendida ou descoberta, a não ser que uma física mais profunda e fundamental que a mecânica quântica seja algum dia desenvolvida. Nesse quesito, ele disse, ele era um adepto do chamado New Mysterianism que é a crença de que a natureza da consciência não pode ser resolvida por seres humanos.
Crítica Literária e Ficção
Gardner era considerado uma das maiores autoridades em Lewis Carroll. As suas versões comentadas de Alice no País das Maravilhas e Alice no País do Espelho, explicando muitas dos enigmas matemáticos, jogos de palavras e referências literárias encontradas nos livros de Alice, foi primeiramente publicado como The Annotated Alice (Editora Clarkson Potter, 1960), uma sequência publicada com novos comentários foi chamada de More Annotated Alice (Mais Alice Comentada - Editora Random House, 1990), e finalmente como The Annotated Alice: The Definitive Edition (Editora - Norton, 1999 / Alice: edição comentada e ilustrada Editora: Jorge Zahar Editor Ltda., 2002 - 303 páginas[21]) combinando as duas edições anteriores com novo material. O livro surgiu quando Gardner achou que os livros de Alice eram um pouco "amedrontadores" quando criança, mas eram fascinantes quando adulto [22] sentiu que deveria comentá-lo e sugeriu a um editor que Bertrand Russell fizesse os comentários; quando o editor não conseguiu sequer passar a secretária de Russell, ele pediu a Gardner que tocasse o projeto. O livro foi um dos maiores sucessos de Gardner tendo vendido mais de meio milhão de cópias.[23]
Gardner ocasionalmente escrevia alguma coisa de ficção, quase sempre associado com suas preocupações não ficcionais. O seu romance roman à clef foi The Flight of Peter Fromm (O vôo de Peter Fromm -1973) e suas estórias curtas agrupadas no livro The No-Sided Professor and Other Tales of Fantasy, Humor, Mystery, and Philosophy ('O Professor Sem Lado e Outros Contos de Fantasia, Humor, Mistério e Filosofia - 1987).
Gardner publicou estórias sobre um imaginário numerologista chamado Dr. Matrix e Visitors from Oz (Visitantes de Oz - 1998), baseado nos Livros de Oz de L. Frank Baum, que refletiam seu amor por Oz. (Ele foi um membro fundador do International Wizard of Oz Club, e ganhador do prêmio de 1971 L. Frank Baum Memorial Award). Gardner foi um membro do clube masculino de jantar literário, o Trap Door Spiders, que acabou servindo de base para o grupo ficcional de Isaac Asimov de solucionadores de mistérios os Black Widowers (Viúvas Negras).
Controvérsia
Muito embora ele fosse pessoalmente tímido e quase sempre evitasse aparições públicas, Gardner era um grande controversista através de suas publicações e cartas. As mais conhecidas são as suas posições contra as pseudociências (em especial a parapsicologia) e o cristianismo conservador, mas ao longo dos anos ele se aventurou em vários assuntos da atualidade, colocando seus pontos de vista sobre um grande número de tópicos, desde semântica geral (a maneira pela qual os cérebros humanos formam a linguagem), [Lógica difusa] até assistir televisão (ele uma vez escreveu uma resenha negativa do livro de Jerry ManderFour Arguments for the Elimination of Television - Quatro Argumentos para a eliminação da televisão).[24]
Suas visões filosóficas são descritas e defendidas em seu livro The Whys of a Philosophical Scrivener - (Os porquês de um escrivão filosófico - 1983, revisado em 1999).[25][26]
Mesmo Gardner sendo um feroz crítico das alegações do sobrenatural, sob seu pseudônimo "George Groth" ele escreveu um artigo para a revista Fate (outubro de 1952, páginas 39-43) intitulado "He Writes with Your Hand," (Ele Escreve Com Sua Mão) onde ele saudava as habilidades do mentalista Stanley Jaks como sendo genuínas.[27]
Gardner também era conhecido por sua, às vezes, controversa filosofia da matemática. Ele escreveu resenhas negativas dos livros de Philip J. Davis e Reuben HershThe Mathematical Experience e What is mathematics, really?, em cada um havia aspectos críticos do platonismo matemático, o primeiro que havia sido recebido bem pela comunidade matemática. Muito embora Gardner fosse conhecido por ser um platonista radical, suas resenhas mostraram que algumas tendências formalistas. Gardner mantinha que suas ideias eram bem aceitas pelos matemáticos, mas Hersh contra-argumentou que em sua experiência de matemático profissional e orador, que isso não era o caso.[28]
Here's New Magic: An Array of New and Original Magic Secrets (1937) "by Joe Berg" [actually ghostwritten by Gardner], Ilustrado por Nelson C. Hahne; Chicago: Privately printed.
