Nasceu a 29 de abril de 1884, na freguesia de Ançã, Cantanhede, onde foi batizado a 24 de junho de 1884, como filho de António Augusto Cortesão, médico, natural de São João do Campo, Coimbra, e de Norberta Cândida Zuzarte Cortesão, proprietária, natural do Porto.[2]
Casou em Coimbra, freguesia de São Silvestre, a 1 de janeiro de 1912, com a sua prima Carolina Ferreira Cortesão (São João do Campo, Coimbra, 27 de maio de 1888 - Lapa, Lisboa, 17 de julho de 1991), filha de Júlio Maria Ferreira, negociante, exposto na roda de Coimbra, e de Maria Madalena Cortesão, natural de São João do Campo, Coimbra.[2][4]
Em “Post-Scriptum”, Jaime Cortesão abandona a Política, decidido e desiludido com a mesma, escreve:
“O facto de escrever este livro tem uma consequência lógica e moral: — afastar-me da vida partidária.”
“Sujeitei-me assim a todas as consequências da fé política imputada.”
“Hoje a grande obra de defesa da República é atualizá-la com nobreza e inteligência. A única maneira de a garantir é torná-la progressiva e fecunda, fazê-la entrar nas grandes correntes do trabalho moderno.”
“Um homem, que procura a beleza e a verdade, não deve manchar essa missão com a cegueira das paixões políticas. Os que nasceram para cantar e exaltar os corações alheios devem ter a voz clara e isenta e não hipotecar a sua liberdade por um fio que seja.”
“Venho de empenhar o meu esforço em luta de tamanha grandeza que não mais posso servir mentiras ou misturar-me em prélios mesquinhos. A guerra armou-me com uma alta e aguda lança. Mais do que nunca eu quero combater. Proponho-me, todavia, não a empunhar em defesa dos erros alheios, nem lhe manchar o brilho na poeira torva, que levantam os maus combates.”[7]
No Brasil, fixou-se no Rio de Janeiro, dedicando-se ao ensino universitário, especializando-se na história dos Descobrimentos Portugueses (de que resultou a publicação da obra homónima) e na formação territorial do Brasil. Por uma década lecionou no Instituto Rio Branco, ligado ao Itamaraty. Em 1952, organizou a Exposição Histórica de São Paulo, para comemorar o 4.º centenário da fundação da cidade.
Missa da Meia-noite e Outros Poemas, sob o pseudónimo de António Froes (Lisboa, 1940)
13 Cartas do cativeiro e do exílio (1940) (Lisboa, 1987)
"Relações entre a Geografia e a História do Brasil" e "Expansão territorial e povoamento do Brasil" in: História da Expansão Portuguesa no Mundo, dirigida por António Baião, Hernâni Cidade e Manuel Múrias, vol. III, Lisboa, 1940.
O carácter lusitano do descobrimento do Brasil (Lisboa, 1941)