Frederico Chimiti Neto (Colatina, 12 de março de 1949), mais conhecido como Dico, é um ex-futebolista brasileiro que jogava como goleiro. Foi eleito pela imprensa esportiva do Pará, em 2000, como o maior de sua posição no futebol paraense no século XX, onde notabilizou-se pelas temporadas servindo o Remo.[1]
Como remista, Dico chegou a ser o goleiro mais bem avaliado pela revista Placar no Brasileirão de 1972. Contudo, embora terminasse a competição com a média mais alta de notas, perdeu a Bola de Prata para Emerson Leão, por ter disputado uma partida a menos em relação ao mínimo então exigido pela premiação.[2][3][4]
Carreira de jogador
Início
Nascido no interior do Estado do Espírito Santo, Dico começou a jogar no futebol do Distrito Federal,[1] inicialmente Colombo,[5] em 1964. Destacou-se rapidamente, a ponto de naquele mesmo ano integrar partidas também da seleção brasiliense. Com o Colombo, foi vice-campeão de 1965 no campeonato distrital.[6]
Seu clube seguinte foi o Rabello, com o qual viria a obter títulos distritais.[1] Também com o Rabello, Dico esteve em 1967 em recordada vitória de 4–1 sobre o Goiás, pela Taça Brasil daquele ano,[7] e em excursão ao Pará. Embora sua estatura de 1,75m fosse considerada baixa para um goleiro, chamou a atenção em duelos contra a dupla Remo e Paysandu.[1]
Dico ainda permnaceu mais uma temporada no Rabello, participando da Taça Brasil de 1968,[8] e ainda jogou um período no Uberaba.[6] Em 1970, chegou ao Pará indicado ao Paysandu, mas a falta de interesse do clube acabou se desdobrando na contratação de Dico pelo Sport Belém.[4] Com Dico no gol, o Sport veio a ser o único time a vencer em 1970 o campeão estadual daquele ano (encerrado apenas em 1971), a Tuna Luso, derrotada no estádio Francisco Vasques por 2–1 pela 10ª rodada.[9]
O destaque com o Sport reaproximou Dico do Paysandu, com quem chegou a se apalavrar em 1971, em negociação conduzida pelo dirigente alviceleste Raúl Aguilera. Contudo, a necessidade de um viagem de Aguilera à Argentina,[1] seu país natal,[10] não permitiu a conclusão da transferência. O Remo, por intermédio do dirigente Fernando Pinto, aproveitou a oportunidade e contratou o goleiro para 1971.[1]
Os títulos do Norte e Norte-Nordeste
Dico não obteve titularidade imediata; nos primeiros cinco clássicos com o Paysandu ocorridos em 1971, entre abril e setembro, os goleiros remistas foram alternados entre Jorge e François. Dico disputou em 3 de outubro seu primeiro Re-Pa, válido pelo jogo-extra que decidiu o segundo turno do estadual de 1971. A vitória azulina por 2–1 assegurou o título do turno ao "Leão" e forçou uma série de melhor-de-três para definir o título estadual.[11] Dico atuou em todos os três jogos da série, ao longo do mesmo mês: os dois primeiros terminaram em 0–0 e, no terceiro, o rival comemorou vitória de virada por 3–2, marcante por ser a única vez na história dos Re-Pas em que a equipe que começou perdendo de 2–0 terminou vitoriosa.[12] Àquela altura, o Paysandu possuía 25 títulos estaduais, contra 21 do Remo.[11]
Ainda em 1971, o Remo conseguiu uma primeira desforra: entre a segunda quinzena de outubro e a primeira quinzena de novembro, realizou-se um grupo estadual com Paysandu, Tuna Luso e Sport Belém pelo edição inaugural da Série B do Brasileirão. Apenas o líder avançava. Inicialmente, o Remo ficou no 0–0 no clássico com a Tuna e foi derrotado por 1–0 no Re-Pa. Após esses dois primeiros jogos, o cargo de técnico deixou de ser de Dequinha para ser do goleiro François. O Remo então venceu por 4–0 e por por 1–0 o Sport Belém, empatou em 0–0 com a Tuna e venceu por 2–0 novo Re-Pa.[13] Dico esteve em ambos os Re-Pas válidos pela seletiva.[11]
