A língua arabela ou chiripuno (Tapweyokwaka autodenominação de seus falantes) é a língua com maior quantidade de falantes da família linguística Zaparoana.
O nome arabela se origina da região do rio onde vivem seus falantes. A etnia Artabela foi contatada pela primeira vez em 1948. Conforme Gordon [2005], a língua está em perigo de extinção, pois mesmo com um número de falantes suficientes para considerá-la como língua viva, muitos dos adultos a entendem mas não falam e as segundas línguas, o Quíchua e o Espanhol são preponderantes dentro da et5nia. O grupo Arabela tem algo entre 300 pessoas e os falantes seriam cerca de metade disso.
Distribuição geográfica
O Arabela é falado na Amazonas Peruana, região Loreto, Maynas (província), distrito Nap. A quebrada Arabelas é um afluente do rio Curaray, que ppr sua vez deságua no rio Napo nas proximidades da fronteira Equador-Peru. Os principais assentamentos Arabelos são as comunidades Buena Vista y Flor de Coco (204 e 90 habitantes, respectivamente, conforme dados INEI (1993)).
Número de falantes
A quantidade de falantes é motivo de discussões entre especialistas. Estima-se em 150 (cifra para qual coincidem Wise [1999] e Solís [1987]), ou entre um mínimo de 50 (Gordon [2005]) e um máximo de 300 (INEI [1993]), embora esses últimos não diferenciam entre grupo étnico e falantes.
Escrita
A língua Arabela utiliza na sua escrita o alfabeto latino com todas suas 5 vogais; O inventário fonético é pobre, entre as consoantes não existem as letras b, d, f, g, j, k, l, v, x, z, mas apresentam-se qu, sh e o apóstrofo (‘).
Fonología
As consoantes - fonemas consonânticos do arabela – indicam-se os principais alofones de cada fonema.:
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labial
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br>alveolar
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alveo- palatal
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velar
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glotal
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Oclusiva
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p
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t [t, tː]
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k [k, x, g, ɣ,kː]
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Fricativa
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s
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ʃ [ʃ, ʃː]
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h
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nasal
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m
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n [n,nː,nːd]
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Aproximante
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w [w,w̃]
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ɾ [ɾ,r,ɾː,rː]
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j [j,j̃]
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As cinco vogais
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anterior
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central
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posterior
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fechadas
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i
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ɨ
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u [u,ʊ]
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médias
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e [e,ɪ]
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abertas
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a [a,æ,ɛ,ɔ,ə]
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Amostra de texto
Pámeere ííñújiri meíjcyame tsá múhójísí pañé ícubáhrádú meíjcyáítyuróne. Pámeere tsahdúré imí meíjcyame mewájyújcatsíñe mépíáábójcatsíiyá tsaatéké éhdííválletúmé éhne múu mépañétúéné nahbémuma meíjcyadu.
Português
Todos seres humanos nascem livres e são iguais em dignidade e direitos. São providos de razão e consciência e devem agor uns em relações aos outros num espírito de fraternidade. (Artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos).
Bibliografia
- Fabre, Alain. Diccionario etnolingüístico y guía bibliográfica de los pueblos indígenas sudamericanos. Tampere: Tamperen Teknillinen Ylliopisto, 2005 (en elaboración -- versión en línea en https://web.archive.org/web/20110720194704/http://butler.cc.tut.fi/~fabre/BookInternetVersio/)
- INEI. Perú: I Censo de Comunidades Indígenas de la Amazonía (información preliminar). Lima: Dirección Nacional de Estadísticas Regionales y Locales, 1993.
- Gordon, Raymond G., Jr. (ed.). Ethnologue: Languages of the World, Fifteenth edition. Dallas, Tex.: SIL International, 2005. Versión en línea: http://www.ethnologue.com/.
- Rich, Roland. Diccionario Arabela-Castellano. SLP 49. Lima: ILV, 1999.
- Solís Fonseca, Gustavo. «Perú: multilingüismo y extinción de lenguas». América Indígena 47/4. México: 1987.
- Wise, Mary Ruth. «Small language families and isolates in Peru». En: R.M.W. Dixon & Alexandra Y. Aikhenvald (eds.), The Amazonian languages: 307-340. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.
Ligações externas