De acordo com os evangelhos, um centurião romano pediu ajuda a Jesus porque um dos seus servos mais jovens estava doente. Jesus se ofereceu para ir à casa do centurião a fim de realizar a cura, mas este sugeriu que o Mestre o fizesse à distância, pois não se considerava digno de tê-lo em sua casa (uma frase que, um pouco alterada, se incorporaria depois ao rito da missa católica: «Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; porém dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar [e serei salvo]» (Mateus 8:8)). Ao ouvir isso, Jesus disse:
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«Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei tamanha fé. Digo-vos que muitos virão do oriente e do ocidente, e hão de sentar-se com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus; mas os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá o choro e o ranger de dentes....Vai-te e como creste, assim te seja feito.» (Mateus 8:10–13)
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E o servo ficou curado na mesma hora.
Interpretação
O autor John Clowes comentou que Jesus se utilizou de Abraão, Isaque e Jacó para fazer referência ao "grau de benção" na qual as pessoas são admitidas no banquete celestial, com Abraão significando o grau "celestial", Isaque, o grau "espiritual" e Jacó, o grau "natural".[1]