Taifa de Sevilha

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Ta'ifat Ishbiliyya
Taifa de Sevilha

Taifa


1023 – 1091
Localização de Taifa de Sevilha
Localização de Taifa de Sevilha
Mapa da Taifa de Sevilha no seu apogeu c. 1080
Continente Europa
Região Península Ibérica
País Espanha
Portugal Portugal
Capital Sevilha
Outros idiomas Árabe, moçárabe, ladino
Religião Islão, cristianismo moçárabe, judaísmo
Governo Monarquia
Período histórico Idade Média
 • 1023 Queda do Califado de Córdova
 • 1091 de 1091 Conquista pelos Almorávidas
Moeda Dirrã e Dinar de ouro

A Taifa de Sevilha (em árabe: طائفة إشبيليّة; romaniz.: Taifat Ishbiliyya) foi uma taifa (reino muçulmano ibérico) centrada na cidade de Sevilha.

A taifa surgiu após a fragmentação do Califado de Córdova em 1023.

O território da taifa extendia-se, no seu apogeu, do Cabo de São Vicente a oeste a Algeciras no sul, e Almería a leste, incluido, para além de Sevilha, as cidades de Silves, Mértola, Santa Maria de Faro, Córdova e Almería.

O reino foi independente entre 1023 e 1091, terminando com a sua conquista pelos Almorávidas.

História

As origens da Taifa de Sevilha remontam ao periodo atribulado do fim do Califado de Córdova. Em 974, deu-se em Sevilha uma insurreição contra o governo do Califa Al-Hakam II, liderada pelas poderosas familias dos Banu’l Hajjaj e dos Banu Khaldun. Esta revolta foi derrotada pelas forças do Califa. Após estes eventos, Ismail ibne Abade foi nomeado o novo qadi da cidade[1].

Em 1019, o qadi Ismail morre e é sucedido pelo seu filho Maomé ibne Abade, cuja nomeação fora confirmada por Alcacim, pretendente ao trono califal.

Quando Alcacim foi expulso de Córdova pelo seu sobrinho Iáia ibne Ali em 1023, Maomé ibne Abade recusou a sua entrada na cidade, decisão que é vista como o momento em que Sevilha se torna efectivamente um reino independente.

Abade I (1023-1042)

Maomé ibne Abade sucedeu ao seu pai como qadi da cidade de Sevilha, e inicialmente governou a cidade como membro de um triumvirato, que incluia Abu Abdallah Al-Zubaydi como al-faqih, e Abu Maomé Abdallah ibne Maryam como al-wazir.[2]

Almutadide (1042-1069)

Almutadide ascendeu ao trono após a morte do seu pai sem oposição aparente. O novo senhor de Sevilha embarcou numa política expansionista agressiva, que levou à conquista de várias taifas no Garb al-Andalus e a leste.

Durante o seu reino, Almutadide conquistou a taifas de Mértola (1044-45), Niebla (1051), Huelva e Saltes (1951-53) e Silves (1963)[3]. A conquista desta última terá sido realizada com o jovem Almutamide à frente das forças invasoras.

A estas conquistas seguiram-se Algeciras (1054-55), Ronda (1064-66), Moron (56-66), Carmona (1966-67) e Arcos (1068-69)[4].

Referências

  1. KENNEDY, Hugh (2014). Muslim Spain and Portugal: A Political History of al-Andalus. Routledge,p.134-35
  2. Wasserstein, D.(1993) "The Caliphate in the West: An Islamic Political Institution in the Iberian Peninsula." Clarendon Press. p.95
  3. Ibid.,p.144
  4. Ibid.

Bibliografia

  • KENNEDY, Hugh (2014). Muslim Spain and Portugal: A Political History of al-Andalus. Routledge.
  • WASSERSTEIN D.(1993). "The Caliphate in the West: An Islamic Political Institution in the Iberian Peninsula." Clarendon Press