Um poema escrito logo após a morte de Guilherme I mostra que ele nasceu no estrangeiro,[2] confirmando assim as suas origens escandinavas. Foi filho de uma mãe cristã e de um pai que ainda era pagão.
Se no inicio foi somente o filho de um chefe viquingue, chefe de um grupo que percorria os mares em busca de terras que poderiam ser saqueadas, rapidamente, e depois da morte de seu pai, tornou-se mais poderoso.
A pressão dos saques praticados por seu pai, e a influência deste levou a que fosse instalado pelo rei Carlos III de França (17 de setembro de 879 — 7 de outubro de 929), "o Simples", na Normandia, com o acordo de este deixar de saquear as terras francesas.
Com a morte do pai Guilherme tornou-se o herdeiro deste território. Dudão de Saint-Quentin, explica que até ao ano de 927 Rolão se encontrava incapaz de governar o território de forma organizada[3], facto que levou a que um conjunto de normandos e bretões escolhe-se Guilherme como chefe. Apenas eleito, Guilherme dirigiu-se ao Carlos de França, oferecendo-lhe a paz em troca do território, recebendo a concordância real e o título de Jarl.
O principado de Guilherme corresponde a uma consolidação da Normandia. Dudon apresenta o jarl como um restaurador da paz e da ordem. Lucien Musset, descreve-o, mais recentemente: "como o artesão chefe da ressurreição da Normandia". "A ele deve ser atribuído o sucesso final do sucesso do enxerto no tronco escandinavo romano-Franco, que permitiu ao Estado, fundado em 911 o atravessar vitoriosamente a crise geral que viveu nos anos de 940 o mundo escandinavo do Ocidente"[4].
A primeira esposa de Ricardo I da Normandia foi Ema de Paris, que desposou em 960, filha de Hugo, o Grande, conde de Paris. Uniram-se ainda muito jovens. Ela faleceu em 966, sem descendência.
Complainte de Guillaume Longue Épée, J. Lair (éd.), Étude sur la vie et la mort de Guillaume Longue Épée, Paris, Picard, 1893, p. 61-68
Dudon de Saint-Quentin, De gestis Normanniae ducum seu de moribus et actis primorum Normanniae ducum, J. Lair (éd.), Mémoires de la Société des Antiquaires de Normandie, tome XXIII, 1865.
Chisholm, Hugh. Vermandois. Encyclopaedia Britannica, Vol. 25 (11ª Ed.). Cambridge: Cambridge University Press, 1911. Consultada a 9 de Abril de 2011.
Anselme. "Histoire Genealogique de la Maison royale de France", 1726.
Fouquier-Cholet, M. "Histoire des Comtes héréditaires du Vermandois", Saint-Quentin, 1832.
Settipani, Christian, La Préhistoire des Capétiens(Nouvelle histoire généalogique de l'auguste maison de France, vol. 1). Paris: éd. Patrick van Kerrebrouck, 1993.ISBN 2-9501509-3-4
↑Según el historiador D. C. Douglas, Rollon estaba, posiblemente, muerto. C. D. Douglas, « Rollo of Normandy », The English Historical Review, vol. 57, n°228, oct. 1942, p434-435.
↑Lucien Musset, « Naissance de la Normandie », Michel de Bouärd (dir.), Histoire de la Normandie, Privat, Toulouse, 1970, pág. 109