Natural de João Pessoa o farmacêuticoRicardo Coutinho é graduado pela Universidade Federal da Paraíba com especialização em Farmácia Hospitalar na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Funcionário público lotado no Hospital Universitário Lauro Wanderley, militou no Sindicato dos Farmacêuticos, no Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde do Estado da Paraíba e no Sindicato dos Funcionários da Universidade Federal da Paraíba filiando-se à Central Única dos Trabalhadores e ao PT. Eleito vereador na capital paraibana em 1992 e 1996, foi derrotado por duas vezes ao buscar um mandato de deputado estadual, todavia elegeu-se em 1998 e 2002. Após divergir de seu partido ingressou no PSB e venceu as eleições para prefeito de João Pessoa em 2004 e 2008. Renunciou ao executivo municipal em favor de Luciano Agra e recebeu o apoio de Cássio Cunha Lima a fim de disputar o Palácio da Redenção e foi eleito governador da Paraíba em 2010 ao impedir a reeleição de José Maranhão, que ascendera ao poder em 2009 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Vitorioso nas urnas, Ricardo Coutinho tornou-se o primeiro líder paraibano com origem de esquerda e sem conexões prévias com o PMDB.[5][6]
Durante a campanha eleitoral do segundo turno, um helicóptero pertencente ao candidato José Maranhão sobrevoava com vários panfletos que acusavam Ricardo Coutinho de "ser ateu" e de praticar rituais de magia negra. O advogado do socialista acusou o então senador de autorizar a distribuição dos panfletos com a intenção de prejudicar seu rival, versão que foi negada pelos advogados de Maranhão.
Fotos de estátuas instaladas pelo candidato do PSB quando ainda era prefeito de João Pessoa - segundo os panfletos, eram "pagãs" - e outra imagem, de um encontro comemorativo do Dia Nacional da Consciência Negra, era, segundo o autor da suposta acusação, de representantes de religiões afro-brasileiras. Em seu programa eleitoral, Ricardo Coutinho negou as acusações e garantiu que tomaria providências sobre o caso.
Em 29 de outubro, a Justiça Eleitoral fez uma apreensão no comitê de José Maranhão[22], encontrando 30 mil panfletos que novamente prejudicavam o socialista, desta vez acusando-o de superfaturamento para utilização do dinheiro da compra da Fazenda Cuiá, que seria usado na campanha de Ricardo Coutinho. A mesma quantidade foi apreendida na Gráfica Moura Ramos, e a coligação "Paraíba Unida" assumiu a autoria, embora garantisse que o material era legal.
Notas
↑Para que pudesse assumir o cargo de vice-governador, Rômulo Gouveia renunciou aos últimos dias de mandato como deputado federal em prol de João Viegas.
↑Enquanto a situação de Cássio Cunha Lima não se resolvia a Paraíba foi representada por Wilson Santiago. Advogado nascido em Uiraúna e graduado pelo Centro Universitário de João Pessoa em 1986, foi defensor público e trabalhou junto à Secretaria de Segurança Pública antes de se formar. Embora sua primeira filiação partidária tenha sido ao PMDB foi eleito deputado estadual pelo PDT em 1994 e reeleito via PSDB em 1998. De volta ao PMDB foi eleito deputado federal em 2002 e 2006. Quatro anos depois foi originalmente o terceiro colocado na eleição para senador, entretanto a questão envolvendo Cássio Cunha Lima permitiu que Wilson Santiago cumprisse o mandato durante a maior parte de 2011.
↑Teve a candidatura invalidada por irregularidade nas contas do primeiro suplente, Leonardo de Castro, que não foram aprovadas no prazo quando ele concorreu a vereador em 2008.
↑Os 2 candidatos a segundo suplente, Maria das Graças e Fabiano Galdino, também foram impedidos de concorrer na eleição.
↑Francisco Rolim e Ricardo Rique substituíram Cunha Lima em suas renúncias ao mandato de deputado federal e na prefeitura de Campina Grande seus sucessores foram, respectivamente, Tico Lira e Cozete Barbosa.
↑Renunciou ao mandato parlamentar em favor do Major Fábio ao ser eleito prefeito de Campina Grande em 2012.