Sua capital é Basse-Terre, sendo que a capital económica é Pointe-à-Pitre, onde se encontra a maioria do comércio, bem como o Port Autonome de la Guadeloupe.
A ilha de Guadalupe foi descoberta por Cristóvão Colombo em 14 de novembro de 1493. Tornou-se colónia francesa em 1635.
A Revolução Francesa de 1789 trouxe o caos à ilha. Sob a nova lei revolucionária, pessoas de cor livres tinham direito a direitos iguais. Aproveitando a situação política anárquica, a Grã-Bretanha invadiu Guadalupe em 1794, à qual os franceses responderam enviando soldados liderados por Victor Hughes, que retomaram as terras e aboliram a escravidão.[2] No Reinado do Terror que se seguiu, mais de 1 000 colonos foram mortos.[3]
Em 1802, o Primeiro Império Francês restabeleceu o governo e a escravidão pré-revolucionárias, provocando uma rebelião de escravos liderada por Louis Delgrès.[2] As autoridades francesas responderam rapidamente, culminando na Batalha de Matouba em 28 de maio de 1802. Percebendo que não tinham chance de sucesso, Delgrès e seus seguidores cometeram suicídio em massa ao explodir deliberadamente suas lojas de pólvora.[4][5] Em 1810, os britânicos novamente tomaram a ilha, entregando-a à Suécia em 1813.[6] No Tratado de Paris no ano seguinte, a Suécia cedeu Guadalupe à França, dando origem ao Fundo de Guadalupe. Em 1816, o Tratado de Viena reconheceu definitivamente o controle francês de Guadalupe.[2]
É um departamento ultramarino francês desde 1946.
Política
A política de Guadalupe é organizada como a da França. Os prefeitos são eleitos pelo voto do povo, que também podem votar em vereadores e conselheiros regionais. Estes serão os deputados que irão representá-los na França e levar as queixas até o Chefe de Estado. A prefeitura do departamento fica em Basse-Terre.
A economia de Guadalupe vem tendo uma forte perda ultimamente. Isso ocorre pela taxa de desemprego (27% da força de trabalho) e pela sobreposição das importações pelas exportações (6% em 1996).
A agricultura é o motor da economia de Guadalupe. A cana-de-açúcar é o principal produto junto com a banana, Mas estes cultivos estão em crise. O cultivo de frutos e hortaliças não conseguem satisfazer as necessidades de 400 000 habitantes a cada ano, e Guadalupe tem de importar mais de dez mil toneladas de frutas e legumes anualmente.
O turismo parece ser o único setor da economia de Guadalupe a dar bons resultados. Em 2007 o fluxo de carros, navios, cruzeiros e hóspedes em hotéis aumentou positivamente. A maioria dos turistas é de origem francesa, italiana e belga.
Em 1 de Janeiro de 2006, estimou-se que população de Guadalupe estava em 400 736 habitantes, enquanto que em 1999, Guadalupe tinha 386 566 habitantes. Nos últimos sete anos, o crescimento populacional foi de aproximadamente 3,67%.
A densidade populacional em 2006 era de 246 habitantes por km², e mais de um terço do território do arquipélago é dedicado à agricultura. As zonas montanhosas não são habitáveis e espaço para a habitação é escasso.
Cerca de 72% da população de Guadalupe são afro-caribenhos e pardos, 14% são indo-caribenhos, 9% têm origem europeia, 2% da população têm origem asiática, sendo uma significativa parcela de origem árabe. Hispânicos e outros representam cerca de 3% da população.
A música de Guadalupe tem origem dos escravos do arquipélago. É uma música simples, tocado com um instrumento de percussão chamado "Gwo-Ka". Embora haja significativa mescla de culturas no arquipélago, a população é predominantemente católica.
↑Moitt, Bernard (1996). David Barry Gaspar (ed.). "Slave women and Resistance in the French Caribbean". More than Chattel: Black Women and Slavery in the Americas. Indiana University Press: 243. ISBN 0-253-33017-3.