A noiva estava perdidamente apaixonada pelo marido, mas as atenções dele estavam noutro sítio. A Corte francesa conhecia bem a ligação do príncipe com a cunhada da sua mulher, Luísa Francisca de Bourbon, Duquesa de Bourbon; comentava-se também que ele tinha também tendências homossexuais [3] pelo que não dava muita atenção à mulher.
Maria Teresa tinha uma relação difícil com os seus filhos e, por isso, tinha uma vida pacata nas várias residências dos Conti, sobretudo em Château de L'Isle-Adam. Mais tarde, a família reaproximou-se após a morte do Príncipe de Conti. Maria Teresa era conhecida pela sua personalidade tranquila e piedosa, admirada por muitos cortesãos. Isabel Carlota do Palatinado, Duquesa viúva de Orleães e mãe do Regente Filipe de Orleães, escreveu sobre a viúva Maria Teresa:
Esta princesa é a única da Casa de Condé que serve para alguma coisa. Penso que deve ter algum sangue alemão nas suas veias. É pequena, pende para um dos lados mas não é corcunda. Tem olhos bonitos, tal como o pai; com esta exceção, ela não tem pretensões a ser bonita, mas é virtuosa e piedosa. O que sofreu à conta do seu marido valeu-lhe uma compaixão geral.[4]
Rainha da Polónia
Em 1697, Luís XIV ofereceu ao marido de Maria Teresa as Coroas do Reino da Polónia e do Grão-Ducado da Lituânia. O Príncipe de Conti viajou para a Polónia para aferir das suas possibilidades no seu novo reino, enquanto Maria Teresa permaneceu na França. Durante este período, ela foi considerada Rainha titular da Polónia, enquanto consorte do Rei.[5] Com base nos votos da nobreza Polaca, o seu marido era o candidato mais popular, mas ao chegar a Gdańsk, encontrou Augusto II, o Forte já instalado no trono polaco-lituano e, assim, regressou a França.
Princesa viúva
Em 1709, o seu marido morreu em Paris. Para distinguir cada uma das viúvas após a morte dos seus respetivos maridos, as princesas viúvas do ramo Conti receberam formalmente o título de Viúva precedido pelo número correspondente à ordem em que tinham sido consortes do chefe do ramo Bourbon-Conti, e.g., Madame la Princesse de Conti première douairière.[6] Entre 1727 e 1732, havia três Princesas viúvas de Conti:
Após a morte do marido, ela voltou as suas atenções para a renovação das residências dos Conti, iniciando com o Hôtel de Conti (atualmente o Ministério do Artesanato), localizado em 80 rue de Lille, Paris 7eme. As obras de renovação foram entregues a Robert de Cotte, Premier Architecte du Roi.[7]
Maria Teresa morreu a 22 de fevereiro de 1732 no Hôtel de Conti, provavelmente devido a sifilis que contraíra do seu marido. Foi sepultada na Igreja de Santo André des Arcs, em L'Isle-Adam.