A Idade das Trevas é uma periodização histórica que enfatiza as deteriorações demográficas, culturais e econômicas que ocorreram na Europa consequentes ao declínio do Império Romano do Ocidente.[1][2] O rótulo, muitas vezes aplicado, pejorativamente, como um sinônimo da Idade Média, emprega o tradicional embate entre luz versus escuridão, contrastando este período com os períodos anteriores, Antiguidade Clássica, resgatada pelos renascentistas humanistas da Idade Moderna, e posteriores [3], o Século das Luzes, defendido pelos filósofos iluministas, conforme sugere o historiador Jacques Le Goff, visto que ele é caracterizado por uma escassez de escritos e registros históricos em algumas áreas da Europa, tornando-o, assim, obscuro para os historiadores. O termo "Era das Trevas" deriva do latimsaeculum obscurum, originalmente aplicado por Caesar Baronius em 1602 sobre uma época tumultuada entre os séculos V e IX.[4]
Referências
↑Oxford English Dictionary 2 ed. Oxford, England: Oxford University Press. 1989. a term sometimes applied to the period of the Middle Ages to mark the intellectual darkness characteristic of the time; often restricted to the early period of the Middle Ages, between the time of the fall of Rome and the appearance of vernacular written documents.
↑Dwyer, John C., Church history: twenty centuries of Catholic Christianity, (1998) p. 155. Baronius, Caesar. Annales Ecclesiastici, Vol. X. Roma, 1602, p. 647
Bibliografia
Rops, Daniel: História da Igreja, volumes II e III. Editora Quadrante, São Paulo.
LE GOFF, Jacques. A Idade Média. Tradução de Hortência Santos Lencastre. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ediouro Multimidia, 2009.