Roberto I de Normandia, também conhecido como Roberto, o Liberal, Roberto, o Diabo, e Roberto, o Magnífico (1010 - 22 de julho de 1035), foi duque de Normandia de agosto de 1027 até sua morte em 1035.
Biografia
Apesar de ter sido o segundo filho de Ricardo II da Normandia, chegou ao senhorio do ducado ao suceder o ser irmão, Ricardo III da Normandia, que morreu prematuramente de uma forma tida como misteriosa, tendo Roberto I sido acusado várias vezes da morte do irmão. Foi um apoiante feudal do rei Henrique I de França,[1] contra os irmãos do rei que se haviam revoltado contra a coroa, tendo recebido pelo serviço prestado o território de Vexin.
Foi interveniente nos assuntos da Flandres e apoiou o seu primo Eduardo, o Confessor auxiliando na corte ducal a eventual submissão da Inglaterra ao rei dinamarquês Sueno I da Dinamarca. Chegou mesmo a pensar a intervir militarmente em Inglaterra. No campo da religião comandou a reforma monástica do Ducado Normando.
Durante 1034, durante uma grande fome por quase todo o Ocidente, decidiu partir em peregrinação a Jerusalém deixando nomeado como sucessor o seu único filho varão, o considerado ilegitimo Guilherme, o Bastardo,[2] sob tutela de Alano III da Bretanha. Partiu em fevereiro de 1035 tendo morrido no caminho de regresso em Niceia, no dia 3 de julho de 1035. A sua morte precoce lançou o ducado numa onda de problemas e numa anarquia em larga escala levada pela disputa da herança do ducado. Estes problemas só foram resolvidos anos mais tarde com a Batalha de Val-ès-Dunes.