Das 33 ordens de aves que ocorrem no Brasil, 22 possuem espécies ameaçadas de extinção.[3][1] Os Passeriformes são a ordem com maior número de espécies no Brasil e também a com maior número de espécies ameaçadas, seguida pela ordem dos Psitaciformes.[3][4] O Nordeste Brasileiro, notadamente nos biomas da Mata Atlântica e da Caatinga, é onde reside a maior parte das espécies de aves ameaçadas, sendo que duas delas (o mutum-do-nordeste, Pauxi mitu, e a ararinha-azul, Cyanopsitta spiix) estão extintas na natureza.[4] O "Centro Pernambuco" de endemismo é o que possui aves com situação mais crítica, dado a intensa fragmentação da Mata Atlântica da região.[4] Algumas espécies podem ter sido extintas apenas do Brasil, como é o caso da arara-azul-pequena (Anodorhynchus glaucus) e do maçarico-esquimó (Numenius borealis).[4]
A última lista de espécies ameaçadas foi publicada no Diário Oficial da União, pela Portaria número 444, de 17 de dezembro de 2014.[3] Apesar de algumas espécies terem sido retiradas da lista (como a arara-azul-grande, Anodorhynchus hyacinthinus), o número aumentou significativamente comparado com a última lista do Ministério do Meio Ambiente de 2003 (que possuía 160 espécies e subespécies).[4] Deve-se salientar que o número de taxa de aves aumentou substancialmente nos últimos anos, com mais de 50 espécies tendo sido descritas no Brasil na segunda metade do século XX.[4] Outro ponto importante é que apesar da lista do ICMBio ter usado os mesmos critérios e categorias da IUCN, frequentemente a avaliação tem conclusões diferentes: muitas espécies não consideradas em extinção pela IUCN foram incluídas na lista do ICMBio, enquanto outras foram consideradas com grau de ameaça mais baixo.[4] Isso se deve às avaliações terem sido feitas por grupos de pesquisas diferentes em momentos diferentes.[4]
Lista de aves ameaçadas do Brasil - ICMBio e MMA (2014)