- Prémio Personalidade do Ano, na categoria de Teatro (2000) - Melhor Encenador (2007) - Melhor Espectáculo (2008) - Prémio Mérito Excelência (2023)
Outros prémios
- Personalidade do Ano da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro (1984) - Comendador da Ordem do Infante D. Henrique (1992) - Grande-Oficial da Ordem do Mérito (2006) - Medalha de Ouro da Cidade de Lisboa (2007) - Prémio Arco-íris (2010)
Proveniente de uma família de lavradores e ganadeiros abastados, é o mais novo de seis filhos e filhas de Luís de La Féria de Assis e Orta (Serpa, Aldeia Nova de São Bento (hoje Vila Nova de São Bento), 14 de fevereiro de 1913 - Lisboa, 28 de novembro de 1977), filho unigénito de Francisco de Assis e Brito de Orta (Serpa, Aldeia Nova de São Bento, c. 1876 - Serpa, Aldeia Nova de São Bento, 14 de janeiro de 1919) e de sua mulher Dolores da Conceição de La Féria, e cujo avô paterno e cujo avô materno eram Espanhóis, primo-irmão de Ramón La Féria, sobrinho materno de Ramón Nonato de La Féria e sobrinho-bisneto do 1.º Visconde de Orta, Senhor do Solar e Herdade da Abóboda e anexas e das Herdades dos Outeiros e Tagarrosa, da Casa dos Palhas e da Casa do Rocio, em Aldeia Nova de São Bento, e de sua mulher (Serpa, Vila Verde de Ficalho, 29 de outubro de 1934) Maria Janeiro Valente (Serpa, Vila Verde de Ficalho, 4 de maio de 1911 - 17 de maio de 1976), Senhora das Herdades do Alto da Ferradura, Barreira Branca, Monte do Velho e Jarrões.[5]
Ao regressar de Londres, irá assumir durante 16 anos consecutivos a direção da Casa da Comédia. Nesta companhia, dirigiu, entre outros, os espetáculos Faz tudo, faz tudo, faz tudo!, A paixão segundo Pier Paolo Pasolini, A marquesa de Sade, Eva Péron, Savanah bay, A bela portuguesa, Electra ou a queda das máscaras, Noites de anto ou A ilha do oriente. Entre os autores que adaptou contam-se Marguerite Yourcenar, Marguerite Duras, Yukio Mishima, Agustina Bessa-Luís e Mário Cláudio.
Para a televisão produziu, encenou, adaptou e dirigiu: de sua autoria Grande Noite, Cabaret, Todos ao Palco, Saudades do Futuro e Comédias de Ouro. Nesses programas, todos transmitidos na RTP1, revelou autores como Dario Fo, Oscar Wilde, Peter Schaffer ou Georges Feydeau; com tradução sua destacam-se: A importância de se chamar Ernesto, de Oscar Wilde; Não se paga, não se paga, de Dario Fo; Paris Hotel, de Georges Feydou, e Espelho de duas faces, de Arthur Miller.
Em 2000, escreveu e encenou o músical Amália, que esteve durante seis anos em cena e ultrapassou os 16 milhões de espetadores. Tendo-se seguido, em 2001, A Casa do Lago, de Ernest Thompson, com Eunice Muñoz e Ruy de Carvalho, sendo que, em 2002, encena o musical de Alan Jay Lerner e Frederick Loewe, My Fair Lady, a partir da obra de George Bernard Shaw, num espetáculo galardoado com o Globo de Ouro para Melhor espetáculo do Ano.
Segue-se a A Rainha do Ferro Velho, de Garson Kanin, em 2004. Em 2006, apresentou A Canção de Lisboa, adaptado do filme de Cottinelli Telmo, O Principezinho, de Saint-Exupéry e, em 2007, Música no Coração. Em 2007, estreou, também, Jesus Cristo Superstar, primeira produção no Teatro Rivoli depois de a sua empresa ter vencido o concurso de concessão da exploração daquele espaço.
Em 2007, concebeu a gala Campo Pequeno de novo em grande, emitido pela RTP1, para celebrar a reinauguração da Praça de Touros do Campo Pequeno, após a sua reabilitação; e a Gala das 7 Maravilhas, com transmissão em direto para a TVI, também a partir da arena do Campo Pequeno, destinando-se essa cerimónia à eleição das sete maravilhas do mundo de 2007, em Lisboa.
É, inclusive, autor de todas as canções dos programas de televisão "Grande Noite", "Cabaret", "Todos ao Palco", "O Sonho do Cinema", incluindo as próprias canções dos musicais "Cabaret", "Godspel", "Aplauso", "Porgy and Bessy", "Mame", "Oklahoma" e "Carossel".[7]
Como empresário, reconstruiu o Teatro Politeama onde estreou, com texto seu, Maldita Cocaína, Jasmim ou o sonho do cinema, De Afonso Henriques a Mário Soares, GodspellMaria Callas, de Terrence McNally e Rosa Tatuada, de Tennessee Williams.
Em 2008, estreia as peças "West Side Story", "A Estrela" e "Um Violino no Telhado". Sendo que, em 2009, apresenta o musical "Piaf" e as peças "A Gaiola das Loucas" e "O Feiticeiro de Oz". Em 2011, estreia as peças "Fado: História de um povo", "A flor do cacto" e "O Melhor de La Féria".
Na rádio, fez traduções para peças e folhetins radiofónicos, tendo sido responsável pelo programa “O Prazer do Teatro”, que incluiu várias traduções de dramaturgos mundiais.