Adiante, o Remo foi proclamado campeão do Norte ao vencer o líder do grupo amazonense, a Rodoviária: 1–0 em Belém e 4–1 dentro de Manaus levaram os paraenses a, por sua vez, definirem o Taça Norte–Nordeste de 1971 com o campeão nordestino daquele ano, o Itabaiana. Dico e colegas seguraram o 0–0 em Aracaju e venceram por 2–0 em Belém. Essa conquista classificou o Remo (treinado pelo próprio goleiro François) à decisão da Série B com o vencedor do zonal Centro-Sul, o Villa Nova, vencedor de dois dos três jogos decisivos. No terceiro, os paraenses abriram o placar, mas Dico não pôde evitar dois gols de pênalti que resultaram na virada para 2–1 para os mineiros e o vice-campeonato.[1]
A Bola de Prata de 1972
Em 1972, o Remo inicialmente venceu o primeiro turno do campeonato paraense daquele ano, em Re-Pa recordado especialmente pelos tumultos: na vitória azulina por 2–0 no estádio Francisco Vasques, os artilheiros de cada lado terminaram expulsos - o remista Alcino, por exibir a genitália à torcida rival após marcar o primeiro gol, e o bicolor Bené, por protestar contra suposta irregularidade no segundo gol. Dico também precisou ser retirado, por lesão que gerou paralisação de doze minutos e a necessidade do meio-campista Tito ser improvisado no lugar de Dico no gol.[14] Porém, na sequência do torneio o rival venceu o segundo turno e, nas finalíssimas, tornou-se novamente campeão, em outro clássico polêmico, em que refletores do Baenão foram desligados e as redes, retiradas antes de serem religados, sujeitando-se à busca das redes da Curuzu para o jogo prosseguir.[15]
Apesar dos Paysandu ter sido o campeão paraense tanto em 1971 como em 1972, o Remo foi o primeiro clube do Pará contemplado com convite da Confederação Brasileira de Desportos para disputar o formato moderno do Brasileirão, para a Série A de 1972.[1] O clube fez campanha elogiada, derrotado somente cinco vezes em vinte partidas, nas quais sofreu vinte gols.[16] O setor defensivo destacou-se em especial, rendendo a Bola de Prata ao lateral-direito Aranha [2][3] e revelando também o reserva deste, Nelinho.[17][18]
Tal como Aranha, Dico também recebeu a nota mais alta da revista Placar dentre os jogadores da posição dele, e chegou a ser anunciado como vencedor - porém, na véspera do embarque para receber a premiação, foi desconvidado pela revista, sob justificativa de que precisaria ter jogado pelo menos 22 partidas.[3] Dico havia sido poupado de quatro partidas por conta de lesão,[4] medida que somada ao desconhecimento do regulamento renderia críticas na torcida aos diretores do clube.[19][20]
Na edição publicada em 15 de dezembro de 1972, Emerson Leão liderava com média de 7,80 enquanto Dico possuía 7,77.[21] Desempenhos ruins de Leão nos jogos seguintes fizeram então que sua média acabasse abaixo do concorrente, que, contudo, já não tinha como preencher o requisito de mínimo de jogos - de acordo com o esclarecimento prestado em janeiro de 1973 pela revista:[2]
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Uma exigência indispensável: para ganhar o mais cobiçado troféu do esporte brasileiro, o atleta teria que participar de pelo menos 22 partidas durante o Nacional. A regra é da maior justiça, pois se não houvesse um número mínimo de partidas, a intensidade do teste seria maior para uns e menor para outros. Mas ela fez pelo menos uma vítima: o goleiro Dico, do Remo, que obteve uma nota altíssima, mas só jogou 21 vezes. O ganhador, na posição de goleiro, foi Leão, do Palmeiras. Afinal, houve justiça também nisso. Leão fez, quase até o fim, uma campanha perfeita. Só claudicou no finzinho (jogos contra o São Paulo e o Internacional), quando os responsáveis pelas notas foram implacáveis, desalojando-o do primeiro posto. Mas em favor de outro bom goleiro, que já não tinha condições de ganhar.[2]
