Conseguia carregar grande carga de bombas para seu tamanho pequeno, porém mantendo formas agressivas que eram muito temidas pelos aliados. Em algumas versões, o Stuka era ainda acrescido de uma sirene de mergulho instalada na parte superior do trem de pouso, chamada "Trombeta de Jericó", cujo único propósito era aterrorizar quem quer que estivesse no caminho de suas bombas, tornando o som de seus ataques bastante distinto.[5]
As posições fixas das defesas francesas na região de Sedan, foram alvos fáceis para os "Stuka", embora a incapacidade dos comandantes franceses, demonstrada pela sua recusa em chamar os caças para atacar os "Stukas" tivesse ajudado os alemães.
O "Stuka" no entanto, não foi muito útil contra as unidades de veículos blindados franceses, porque os tanques, em movimento, revelaram-se alvos difíceis de atingir.
Após o lançamento das bombas, a força G gerada durante a recuperação do mergulho podia causar a perda de consciência do piloto por alguns segundos.
Primeiras derrotas
As limitações do projeto do Ju-87 "Stuka" começaram a evidenciar-se apenas quando, em 1940, começou a Batalha da Inglaterra.[5] 336 "Stukas" foram preparados para a missão, inicialmente designados para operações de ataque à navegação no Canal da Mancha. Quando os ingleses passaram a navegar apenas de noite, a utilidade do "Stuka" mostrou-se muito reduzida, pelo que os alemães passaram a utilizar esta aeronave apenas para atacar as bases inglesas como haviam feito na Polónia e na França.
Mas sobre os céus de Inglaterra, a ideia de avião que aterrorizava perdeu efeito. Os radares avisavam os ingleses da chegada de formações de aviões alemães e os "Stukas" tinham que enfrentar os caças britânicos no ar, função para a qual não estavam preparados.
Pensado para atuar em céus dominados pela Luftwaffe, o "Stuka" era muitas vezes completamente varrido dos céus. Em Setembro, num só dia os alemães perderam trinta aparelhos sobre os céus da Inglaterra. A partir daí, o "Stuka" foi pura e simplesmente retirado da operação, limitando-se a pequenas operações no canal da Mancha.
Os alemães utilizaram o "Stuka" também na invasão da União Soviética (Operação Barbarossa), mas a enorme dimensão do país, tornou a ação de grupos pequenos de "Stuka", pouco relevante perante a enormidade das operações em terra e quando começou o inverno Russo, os "Stukas" tornaram-se completamente inúteis, porque os seus motores não conseguiam sequer funcionar (fato ocorrido também com os tanques Panzer).
Devido à sua baixa velocidade e às características do combate aéreo na frente oriental, o "Stuka" foi gradualmente substituído em suas funções pelo Focke-Wulf Fw 190 na versão F (caça-bombardeiro), pois este além de mais rápido, podia carregar carga de bombas equivalente, com a vantagem de se tornar um caça após o ataque. O "Stuka" continuou sendo utilizado na versão G. Dotado de dois canhões de 37mm Bk 37, o modelo G ganhou fama no papel de destruidor de tanques. O mais conhecido piloto desta aeronave foi Hans-Ulrich Rudel, especialista em missões de ataque ao solo e o mais condecorado piloto da Luftwaffe na 2ª Guerra Mundial.
Ju 87 A, protótipos V1, V2, V3, V4, V5. versões de produção: A0, A1, A2.
Ju 87 B, protótipos V6, V7, V8, V9, V15, V16, (V17 e V18 não produzidos).
Ju 87 C, protótipos V10, V11. A versão C, foi planejada para aviação naval operando a partir do porta-aviões Graf Zeppelin como torpedeiro e bombardeiro de mergulho. Já que o projeto deste porta-aviões foi cancelado, os poucos fabricados, foram convertidos para a versão B de ataque ao solo.[5]