Litchi chinensis

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Lichias
Lichias
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Sapindales
Família: Sapindaceae
Género: Litchi
Espécie: L. chinensis
Nome binomial
Litchi chinensis
Sonn.[1]
Subespécies
  • L. c. chinensis
  • L. c. javanensis
  • L. c. phillippenis

Litchi chinensis é uma espécie do gênero botânico Litchi, pertencente à família Sapindaceae. É uma árvore frutífera conhecida popularmente como lecheira, lichieira, arbarinoia, lichia,[2] líchia[3] ou uruvaia. Os termos também se aplicam ao fruto da árvore. É natural das regiões quentes da Ásia,[2] sendo encontrada principalmente na República Popular da China, Índia, Madagáscar, Nepal, Bangladesh, Paquistão, sul e centro de Taiwan, a norte do Vietname, Indonésia, Tailândia, Filipinas, África do Sul e México. A espécie, algumas vezes, é colocada no gênero Nephelium.[4]

Etimologia

"Lechia", "lichia" e "lichi" provêm do chinês lìzhī.[2]

Escultura no parque Lai Chi Kok, em Hong Kong, representando um cacho de lichias

Descrição

A árvore é de tamanho médio, atingindo 15-20 metros de altura, com folhas alternadas, cada folha com 15-25 centímetros de comprimento, com 2-8 folíolos laterais de 5-10 centímetros de comprimento; o terminal folheto está ausente. As novas folhas jovens são de um vermelho brilhante de cobre, em princípio, antes de se tornarem verdes e alcançar a sua plena dimensão. As flores são pequenas, verde-branco-amareladas ou brancas.[carece de fontes?]

Os frutos, externamente semelhantes a morangos, formam cachos. Possuem casca rugosa, de cor avermelhada e fácil de ser destacada. A polpa é gelatinosa, translúcida sucosa, lembrando ao sabor de pitomba, e não é aderente ao caroço. Se presta para consumo ao natural, para a fabricação de sucos, compotas e ainda para a passa. Contém alto índice de vitamina C, além de possuir as do complexo B, sódio, cálcio e potássio.[carece de fontes?]

Introdução no Brasil

A introdução desta espécie no Brasil deu-se por volta de 1810 no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.[5] O Jornal Entreposto afirma que a introdução em escala comercial, entretanto, se deu no final da década de 1970, sendo Ikuto Maeda o produtor pioneiro no país, no município de Bastos, em São Paulo. Atualmente, a produção da fruta concentra em São Paulo, com uma parcela diminuta nos estados de Minas Gerais, Bahia e Paraná.[6] Porém, nos últimos anos, uma doença causada por um ácaro praga chamado Aceria litchii está reduzindo a produção da fruta, tendo sido constatada pela primeira vez no Brasil em 2008,[7] atacando severamente lichieiras adultas no município de Limeira, em São Paulo. O ácaro-da-erinose-da-lichia tem se espalhado rapidamente no Estado de São Paulo e comprometido a produção em pomares de lichia sem manejo adequado.

Não há, por enquanto, defensivo químico registrado para a cultura da lichia e, de acordo com o Instituto Biológico de São Paulo, o uso indiscriminado (e repetido) de agroquímicos poderá resultar em resistência da praga, tornando ainda mais difícil o seu manejo.[carece de fontes?]

Subespécies

Possui três subespécies:[8]

Usos

Pode ser consumida in natura (fresca) ou em forma de doces, geleias, iogurtes e sorvetes. A lichia é, ainda, utilizada na fabricação de cosméticos, pois o fruto possui propriedades antioxidantes.[carece de fontes?]

Toxicidade

O fruto comestível de lichia contém aminoácidos incomuns que interrompem a gliconeogênese e a β-oxidação de ácidos graxos. Isto é bem estabelecido em relação tanto ao fruto de lichia como, mais particularmente, ao fruto de seu primo, a planta de ackee (Blighia sapida), membro das Sapindaceae originário da África Ocidental e transplantado no século XVIII para o Caribe.[9]

Gravura do missionário jesuíta polonês Michał Boym (1612-1659) representando uma lichia.

Composição Nutricional

100 g de polpa de lichia possui:[10][11]

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Ver também

Referências

  1. «Litchi chinensis Sonn». Germplasm Resources Information Network. United States Department of Agriculture. 17 de outubro de 1995. Consultado em 19 de janeiro de 2010. Arquivado do original em 14 de maio de 2009 
  2. a b c FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 016.
  3. S.A, Priberam Informática. «Dicionário Priberam da Língua Portuguesa». Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Consultado em 8 de março de 2024 
  4. The free dicionary. Disponível em http://www.thefreedictionary.com/Litchi+chinensis. Acesso em 3 de fevereiro de 2015.
  5. Carvalho, Carlos Miranda; Salomão, Luiz Carlos Chamhum (2000). «Cultura da Lichieira». Viçosa, MG: Divisão de Extensão, Universidade Federal de Viçosa. Boletim de Extensão. 43 
  6. Yamanishi, O.K.; Machado Filho, J.A.; Kavati, R. (2001). «OVERVIEW OF LITCHI PRODUCTION IN SÃO PAULO STATE, BRAZIL». Acta Horticulturae (558): 59–62. ISSN 0567-7572. doi:10.17660/actahortic.2001.558.6 
  7. Raga, Adalton; Mineiro, Jeferson Luiz de Carvalho; Sato, Mário Eidi; Moraes, Gilberto José de; Flechtmann, Carlos Holger Wenzel (junho de 2010). «Primeiro relato de Aceria litchii (Keifer) (prostigmata: eriophyidae) em plantas de lichia no Brasil». Revista Brasileira de Fruticultura. 32 (2): 628–629. ISSN 0100-2945. doi:10.1590/S0100-29452010005000046 
  8. «www.todafruta.com.br/portal/icNoticiaAberta.asp?idNoticia=8219». Consultado em 26 de fevereiro de 2012. Arquivado do original em 3 de fevereiro de 2015 
  9. Peter S Spencer, Valerie S Palmer (30 de janeiro de 2017). «The enigma of litchi toxicity: an emerging health concern in southern Asia». thelancet.com. Consultado em 4 de fevereiro de 2017 
  10. Motta, Eduardo Lopes da (2009). Avaliação da composição nutricional e atividade antioxidante de Litchi chinensis Sonn. (“Lichia”) cultivada no Brasil (PDF) (Dissertação de Mestrado em Ciências Farmacêuticas). Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Farmácia 
  11. «Lichia». www.lideragronomia.com.br. Consultado em 2 de agosto de 2018 
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