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Em edições futuras da Bola de Prata, a Placar chegou a atenuar a exigência de mínimo de jogos, rendendo premiações como a do lateral-direito Pavão em 1994 - de vitória contestada por anos pelos concorrentes Cláudio e Índio, que reclamavam por ter jogado muito mais partidas;[22] e a do meio-campista Marcelinho Carioca em 2003, a render inclusive nota de título "jogou pouco, mas jogou muito", em referência a ele ter participado de somente 18 dos 46 jogos do Vasco da Gama antes de troca-lo pelo futebol da Arábia Saudita.[23]
Apesar de Dico não ter sido contemplado com a Bola de Prata de 1972, na época a repercussão chegou a propiciar negociação com o Bahia, com o qual chegou a disputar uma partida. Contudo, sua baixa estatura causou desconfianças e terminou devolvido.[4]
Primeiro tricampeonato
Em 1973, o Remo encerrou jejum que durava desde 1968 no campeonato paraense.[24] Com Dico em doze dos treze jogos (o veterano François esteve em uma partida, em 2–0 sobre o Liberato de Castro), o clube foi campeão de modo invicto, ganhando ambos os turnos e sofrendo somente três gols.[25] Considerando-se amistosos, Dico também participou de seis dos oito Re-Pas daquele ano, perdendo somente um, válido por troféu amistoso em Santarém.[26] A partir daquele ano, o Remo acumularia 23 clássicos seguidos de invencibilidade, que superavam treze juntados pelo rival em 1970 e seriam a melhor marca histórica até na década de 1990 ocorrer uma sequência de 33, também favorável ao "Leão".[27]
No Brasileirão de 1973, o Remo fez nova campanha elogiada a seu porte, como 22º colocado de 39 equipes. O setor defensivo foi novamente a parte mais forte, sofrendo exatos 28 gols em 28 jogos.[28] Dico esteve outra vez entre os goleiros mais bem avaliados na Bola de Prata, dividindo a quinta colocação no fim de setembro.[29]
Mantendo a base de 1973, o clube foi em 1974 bicampeão estadual seguido e novamente de modo invicto, com Paulinho de Almeida de treinador. Gelson foi o goleiro azulino em quatro dos cinco primeiros jogos, período em que a única exibição de Dico foi um marcante 10–1 no Sacramenta. Ele então esteve seguidamente do sexto ao décimo oitavo e último jogo da campanha. Nas treze partidas em que jogou, Dico não foi vazado em dez delas.[30] Participou de nove dos dez Re-Pas do ano, permanecendo invicto e sofrendo somente três gols - um deles, de Bené (que não evitou vitória azulina por 2–1), encerrou 1.050 minutos que Dico acumulava sem sofrer gols de qualquer oponente, um recorde.[31]
Desde o início da década de 1950 o Remo não conseguia ter dois títulos estaduais seguidos.[24] Em 1975, o clube, novamente de modo invicto, sagrou-se tricampeão paraense, dessa vez com Paulo Amaral de treinador. Dico esteve em todas as dezenove partidas do título de 1975, sofrendo sete gols; ao longo do tricampeonato seguido, o clube sofrera uma única derrota em 49 jogos.[32] Paulo Amaral também influenciou em nova postura ao goleiro, orientando-lhe a sair mais da área, inspirado no estilo demonstrado por Jan Jongbloed na Copa do Mundo FIFA de 1974. Mantendo seis horas diárias de treinos individuais, Dico conseguiu desempenhar-se bem a despeito do receio de gols de cobertura que poderia encorajar, inclusive pela baixa estatatura. Não sofreria nenhum desse tipo.[4]
