Esther Pillar Grossi é conhecida pelo seu trabalho extenso sobre educação, entre eles a temática de avaliação escolar, sendo referência no assunto. Foi casada com o pediatra Sérgio Pillar Grossi, que foi professor da Faculdade de Medicina da atual Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e chefiou o Serviço de Neonatologia da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, antes de falecer, foi homenageado ao batizarem com seu nome este Centro de Neonatologia.
Carreira como educadora
Em 1970, com mais 49 professores de Porto Alegre, fundou o GEEMPA (Grupo de Estudos Sobre Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação), tornando-se uma liderança na busca de soluções aos grandes problemas da escola pública brasileira. Como responsável pela área de pesquisa do GEEMPA, coordenou a realização de inúmeras pesquisas sobre questões do Ensino e da Aprendizagem, incluindo especialmente a construção de atividades didáticas que produzissem efeitos reais de rendimento escolar em alunos provenientes de famílias de classes populares.
Foi professora alfabetizadora na vila Santo Operário, na periferia de Porto Alegre, em sua primeira experiência de aplicação da proposta baseada em novíssimas ideias sobre o aprender. Também alfabetizou crianças e jovens pobres de outras comunidades, como no Morro da Cruz.[1]
Em abril de 1997, Esther coordenou, em Porto Alegre, o projeto O prazer de ler e escrever de verdade, realizado pelas ONGs GEEMPA e THEMIS, com recursos do Ministério da Educação, e que objetiva a alfabetização de mil mulheres em três meses. Por sua proposta inovadora, a realização do projeto foi especialmente acompanhada pela UNESCO e pelo UNICEF.[4]
Carreira política
Em 1983 filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT). Filiada também ao Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS-Sindicato), foi candidata a vice-presidente do Sindicato na eleição de 1983. Foi secretária municipal de Educação de Porto Alegre de 1989 a 1992 na gestão de Olívio Dutra. A frente desta pasta, implantou um programa de alfabetização na periferia, o reconhecimento deste programa fez com que o mesmo fosse adotado como modelo pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).[4]
Nas eleições de 1994 foi eleita deputada federal pelo PT do Rio Grande do Sul. Assumiu em 1995 e foi membro titular da Comissão de Educação, Cultura e Desporto, tendo atuado prioritariamente nas áreas da educação, da cultura e da ciência e tecnologia. Na legislatura 1999-2003, exerceu como suplente o mandato de deputada federal, de 3 a 20 de fevereiro de 1999, e de 22 de fevereiro de 1999 a 15 de fevereiro de 2000, reassumiu em 16 de fevereiro de 2000, sendo efetivada em 2 de janeiro de 2001.[1]
Obras publicadas
É autora de mais de trinta obras sobre matemática, processo cognitivo e alfabetização. Escreveu um livro de crônicas, um de receitas e um autobiográfico. É colaboradora assídua de jornais, revistas e publicações especializadas em educação, nacionais e internacionais.
1967 - Matemática moderna no jardim de infância
1970 - Numeração nas diversas bases
1971 - Nova introdução á Geometria
1974 - Matemática na 1.ª Série
1975 - Sistema de numeração em diversas bases
1975 - Leitura na A Matemática no 1º. ano
1976 - Elementos de análise matemática
1976 - Uma sugestão de metodologia para o ensino das potências
1976 - Polígrafos sobre aprendizagem de matemática - 66 (sessenta e seis)
1977 - Elementos de análise matemática em uma nova perspectiva metodológica
1980 - Estórias vividas - Clubinho da Vila Santo Operário
1984 - Um novo olhar... lendo e escrevendo
1986 - Psicogênese e aprendizagem do conceito de múltiplo
1988 - Alfabetização em novas bases. (Editora Kuarup)
1990 - Didática da alfabetização - Volume 3 (Editora Paz e Terra S.A.)
1990 - Didática da alfabetização - Volume 2 (Editora Paz e Terra S.A.)
1990 - Didática da alfabetização - Volume 1 (Editora Paz e Terra S.A.)
1990 - How children construct literacy - Piagetian Perspectives
1991 - Sugestões de atividades de matemática - 1ª série, 2ª série, alfabetização de adultos