O Festival Eurovisão da Canção 1997 ocorreu em Dublin, na Irlanda. Dublin é a capital e maior cidade da Irlanda. O nome em inglês deriva da palavra irlandesa "Dubhlinn" (ocasionalmente também grafada Duibhlinn ou Dubh Linn), que significa "Lago Negro". Localiza-se na província de Leinster próxima ao ponto mediano da costa leste da Irlanda, sendo cortada pelo Rio Liffey e o centro da região de Dublin. Desde 1898 possui nível administrativo de condado (county-boroughs). Seus limites são os condados de Fingal a norte, Dublin meridional a sudoeste e Dun Laoghaire-Rathdown a sudeste. Tem uma população de 527.612 habitantes na cidade, e sua área metropolitana tem 1.804.156 habitantes. Fundada como um assentamento viquingue, foi o centro do Reino de Dublin e se tornou a principal cidade da Ilha após a invasão dos Normandos. A cidade cresceu de maneira rápida durante o século XVII; se tornou na época a segunda maior cidade do Império Britânico e a quinta maior da Europa. Dublin entrou em um período de estagnação após o Ato de União de 1800, mas continuou o centro económico da Ilha. Após a Partição da Irlanda em 1922, virou a capital do Estado Livre Irlandês, e mais tarde, da República da Irlanda. Dublin é reconhecida como uma cidade global, com um ranking "Alpha-", colocando a cidade entre as 30 mais globalizadas do mundo.[1] Atualmente é o principal centro histórico, cultural, económico, industrial e educacional da Irlanda.
Depois da controversa em torno da pré-selecção de 1996 que eliminou alguns países famosos nestes festivais, a UER (União Europeia de Radiofusão) introduziu um novo sistema para 1997: os países com o mais baixo score dos últimos 4 seriam excluídos de participarem no Festival Eurovisão da Canção. Aqueles países com as mais baixas pontuações nos últimos 5 anos não poderiam participar em futuros festivais. Contudo o país excluído num ano poderia participar no seguinte.
Inicialmente, Israel iria particpar, mas teve que se abster, pois a data da final coincidia com o Yom HaZikaron. A retirada permitiu que a Bósnia e Herzegovina participasse.[3]
Nesta edição, cinco países (Alemanha, Áustria, Suécia, Suíça e Reino Unido) utilizaram pela primeira vez o sistema de votação por telefone como forma de contrariar os baixos índices de audiência nesses países e levar o evento a um público mais amplo e jovem. Os resultados do televoto foram, em alguns casos, diferentes daqueles entregues pelo júri profissional. A Islândia, por exemplo, recebeu 16 dos seus 18 pontos graças a esse sistema.
Visual
A abertura da competição começou com um pequeno vídeo. Apareceram Eimear Quinn, Bjorn Ulvaeus, Céline Dion e Morten Harket, todos desejando boa sorte aos participantes. A câmera então mostrou a sala e o palco.
O palco, projetado por Paula Farrell como os cenários de 1988 e 1994, foi inspirado no novo mundo das telecomunicações, com muitos monitores espalhados no fundo e no chão.
Os cartões postais mostravam a riqueza económica, cultural e turística da Irlanda. Eles terminaram com uma apresentação visual dos artistas participantes. Dezoito ex-participantes, na sua maioria vencedores, apareceram pontualmente entre as apresentações. Eles se lembraram de sua participação no concurso e desejaram boa sorte aos concorrentes.
O intervalo foi ocupado pelo grupo Boyzone, acompanhados por uma dúzia de dançarinos. A canção, "Let The Message Run Free", foi especialmente escrita por Ronan Keating para a ocasião.
Votação
20 dos 25 países tinha um júri composto por 11 elementos, que atribuiu 12, 10, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1 pontos às dez canções mais votadas. Os outros 5 (Alemanha, Áustria, Suécia, Suíça e Reino Unido) usaram o televoto, onde, às 10 canções mais votadas, eram atriuídos 12, 10, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1 ponto, com um júri de salvaguarda, em caso de erros. Um júri nacional era usado em casos de força maior, em que não se pudesse utilizar o televoto.
Devido ao televoto, pela primeira vez, houve um resumo das músicas no final das 25 atuações.
Pela primeira vez, duas pessoas anunciaram os votos. Trataram-se de Frédéric Ferrer e Marie Myriam, pela França.
Prémio Barbara Dex
Pela primeira vez, o fansite House of Eurovision apresentou o Prêmio Barbara Dex, um prémio de humor dado ao artista mais mal vestido a cada ano no concurso. É nomeado após a artista belga, Barbara Dex, que ficou em último na edição de 1993, em que ela usava o seu próprio vestido projetado. A House of Eurovision continuaria a fornecer o Barbara Dex Award até 2016, quando outro fansite da Eurovision, songfestival.be, assumiu as rédeas do prémio e o apresenta todos os anos a partir de 2017.
Para fazer face ao elevado número de países interessados em participar no certame, a EBU resolveu aplicar uma nova regra: os 5 países que tivessem a menor média dos últimos 5 anos, não poderiam participar.
Cinzento - País anfitrião;
Amarelo - Países excluídos