A Igreja Ortodoxa Grega de Antioquia ou Patriarcado Ortodoxo Grego de Antioquia (em grego: Ελληνορθόδοξο Πατριαρχείο Αντιοχείας), legalmente Patriarcado Ortodoxo Grego de Antioquia e Todo o Oriente (em árabe: بطريركية أنطاكية وسائر المشرق للروم الأرثوذكس, romanizado: Baṭriyarkiyya Anṭākiyya wa-Sāʾir al-Mashriq li'l-Rūm al-Urthūdhuks,lit.: Patriarcado de Antioquia e Todo o Oriente para os Rumes Ortodoxos[1]) é uma Igreja ortodoxaautocéfala, parte da comunhão do Cristianismo Ortodoxo. Encabeçada pelo Patriarca Ortodoxo Grego de Antioquia, considera-se a sucessora da Comunidade cristã fundada em Antioquia pelos ApóstolosPedro e Paulo.
É também um dos cinco patriarcados da antiguidade, chamados de Pentarquia.[2][3]
Dentro da Comunhão Ortodoxa, ele ocupa o terceiro lugar de precedência.[4][5]
O título histórico completo do primaz da Igreja de Antioquia é Sua Beatitude Patriarca da Grande Cidade de Deus de Antioquia, Síria, Arábia, Cilícia, Ibéria, Mesopotâmia e Todo o Oriente.[carece de fontes?]
À medida que o sistema “metropolitano” surgiu nos primeiros séculos da Igreja – com bispos das principais cidades presidindo sínodos de bispos regionais regularmente convocados – Antioquia era uma sé de liderança. O cânon 6 do Primeiro Concílio Ecumênico confirmou a preeminência de longa data de Antioquia, juntamente com a de Roma e Alexandria.[4][5][7]
No começo da era cristã, a comunidade de Antioquia sofreu com muita divisão. Após a eleição de São Melécio, cuja posição cristológica se encontra até hoje ambígua, o Patriarcado se dividiu entre seus sucessores seminicenos sem comunhão com Alexandria e Roma, os nicenos estritos seguidores de Eustácio em comunhão com ambas as sés, os arianistas apoiados pelo Imperador Valente e os seguidores de Apolinário de Laodiceia. Pouco depois a reunificação destes grupos em conflito, seguiu-se uma alternância entre patriarcas diofisistas (que seriam apoiados pelo Concílio de Calcedônia em 451) e miafisistas. A disputa se agravou depois da escolha do influente miafisista Severo de Antioquia pelo Imperador Anastácio I Dicoro em 512. Seis anos depois, Justino I assumiu o império, depôs Severo e elegeu Paulo. Severo, no entanto, liderou um cisma, dando origem à Igreja Ortodoxa Síria, enquanto os sucessores de Paulo permaneceriam como a Igreja Ortodoxa Grega de Antioquia.
Durante o reinado de Justiniano, a importância da Sé de Antioquia foi relevada com a inclusão dela na Pentarquia, estrutura de governo da Igreja Cristã que perdura até o Grande Cisma de 1054, quando Antioquia, junto às outras sés orientais, separa-se de Roma.[2][3][8] Em 1386, como consequência da invasão de Antioquia, hoje Antáquia, na Turquia, pelo Império Otomano em 1268, a Sé se mudou para Damasco, na Síria, onde permanece até hoje.
Administração e Estrutura
O Patriarca
O Patriarca é eleito pelo Santo Sínodo entre os metropolitas que o compõem. O Patriarca preside o Santo Sínodo e executa suas decisões. Ele também atua como Metropolita da Arquidiocese de Antioquia e Damasco.
O atual Patriarca, João X (Iazigi), foi eleito em 17 de dezembro de 2012, sucedendo ao Metropolita Saba Esber, eleito lugar-tenente em 7 de dezembro de 2012, após a morte de Inácio IV (Hazim).[9]
Arquidioceses e Metropolitas
Existem atualmente 22 arquidioceses, cada uma chefiada por um metropolita.
Dioceses Titulares e Bispos
Bispos Aposentados
Igrejas filhas
Igreja de Chipre: Autocefalia concedida pela Igreja de Antioquia em 431 d.C.
Igreja da Geórgia: Autocefalia concedida pela Igreja de Antioquia em 486 d.C.
A primeira liturgia ortodoxa na América do Sul foi celebrada em São Paulo pelo Padre Mussa Abi Haidar com fiéis antioquinos de origem síria e libanesa em salão devidamente adaptado em 1897. Deste grupo viriam a primeira igreja ortodoxa no subcontinente, a Igreja da Anunciação à Mãe de Deus, localizada no centro histórico da cidade de São Paulo e atualmente fechada após ter sido atingida por um incêndio em julho de 2022. Sete anos mais tarde, e, em 1922, um bispo para o Brasil, o Bispo Michael Chehade. Em 1958, Dom Ignatios Ferzli assumiria o posto de Metropolita do Brasil, que manteria até sua morte em 1997, quando é ordenado Dom Mansour.[13]