Foi durante o seu reinado que, em 1963, ocorreram as primeiras eleições para a Câmara dos Representantes, a parte do Parlamento marroquino que é bicameral. Em 1965, manifestações estudantis e de desempregados, serviram de pretexto à dissolução e Haçane passou a governar com poderes ditatoriais. De 1970 a 1984, os partidos leais ao rei garantiram o seu poder, conquistando a maioria no Parlamento. Sofreu uma tentativa de golpe de estado em 1971 e outra em 1972.[2] Enfrentou a Frente Polisário ao ocupar a ex-colônia espanhola do Saara Ocidental, num conflito até hoje não resolvido. Da mesma forma teve que enfrentar o avanço de grupos fundamentalistas islâmicos. Desde a década de 1980 a oposição a seu governo crescia, o que fez que em 1998 convocasse o líder da oposição vitoriosa nas eleições parlamentares Abderrahman el-Youssoufi, para chefiar o governo como primeiro-ministro.
↑Sobre os golpes, vale uma autobiografia de quem viveu aqueles momentos: FOTOUSSI, Michèle, Eu, Malika Oufkir, prisioneira do rei, São Paulo, Companhia das Letras, 2000.