The Second Scientific American Book of Mathematical Puzzles and Diversions (1961)[A]
Martin Gardner's New Mathematical Diversions from Scientific American (1966)[A], Simon & Schuster.
The Numerology of Dr. Matrix: The Fabulous Feats and Adventures in Number Theory, Sleight of Word, and Numerological Analysis (Literary, Biblical, Political, Philosophical and Psychonumeranalytical) of That Incredible Master Mind (1967)[A], Simon & Schuster.
Knotted Doughnuts and Other Mathematical Entertainments (1986)[A], W. H. Freeman & Co. ISBN0-7167-1799-9.
Riddles of the Sphinx and other Mathematical Puzzle Tales (1987)[C], Mathematical Association of America, ISBN0-88385-632-8
Time Travel and Other Mathematical Bewilderments (1987)[A], W.H. Freeman & Company; ISBN0-7167-1925-8
The No-Sided Professor and Other Tales of Fantasy, Humor, Mystery, and Philosophy (1987), Prometheus Books; ISBN0-87975-390-0. (26 short stories, 2 poems)
The New Age: Notes of a Fringe Watcher (1988)[B], Prometheus Books; ISBN0-87975-432-X
Penrose Tiles to Trapdoor Ciphers (1989)[A], W. H. Freeman & Co. ISBN0-7167-1987-8.
Fractal Music, Hypercards and More (1991)[A], W. H. Freeman
On the Wild Side: The Big Bang, ESP, the Beast 666, Levitation, Rainmaking, Trance-Channeling, Seances and Ghosts, and More... (1992)[B], Prometheus Books; ISBN0-87975-713-2
The Encyclopedia of Impromptu Magic (1985), Magic, Inc (574 pgs).[D]
From the Wandering Jew to William F. Buckley, Jr.: On Science, Literature, and Religion (2000), Prometheus Books; ISBN1-57392-852-6
Did Adam and Eve Have Navels?: Debunking Pseudoscience (2001)[B], W.W. Norton & Company; ISBN0-393-32238-6.
A Gardner's Workout: Training the Mind and Entertaining the Spirit (2001), ISBN1-56881-120-9. (collection of articles and reviews that Gardner published from 1984 to 2000)
The Colossal Book of Mathematics: Classic Puzzles, Paradoxes, and Problems (2001), W.W. Norton & Company; ISBN0-393-02023-1 (a "best of" collection)
Are Universes Thicker Than Blackberries?: Discourses on Gödel, Magic Hexagrams, Little Red Riding Hood, and Other Mathematical and Pseudoscientific Topics (2003)[B], ISBN0-393-05742-9[31]
The Annotated Night Before Christmas: A Collection Of Sequels, Parodies, And Imitations Of Clement Moore's Immortal Ballad About Santa Claus Edited, with an introduction and notes, by Martin Gardner (1991), Summit Books (Reprinted, Prometheus Books, 1995); ISBN0-671-70839-2
Kordemsky, Boris A. (1992), The Moscow Puzzles: 359 Mathematical Recreations (Series: Dover Recreational Math). [Simplified edition of 1956 Russian-language original.]
Peter Puzzlemaker Returns! More Puzzles for Problem Solvers (1994); Dale Seymour Publications ("Compiled and introduced" by Gardner; no primary author given.)
Best Remembered Poems (1995), Dover.
Famous Poems From Bygone Days (1995), Dover.
Wells, H.G., "The Country of the Blind" and Other Science Fiction Stories (1997 Dover edition), introduction by Gardner for each story. (Series: Dover Thrift Editions)
Smart Science Tricks (2004), Sterling; ISBN1-4027-0910-2. (About half of the "tricks" are reprinted "Trick of the Month" columns from The Physics Teacher; many of these had also already been reprinted as "Gardner's Corner" columns in Magic.)
Optical Illusion Play Pack (2008), Sterling (Ilustrado por Gilbert Ford)
The Adventures of Humphrey Huckleberry (2009?), Shelburne, Ontario: Battered Silicon Dispatch Box; ISBN978-1-55246-808-1; (Collection of 8 years of 10 columns per annum from Humpty Dumpty Magazine).
Mental Magic: Surefire Tricks to Amaze Your Friends (2010), Dover.
Como colaborador
"Speak Roughly", In: Guiliano, Edward (1976), Lewis Carroll Observed, Clarkson N. Potter; Reprinted with additions in Gardner's Order and Surprise (1983).