Considerando-se amistosos, Dico esteve em sete dos oito Re-Pas de 1975 e não foi derrotado, sofrendo três gols.[33] Ainda em 1975, o clube fez outra participação elogiada no Brasileirão. Na edição daquele ano, foi derrotado cinco vezes em vinte partidas, que incluíram recordado 2–1 dentro do estádio do Maracanã sobre o Flamengo. Dico esteve na vitória sobre a equipe de Zico, no que foi o primeiro triunfo de um time paraense obtido naquele estádio sobre o Flamengo.[34] Reputava uma defesa efetuada ali como a melhor da carreira: "a gente estava ganhando e o Flamengo fazia uma pressão terrível. Aí o Zico deu uma bomba da intermediária e me pegou no contrapé. Ainda consegui espalmar, com a maior dificuldade, e a bola caiu no pé do Luisinho, na pequena área. Ele fuzilou, mas eu já estava em cima e consegui reabter de novo. E de novo o Luisinho pegou o rebote. Eu estava no chão quando ele chutou, por cima de mim; levantei o braço, no susto, e mandei a bola para córner".[4]
Segundo tricampeonato
Em 1976, o Remo negociou seu artilheiro Alcino ao Grêmio e, desfalcado do atacante, viu o Paysandu encerrar a série de 23 jogos seguidos de invencibilidade remista no Re-Pa bem como acabar como campeão paraense daquele ano.[35] Ainda assim, naquele ano Dico estreou pela seleção paraense, com a qual chegou a realizar três partidas - a última, em 1978.[36]
Dico esteve nos nove Re-Pas ocorridos em 1976 - outro não foi realizado por W.O. cometido pelo Remo. Derrotado outras três vezes no primeiro semestre pelo rival,[37] o Remo recuperou-se com vitória de 5–2 pelo Brasileirão daquele ano, em setembro, no clássico paraense de mais gols ocorrido na primeira divisão nacional.[38] Esse resultado também encerrou 31 jogos de invencibilidade total do "Papão".[37]
O Remo foi campeão paraense de 1977 com Dico jogando as 23 partidas da campanha, com uma única derrota e tendo onze gols sofridos.[39] Porém, considerando-se Re-Pas amistosos, como válidos pelo Torneio Pará-Maranhão e por Torneio Internacional realizado em Paramaribo (Suriname), o goleiro atuou em dez clássicos e sofreu quatro derrotas (e dez gols), além de quatro empates e três derrotas.[40] Assim, ao fim do ano, para o Brasileirão de 1977 a diretoria requisitou junto à Tuna Luso o empréstimo de Edson Cimento, curiosamente outro goleiro de 1,75m de altura.[41]
A ideia do treinador Joubert Meira era de revezar Dico e Edson, mas o reforço sobressaiu-se a ponto de terminar contemplado inclusive com a Bola de Prata dada pela revista Placar ao melhor goleiro do Brasileirão de 1977,[41] que encerrou-se já no ano de 1978. O Brasileirão de 1978 foi iniciado imediatamente, ainda no primeiro semestre; o empréstimo de Edson foi continuado, sendo ele o titular da campanha nacional azulina que terminou em 35º de 74 times.[42] Para o campeonato paraense de 1978, transcorrido a partir de setembro, Dico retomou a posição, com o retorno do concorrente à Tuna.[43]
No bicampeonato seguido, Dico ausentou-se de somente uma das dezesseis partidas. O Remo sofreu somente sete gols e foi campeão de modo invicto, em estadual histórico por ter sido o primeiro disputado no recém-inaugurado Mangueirão.[43] O goleiro também esteve em cinco dos seis Re-Pas realizados no ano, sem ser derrotado e sofrendo somente dois gols. Embora a série de títulos na década de 1970 ainda não evitasse que o Paysandu possuísse ainda um título paraense a mais (27 contra 26 ao fim de 1978),[44] o melhor momento nos clássicos já fazia o Remo superar o rival em vitórias no duelo; em 1969, o Paysandu possuía então dois triunfos a mais, mas na ocasião do clássico de número 500, em 27 de maio de 1979, o "Leão" já somava 174 vitórias contra 166 do "Papão".[45]
