Margem de certa maneira é o segundo álbum de José Mário Branco, lançado em Dezembro de 1972 pela Sasseti - Guilda da Música. As gravações decorreram entre 6 e 8 de Novembro desse ano no Strawberry Studio, em Hérouville, nos arredores de Paris.[1]
Descrição do álbum
Continuação lógica do disco de estreia, Margem de certa maneira reforça a forte componente teatral na escrita e na interpretação de José Mário Branco, bem como a persistência em motivos da música popular portuguesa. "Engrenagem" e "Eh! companheiro" espelham a mensagem subversiva, "Cantigas da velha mãe e dos seus dois filhos (Mãe coragem)" desenvolve a sua relação com o teatro brechtiano e "Por Terras de França" fala do seu estado auto-exilado partilhado com Sérgio Godinho, solidificando a sua pessoalíssima linguagem estética.[2]
O LP apresenta algumas canções que eram para ter sido publicadas num projeto de álbum conceptual intitulado "Crónica", uma parceria entre José Mário Branco e o escritor Álvaro Guerra, com letras a partir de textos de Luís de Camões, Gil Vicente, Sá de Miranda e Francisco Manuel de Melo. O álbum foi proibido pela censura prévia, sendo que algumas canções acabaram por integrar este LP.[1][3]
Alinhamento
Lado A
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1. |
"Por terras de França" | José Mário Branco | José Mário Branco |
4:55 |
2. |
"Engrenagem" | José Mário Branco | José Mário Branco |
3:15 |
3. |
"Aqui dentro de casa" | José Mário Branco | José Mário Branco |
5:00 |
4. |
"Margem de certa maneira" | José Mário Branco | José Mário Branco |
4:50 |
Duração total: |
0:17:02 |
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Lado B
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1. |
"Cantiga da velha mãe e dos seus dois filhos (Mãe coragem)" | José Mário Branco | Sérgio Godinho |
3:50 |
2. |
"Sant' Antoninho" | Jean Sommer | José Mário Branco |
2:40 |
3. |
"A morte nunca existiu" | José Mário Branco | António Joaquim Lança |
6:00 |
4. |
"Eh! Companheiro" | José Mário Branco | Sérgio Godinho |
5:10 |
Duração total: |
0:17:00 |
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Referências
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Álbuns | |
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Relacionados | Livros | José Mário Branco: O canto da inquietação (2000) |
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