Klarner, David A., editor (1981), The Mathematical Gardner, Wadsworth International.
Reprinted in 1998 as Mathematical Recreations: A Collection in Honor of Martin Gardner, Dover; ISBN0-486-40089-1[36]
"Lord Dunsany", In: Bleiler, E.F., editor (1985), Supernatural Fiction Writers: Fantasy and Horror; New York: Scribner's, pp. 471–478.
Demaine, Erik D., Martin L. Demaine and Tom Rodgers, editors (2008), A Lifetime of Puzzles: A Collection of Puzzles in Honor of Martin Gardner's 90th Birthday; AK Peters.
Pegg, Ed Jr., Alan H. Schoen and Tom Rodgers, editors (2009), Mathematical Wizardry for a Gardner; AK Peters.
Henle, Michael and Brian Hopkins, editors (2012), Martin Gardner in the Twenty-First Century (Series: MAA Problem Books), Mathematical Association of America (Eight short works by Gardner & 33 by other authors)
Introdução, prefácio, prefácio ou posfácio
Alice's Adventures Under Ground by Lewis Carroll: A Facsimile of the 1864 Manuscript (1965), Dover.
Magician's Magic by Paul Curry (Gardner intro to 2003 Dover reprint of Curry's 1965 book).
Bamboozlers: The Book of Bankable Bar Betchas, Brain Bogglers, Belly Busters & Bewitchery by Diamond Jim Tyler (2008), Diamond Jim Productions; ISBN0-9676018-1-9.
The Upside-Down World of Gustave Verbeek (2009), Sunday Press Books; ISBN0-9768885-7-2.
Wells, H.G. and Hilaire Belloc, Mr Belloc Objects to 'The Outline of History' (2009), Shelburne, Ontario: Battered Silicon Dispatch Box (Reprint with foreword & epilogue by Gardner).
The Coloured Lands by G.K. Chesterton (Gardner afterword in 2009 Dover reprint).
"Mathematical Games": The Scientific American columns
Colunas coletadas em forma de livro
There are fifteen books altogether—what Donald Knuth calls "the Canon"—that encompass Gardner's "Mathematical Games" columns (1956–1981) from Scientific American:[39][40]
The Scientific American Book of Mathematical Puzzles and Diversions (1959); Simon & Schuster
Reprinted in 1963 as The First Scientific American Book of Mathematical Puzzles and Diversions, Simon & Schuster
Reprinted in 2008 as Hexaflexagons, Probability Paradoxes, and the Tower of Hanoi: Martin Gardner's First Book of Mathematical Puzzles and Games; (Series: The New Martin Gardner Mathematical Library #1); The Mathematical Association of America/Cambridge University Press.
The 2nd Scientific American Book of Mathematical Puzzles & Diversions (1961), Simon & Schuster.
Reprinted in 2008 as Origami, Eleusis, and the Soma Cube: Martin Gardner's Mathematical Diversions, (Series: The New Martin Gardner Mathematical Library #2); The Mathematical Association of America/Cambridge University Press.
Martin Gardner's New Mathematical Diversions from Scientific American (1966), Simon & Schuster
Reprinted in 2009 as Sphere Packing, Lewis Carroll, and Reversi: Martin Gardner's New Mathematical Diversions, (Series: The New Martin Gardner Mathematical Library #3); The Mathematical Association of America/Cambridge University Press.
The Numerology of Dr. Matrix: The Fabulous Feats and Adventures in Number Theory, Sleight of Word, and Numerological Analysis (Literary, Biblical, Political, Philosophical and Psychonumeranalytical) of That Incredible Master Mind (1967), New York: Simon & Schuster.
Reprinted/expanded in 1979 as The Incredible Dr. Matrix, Scribner.
Reprint forthcoming as Words, Numbers, and Combinatorics: Martin Gardner on the Trail of Dr. Matrix, (Series: The New Martin Gardner Mathematical Library #9); The Mathematical Association of America/Cambridge University Press.
The Unexpected Hanging and Other Mathematical Diversions (1969), Simon & Schuster.
Reprinted in 1991 by the University of Chicago Press; ISBN0-671-20073-9.
Reprinted in 2014 as Knots and Borromean Rings, Rep-Tiles, and Eight Queens: Martin Gardner's Unexpected Hanging, (Series: The New Martin Gardner Mathematical Library #4); The Mathematical Association of America/Cambridge University Press.
Martin Gardner's Sixth Book of Mathematical Games from Scientific American (1971), W.H. Freeman and Company
Revised by the Mathematical Association of America, 2001.
