Karl Theodor Jaspers (Oldemburgo, 23 de fevereiro de 1883 — Basileia, 26 de fevereiro de 1969) foi um filósofo e psiquiatra alemão e suíço.
Estudou medicina e, depois de trabalhar no hospital psiquiátrico da Universidade de Heidelberg, tornou-se professor de psicologia da Faculdade de Letras dessa instituição. Desligado de seu cargo pelo regime nazista em 1937, foi readmitido em 1945 e, três anos depois, passou a lecionar filosofia na Universidade de Basileia.
O pensamento de Jaspers foi influenciado pelo seu conhecimento em psicopatologia e, em parte, pelo pensamento de Kierkegaard, Nietzsche e Max Weber. Sempre teve interesse em integrar a ciência ao pensamento filosófico na medida em que, para Jaspers, as ciências são por si sós insuficientes e necessitam do exame crítico que só pode ser dado pela filosofia. Esta, por sua vez, deve basear-se numa elucidação, a mais completa possível, da existência do homem real, e não da humanidade abstrata. O resultado das reflexões de Jaspers sobre o tema foi a primeira formulação de sua filosofia existencial. Autor do livro de dois volumes: "Psicopatologia Geral",[1][ligação inativa] grande marco em sua carreira e na evolução da psicopatologia.
O existencialismo (ou filosofia da existência) constitui, segundo Jaspers, o âmbito no qual se dá todo o saber e todo o descobrimento possível. Por isso a filosofia da existência vem a constituir-se numa metafísica. A existência, em qualquer de seus aspetos, é precisamente o contrário de um "objeto", pois pode ser definida como "o que é para si encaminhada". O problema central é como pensar a existência sem torná-la objeto.
A existência humana é entendida como intimamente vinculada à historicidade e à noção de situação: o existir é um transcender na liberdade, que abre o caminho em meio a um conjunto de situações históricas concretas.
Jaspers preocupou-se em estabelecer as relações entre existência e razão, o que levou-o a investigar em profundidade o conceito de verdade. Para ele, a verdade não é entendida como característica de nenhum enunciado particular: é antes uma espécie de ambiente que envolve todo o conhecimento.
Dentre suas obras, pode-se destacar:
1927: Stefan George · 1928: Albert Schweitzer · 1929: Leopold Ziegler · 1930: Sigmund Freud · 1931: Ricarda Huch · 1932: Gerhart Hauptmann · 1933: Hermann Stehr · 1934: Hans Pfitzner · 1935: Hermann Stegemann · 1936: Georg Kolbe · 1937: Erwin Guido Kolbenheyer · 1938: Hans Carossa · 1939: Carl Bosch · 1940: Agnes Miegel · 1941: Wilhelm Schäfer · 1942: Richard Kuhn · 1945: Max Planck · 1946: Hermann Hesse · 1947: Karl Jaspers · 1948: Fritz Von Unruh · 1949: Thomas Mann · 1952: Carl Zuckmayer · 1955: Annette Kolb · 1958: Carl Friedrich von Weizsäcker · 1960: Ernst Beutler · 1961: Walter Gropius · 1964: Benno Reifenberg · 1967: Carlo Schmid · 1970: Georg Lukács · 1973: Arno Schmidt · 1976: Ingmar Bergman · 1979: Raymond Aron · 1982: Ernst Jünger · 1985: Golo Mann · 1988: Peter Stein · 1991: Wisława Szymborska · 1994: Ernst Gombrich · 1997: Hans Zender · 2000: Siegfried Lenz · 2002: Marcel Reich-Ranicki · 2005: Amos Oz · 2008: Pina Bausch · 2011: Adonis · 2014: Peter von Matt · 2017: Ariane Mnouchkine
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