Os ifrânidas, também chamados Banu Ifrã ou Banu Ifrém (em árabe: بنو يفرن), é uma tribo berbere assentada ao norte da África, uma das quatro que formavam os zenetas.[1] Ifrēn é o plural de afar, efri ou ifri (Banū Ifrēn significa filhos de Ifri, sendo que ifri significa caverna em língua berbere[2].), e os Romanos deram o seu nome à África (terra dos Afar).[3]
História
Foram o único povo que defendeu o Magrebe,[4] e mantiveram lutas no Magrebe contra as ocupações dos Romanos, Vândalos e Bizantinos, e no século VII lutaram com Kahina contra a invasão dos muçulmanos Omíadas e Abássidas, e durante o século VIII, entre 765 e 786, mantiveram o seu próprio governo em Tremecém sob o governo de Abu Qurra. Foram definitivamente derrotados pelos Almorávidas.
Os descendentes de Abu Curra foram chefes militares no Califado de Córdova. No século XI, com a desintegração do Califado de Córdova, Abu Nur Hilal fundou Ronda em 1014 e a cora de Takurunna converteu-se na Taifa de Ronda. Foi senhor de Ronda de 1023 a 1039, e depois de Sevilha de 1039 a 1054. Seu filho, Badis ben Hilal, governou Ronda de 1054 a 1057, e Abu Nars Fatuh de 1058 a 1065. O assassinato deste último foi por causa de que Ronda passasse a ser parte do taifa sevilhano de Almutadide. Durante este período foi criada a maior parte do patrimônio monumental com que conta a zona histórica de Ronda.[5]
Referências
↑Ibn khaldūn, Histoire des Berbères des dynasties musulmanes de l'Afrique septentrionale , ed. trad. Parcial por William McGuckin de Slane, Alger, 1852-1856
Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «Banū Ifrēn», especificamente desta versão.