Reprint forthcoming as Klein Bottles, Op-Art, and Sliding Block Puzzles: More of Martin Gardner's Mathematical Games, (Series: The New Martin Gardner Mathematical Library #5); The Mathematical Association of America/Cambridge University Press.
Revised with foreword by John H. Conway, Mathematical Association of America, 1992.
Reprint forthcoming as Sprouts, Hypercubes, and Superellipses: Martin Gardner's Mathematical Carnival, (Series: The New Martin Gardner Mathematical Library #6); The Mathematical Association of America/Cambridge University Press.
Mathematical Magic Show (1977), Knopf.
Revised with foreword by Ronald L. Graham, Mathematical Association of America, 1990.
Reprint forthcoming as Nothing and Everything, Polyominoes, and Game Theory: Martin Gardner's Mathematical Magic Show, (Series: The New Martin Gardner Mathematical Library #7); The Mathematical Association of America/Cambridge University Press.
Mathematical Circus (1979), Knopf.
Revised with foreword by Donald E. Knuth, Mathematical Association of America, 1992.
Reprint forthcoming as Random Walks, Hyperspheres, and Palindromes: Martin Gardner's Mathematical Circus, (Series: The New Martin Gardner Mathematical Library #8); The Mathematical Association of America/Cambridge University Press.
Wheels, Life, and Other Mathematical Amusements (1983), W. H. Freeman & Co. ISBN0-7167-1589-9.
Reprint forthcoming as Wheels, Life, and Knotted Molecules: Martin Gardner's Mathematical Amusements, (Series: The New Martin Gardner Mathematical Library #10); The Mathematical Association of America/Cambridge University Press.
Knotted Doughnuts and Other Mathematical Entertainments (1986), W.H. Freeman & Co.; ISBN0-7167-1799-9.
Reprint forthcoming as Knotted Donuts, Napier's Bones, and Gray Codes: Martin Gardner's Mathematical Entertainments, (Series: The New Martin Gardner Mathematical Library #11); The Mathematical Association of America/Cambridge University Press.
Time Travel and Other Mathematical Bewilderments (1988), W. H. Freeman & Co.; ISBN0-7167-1925-8.
Reprint forthcoming as Tangrams, Tilings, and Time Travel: Martin Gardner's Mathematical Bewilderments, (Series: The New Martin Gardner Mathematical Library #12); The Mathematical Association of America/Cambridge University Press
Penrose Tiles to Trapdoor Ciphers (1989), W. H. Freeman & Co.; ISBN0-7167-1987-8.
Reprint forthcoming as Penrose Tiles, Trapdoor Ciphers, and the Oulipo: Martin Gardner's Mathematical Tour, (Series: The New Martin Gardner Mathematical Library #13); The Mathematical Association of America/Cambridge University Press.
Fractal Music, Hypercards and More...: Mathematical Recreations from Scientific American (1992), W. H. Freeman & Co.
Reprint forthcoming as Fractal Music, Hypercards, and Chaitin's Omega: Martin Gardner's Mathematical Recreations, (Series: The New Martin Gardner Mathematical Library #14); The Mathematical Association of America/Cambridge University Press.
Reprint forthcoming as The Last Recreations: Hydras, Eggs, and other Mathematical Mystifications: Martin Gardner's Last Mathematical Recreations, (Series: The New Martin Gardner Mathematical Library #15); The Mathematical Association of America/Cambridge University.
A more detailed list of editions can be found here. An extensive index, by Carl W. Lee, encompassing all 15 books can be found here.
CD-ROMs
Martin Gardner's Mathematical Games (2005), Mathematical Association of America; ISBN0-88385-545-3 (CD-ROM of 15 Gardner books above, encompassing all his "Mathematical Games" columns from Scientific American.)
↑Omnibus of Gardner's first five published books: Match-ic (1936), 12 Tricks with a Borrowed Deck (1940), After the Dessert (1941), Cut the Cards (1942), and Over the Coffee Cups (1949).
↑This book, edited by David A. Klarner, was the tribute of the mathematical community to Gardner when he retired from writing his Scientific American column in 1981. Discreetly assembled for the occasion, the stature of the mathematicians submitting papers is a testament to Gardner's importance.
↑Includes reminiscences from numerous Gardner admirers. This volume also contains the final annotations Gardner made to the Alice books post-"Definitive Edition" and a definitive bibliography of his Carroll-related writings.
↑The “Centennial Edition”; the original 1973 edition lacks Gardner's preface.