James Benson Irwin (Pittsburgh, 17 de março de 1930 – Glenwood Springs, 8 de agosto de 1991), foi um astronauta norte-americano, tripulante da missão Apollo 15 e o oitavo homem a andar na superfície da Lua, em sua única missão no espaço.
Biografia
Foi selecionado para o grupo de astronautas da NASA em abril de 1966 e serviu na equipe de apoio em terra da Apollo 10 e piloto-reserva do módulo lunar da Apollo 12, a segunda missão a pousar na Lua. Em 26 de julho de 1971, foi lançado ao espaço na Apollo 15, com o comandante David Scott e o piloto do módulo de comando Alfred Worden, para uma missão de 12 dias de ida e volta à Lua. Irwin e Scott pousaram na região conhecida como Hadley–Apennine e exploraram a área com o jipe lunar (foi a primeira ocasião em que este tipo de veículo foi utilizado para explorar a superfície da Lua), trazendo de volta mais de 70 kg de amostras de rochas e solo da região. Retornou à Terra em 7 de agosto.[1] Aposentou-se da agência em 1972 sem realizar outro voo.
Irwin, de todos os homens que pisaram na Lua, foi o mais afetado em termos religiosos pelo feito, passando a pregar como sua experiência no espaço o havia feito sentir mais verdadeiramente a presença de Deus no mundo real e aumentando sua fé no Cristianismo. Após deixar a NASA e a Força Aérea dos Estados Unidos, ele fundou a missão cristã High Flight, e chegou a comandar várias expedições ao Monte Ararat na Turquia, na esperança de descobrir os restos da Arca de Noé, buscas estas que resultaram infrutíferas.[2]
Na verdade, estas expedições não foram provocadas apenas por uma profissão de fé, mas também pelo fato de que satélites americanos, que fotografavam o território turco do espaço, assinalaram a presença de objetos estranhos perto do cume do Monte Ararat, que nas fotos da órbita terrestre pareciam ser restos de longas toras chatas e curvas de madeira, como as usadas na confecção de antigas embarcações.
Esta área da Turquia, a apenas alguns quilômetros das fronteiras da então União Soviética e do Irã, era fechada a estrangeiros e à própria população civil turca durante certo período da chamada Guerra Fria e apenas Irwin e seu grupo tiveram uma permissão especial do governo turco para as pesquisas arqueológicas na região. Na última destas expedições, ele se feriu seriamente escalando a montanha e teve que ser carregado ferido de volta aos Estados Unidos.[3]
Morreu em 08 de agosto de 1991, de ataque cardíaco, em Glenwood Springs, no Colorado, deixando mulher e cinco filhos. Irwin foi o primeiro dos homens que andaram na Lua a morrer. Seu corpo foi enterrado no Cemitério Nacional de Arlington, onde estão enterrados vários outros astronautas e ex-astronautas.[2]
Ver também
Referências
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- Astronautas designados para tripulações principais ou reservas
- Em itálico astronautas que não voaram
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