Maria Luísa nasceu em Roma em 1870 como Maria Luísa Pia Teresa Ana Fernanda Francisca Antonieta Margarida Josefina Carolina Branca Lúcia Apolônia, era a filha mais velha de Roberto I, Duque de Parma e da sua primeira esposa, a princesa Maria Pia das Duas Sicílias. O casal produziu mais onze filhos antes de Maria Pia morrer no parto em 1882. Vários desses doze filhos nasceram com retardo mental grave. Mais tarde, o duque Roberto se casou novamente com a infanta Maria Antônia de Bragança, e teve mais doze filhos. Maria Luísa, que tinha doze anos na época da morte de sua mãe, foi criada em Biarritz e na Suíça sob os cuidados de governantas inglesas. Fluente em cinco idiomas, ela gostava de pintura e música. Seus talentos em violão e piano foram considerados muito acima da média. Ela também era uma leitora ávida e muito aficionada de Dante Alighieri e Giacomo Leopardi.[carece de fontes?]
Casamento
Em 1892, seu pai arranjou seu casamento com o então príncipe reinante da Bulgária, Fernando de Saxe-Coburgo-Koháry. As negociações foram conduzidas entre o duque Roberto e a mãe de Fernando, a princesa Clementina de Orléans. O noivado foi comemorado no Castelo de Schwartzau, a residência da família Bourbon-Parma na Áustria. Maria Luísa e Fernando nunca haviam se conhecido antes daquele dia.
A princesa Clementina, presente na ocasião, descreveu sua futura nora em uma carta à rainha Vitória: "Infelizmente não é muito bonita, é a única coisa que falta, pois ela é encantadora, boa, muito espirituosa, inteligente e muito simpática". O casamento ocorreu em 20 de abril de 1893 na Villa Pianore em Luca, na Itália, residência do duque Roberto na Itália. Maria Luísa tinha vinte e três anos, e era nove anos mais nova que Fernando. O casal não demorou muito tempo para produzir um herdeiro, com o filho Boris nascendo nove meses e dez dias depois.[carece de fontes?]
Princesa da Bulgária
Maria Luísa não era amada pelo marido. No entanto, ele garantiu que, a fim de garantir sua linhagem no trono búlgaro, ela lhe daria filhos. Sob pressão de seus súditos e procurando ser reconhecido como soberano da Bulgária pelo imperador russo, Fernando queria que seu filho mais velho, Boris, fosse convertido à Igreja Ortodoxa Búlgara no verão de 1895.[nota 2] Maria Luísa, grávida, se posicionou fervorosamente contra a vontade do marido, com o apoio do pai e da sogra.[carece de fontes?]
O segundo filho foi batizado como católico. No entanto, incapaz de evitar a conversão de Boris, Maria Luísa, que ameaçara deixar o país, deixou Sófia no mesmo dia para Beaulieu. Em maio de 1896, Maria Luísa retornou à Bulgária. No verão, ela foi a Londres com o marido para o Jubileu de Diamante de Vitória do Reino Unido, dando à luz em janeiro seguinte a princesa Eudóxia. Em julho de 1898, com o marido e o filho de quatro anos, Boris, eles visitaram São Petersburgo a convite do imperador Nicolau II da Rússia, e Maria Luísa fez sucesso com a visita.[carece de fontes?]
Morte
A desilusão em sua vida conjugal e o nascimento de quatro filhos em cinco anos afetaram sua saúde frágil. Sofrendo de pneumonia, Maria Luísa morreu em Sófia, vinte e quatro horas depois de dar à luz sua quarta filha. Com apenas 29 anos, ela foi enterrada na Catedral Católica Romana de São Luís da França, em Plovdiv, Bulgária.
Descendência
Boris (1894–1943), Czar da Bulgária como Boris III. Casou-se com a princesa Joana de Saboia.
↑Em 5 de março de 1860 o Ducado de Parma e Placência passou, mediante plebiscito, ao Reino da Sardenha. Portanto pessoas nascidas a partir de 1860 não possuem formalmente títulos relacionados ao ducado. A constituição da República Italiana promulgada em 27 de dezembro de 1947 aboliu definitivamente todos os títulos de nobreza.[1]
↑Filho de um casal de católicos devotos, Bóris já havia sido batizado como católico.
Referências
↑«La Costituzione della Repubblica Italiana - con note»(PDF). Presidenza della Repubblica. 27 de dezembro de 1947. Consultado em 15 de janeiro de 2016. Arquivado do original(PDF) em 15 de junho de 2016. I titoli nobiliari non sono riconosciuti. I predicati di quelli esistenti prima del 28 ottobre 1922 valgono come parte del nome.
Observação: Em 5 de março de 1860 o Ducado de Parma e Placência passou, mediante plebiscito, ao Reino da Sardenha. Portanto pessoas nascidas a partir de 1860 (14a. geração, nesta lista) não possuem formalmente títulos relacionados ao ducado. A constituição da República Italiana promulgada em 22 de dezembro de 1947 aboliu definitivamente todos os títulos de nobreza.