Para o campeonato de 1979, o estadual voltou a se realizar no primeiro semestre. A reação do Paysandu após o Remo vencer o primeiro turno foi contratar o astro Dadá Maravilha, que inclusive estreou no Re-Pa de número 499, rendendo um recorde de público nunca superado no Mangueirão. Dario marcou em Dico o gol do empate em 1–1, resultado que não impediu que o Remo eventualmente vencesse também o segundo turno. Ainda assim, a vinda de Dadá gerou repercussão nacional inédita ao torneio paraense, cujo regulamento de 1979 previa a realização de quatro turnos e ainda um quadrangular final. O rival venceu o terceiro e o quarto turnos, mas no Re-Pa decisivo pelo último jogo do quadrangular final terminou derrotado de virada por 2–1.[35]
Em meio aos 22 jogos da campanha que valeu o tricampeonato, Dico chegou a ser figura ausente ao longo de treze partidas seguidas (entre meados de abril até o início de agosto), com Iane e Pedrinho alternando-se no gol azulino nesse intervalo.[46] Dico participou assim de quatro dos sete Re-Pas de 1979, perdendo somente um,[45] justamente na partida em que reaparecia da inatividade - na final do quarto turno. Foi também a única derrota sofrida pelo goleiro no estadual de 1979;[46] nele, o Remo, novamente treinado por Paulo Amaral (a partir da terceira rodada), também igualou-se em títulos ao Paysandu, com ambos passando a ostentar 27 troféus paraenses.[45]
A repercussão de um título marcado por reviravoltas e pelo recorde de gols do atacante remista Bira rendeu a negociação deste com o Internacional, com o qual integrou o elenco colorado vencedor do Brasileirão de 1979.[35] O Remo, por sua vez, fez campanha discreta sem Bira, vencendo somente duas partidas em uma tumultuada participação de 78º lugar, simbolizada pelo pedido de demissão de Paulo Amaral após o treinador ter agredido uma repórter nos vestiários do Mangueirão.[47]
Final da carreira e depois dela
Em 1980, Dico disputou os três primeiros dos cinco Re-Pas do ano, com uma derrota, um empate e uma vitória. Adiante, o Paysandu terminou vencendo o estadual daquele ano.[48] No Brasileirão de 1980, embora o clube sofresse quatorze gols em quinze jogos, terminou rebaixado.[49]
Dico seguiria no Remo até 1981,[6] mas já sem a titularidade: Reginaldo esteve em todos os Re-Pas daquele ano, cujo estadual foi novamente vencido pelo rival.[50] Ao longo do seu auge no Remo, Dico chegara a receber sondagens de Vasco da Gama, Botafogo e Guarani, sem que as sondagens avançassem.[1] Em 1982, disputou a segunda divisão com o Sampaio Corrêa, no primeiro semestre;[51] e por fim teve breve retorno ao futebol do Distrito Federal, defendendo o Taguatinga.[6]
Após parar de jogar, reestabeleceu-se em Belém. Chegou a ter novo trabalho no Remo entre 1988 e 1989, como treinador das categorias de base.[1] Na capital paraense, tornou-se empresário de renome,[6] em grupo no setor de supermercados.[52] Em 1976, já havia antecipado à revista Placar que "aqui todo mundo já me conhece e estou com a vida arrumada, até com planos para quando deixar o futebol".[4]
Em 2000, foi eleito pela imprensa esportiva paraense como o maior goleiro do século XX que o futebol local teve.[1] Em 2020, a torcida deu-lhe 31% dos votos em eleição promovida pelo Remo para escolher o goleiro do time remista dos sonhos. Dico venceu Edson Cimento (28%) e Julio Véliz (cerca de 4%),[53] recordista de partidas pelo clube,[54] mas ficou abaixo dos 37% dirigidos a Clemer.[53]
Títulos
Rabello
Clube do Remo
Referências
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