Halotano

Halotano
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC 1-bromo-1-cloro-2,2,2-trifluoroetano
Identificadores
Número CAS 151-67-7
PubChem 3562
DrugBank DB01159
ChemSpider 3441
Código ATC N01AB01
Propriedades
Fórmula química C2HBrClF3
Massa molar 197.38 g mol-1
Aparência líquido volátil
Farmacologia
Metabolismo hepático
Excreção pulmões 80% inalterado[1]
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

O halotano é um agente anestésico volátil halogenado líquido, da família dos haloalcanos, utilizado para a indução e manutenção da anestesia geral.[2] Um dos seus benefícios está no controlo do aumento de produção de saliva, podendo ser particularmente útil para doentes difíceis de ventilar ou intubar.[2] O halotano é administrado por inalação.[2] Não causa irritação, é bem tolerado e é um potente hipnótico.[1]

Os efeitos colaterais incluem arritmia cardíaca, hipoventilação (depressão respiratória) e problemas hepáticos.[2] É contra-indicado para pacientes com antecedentes de hipertermia malígna ou naqueles susceptíveis e ainda em pacientes com porfiria hepática pois o seu metabólito é altamente tóxico.[2] Não é certo se o uso em mulheres grávidas pode ou não ser prejudicial para a criança, e normalmente não é recomendável o seu uso durante uma cesariana.[3] O halotano é uma molécula quiral que é utilizada como uma mistura racémica.[4]

O halotano foi descoberto em 1955.[5] Consta na Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial de Saúde, considerados os medicamentos mais eficazes e seguros para responder às necessidades de um sistema de saúde.[6] A partir de 2014, o preço de venda nos países em desenvolvimento passou a ser entre 22 e 52 dólares americanos por cada frasco de 250 ml.[7] O seu uso em países desenvolvidos tem sido em grande parte substituído por novos agentes como o sevoflurano.[8] O halotano não se encontra mais disponível comercialmente nos Estados Unidos.[3]

Contra indicações

É contra-indicado em pacientes com história prévia de hipertermia maligna ou naqueles suscetíveis e ainda em pacientes com insuficiência hepática pois o seu metabólito é altamente tóxico.

Causa hepatopatia leve em 20 a 25% dos pacientes e raramente lesão hepática grave (1/35000 em adultos).

Dados de experimentos em animais indicaram que o halotano pode ter potencial teratogênico em algumas espécies, sendo o seu uso não recomendado durante a gravidez.

Preparação

Um dos métodos de preparação do halotano consiste na reação de adição de ácido fluorídrico ao tricloroetileno em presença de tricloreto de antimônio seguida de uma reação de substituição com bromo:

Referências

  1. a b [Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário terapêutico nacional 2010: Rename 2010/Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. – 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010.]
  2. a b c d e WHO Model Formulary 2008 (PDF). [S.l.]: World Health Organization. 2009. pp. 17–18. ISBN 9789241547659. Consultado em 8 de dezembro de 2016. Cópia arquivada (PDF) em 13 dezembro de 2016 
  3. a b «Halothane - FDA prescribing information, side effects and uses». www.drugs.com. Junho de 2005. Consultado em 13 de dezembro de 2016. Cópia arquivada em 21 de dezembro de 2016 
  4. Bricker, Simon (17 de junho de 2004). The Anaesthesia Science Viva Book. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 161. ISBN 9780521682480. Cópia arquivada em 10 de setembro de 2017 – via Google Books 
  5. Walker, S. R. (2012). Trends and Changes in Drug Research and Development (em inglês). [S.l.]: Springer Science & Business Media. p. 109. ISBN 9789400926592. Cópia arquivada em 10 de setembro de 2017 
  6. «WHO Model List of EssentialMedicines» (PDF). World Health Organization. Outubro de 2013. Consultado em 22 Abril de 2014. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2014 
  7. «Halothane». International Drug Price Indicator Guide. Consultado em 13 de Agosto de 2015 [ligação inativa]
  8. Yentis, Steven M.; Hirsch, Nicholas P.; Ip, James (2013). Anaesthesia and Intensive Care A-Z: An Encyclopedia of Principles and Practice (em inglês) 5 ed. [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 264. ISBN 9780702053757. Cópia arquivada em 10 de setembro de 2017 
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