Denglisch ou Germish ou Engleutsch (em português: alemês, inglão) é uma fusãolinguística, que designa a interlíngua (língua auxiliar) ou idioma híbrido, originada a partir da mistura de palavras da lingua alemã e da inglesa. Ocorre sobretudo em cidades dos Estados Unidos e Alemanha. Na Áustria utiliza-se preferencialmente uma terceira versão: Engleutsch (fusão de „Englisch" e „Deutsch").
É a contração dos termos internacionais Deutsch ou German (alemão) e English (inglês). Estes termos relativamente novos, surgidos inicialmente em meados dos anos mil e novecentos, cumprem o papel de identificador de uma forma emergente do idioma alemão na qual predomina, sobretudo, uma fortíssima influência do idioma inglês. Neste processo lingüístico os/as seus praticantes absorvem não somente a terminologia anglo mas também estruturas gramaticais.
O termo "Denglisch" frequentemente é utilizado como pejorativo, dependendo dos círculos sociais. A Verein Deutsche Sprache é uma associação alemã que defende o uso correto da língua nacional e que se opõe veementemente ao reconhecimento deste novo falar alemão. Dado que este fenômeno está, sem necessidade, muito difundido no espaço germanófono, mesmo os anglófonos nomeam-no de forma pejorativa German linguistic submissiveness ("submissão linguística alemã").[1]
Em outros idiomas
Fenômenos similares ocorrem em outros ambientes culturais e, da mesma forma como o denglish, são muitas vezes utilizados como pejorativos.
Portudeutsch ou Brasideutsch (Português com alemão).
Guarañol (ou Guaranhol, em português), jopará ou mescla dos idiomas guarani e castelhano, conforme frequentemente no Paraguai.
Franglais ou Franglish (Francês com inglês).
Spanglish (Spanish ou espanhol com inglês), uma ocorrência linguística comum em muitas regiões, tanto rurais como urbanas, da América do Norte.
Engrish (uma forma incomum do inglês, conforme praticado como segundo idioma por asiáticos, ocorrendo frequentemente uma troca natural da letra "L" pela letra "R" na pronúncia em conversações em inglês).
Alemañol (Alemán ou alemão com español ou espanhol).
Csaba Földes: „Deutsch und Englisch: Ein Sprachnotstand? Befunde und Anmerkungen", in: Rudolf Hoberg (Hrsg.), Deutsch – Englisch – Europäisch. Impulse für eine neue Sprachpolitik, Mannheim/Leipzig/Wien/Zürich: Dudenverlag 2002, S. 341–367, ISBN 3-411-71781-5
Walter Krämer (Wirtschaftswissenschaftler): Modern Talking auf deutsch – ein populäres Lexikon [Mit 17 Zeichn. von Eva Krämer]. München; Zürich: Piper, 2000, 261 S., ISBN 3-492-04211-2
Christian Meier (Hrsg.): Sprache in Not? Zur Lage des heutigen Deutsch. Hrsg. von Christian Meier im Auftrag der Deutschen Akademie für Sprache und Dichtung zu Darmstadt. Göttingen: Wallstein Verlag, 1999, 112 S., ISBN 3-89244-341-6
Thomas Paulwitz und Stefan Micko: „Engleutsch? Nein, danke! Wie sag ich's auf deutsch?" Ein Volks-Wörterbuch, 2. Auflage, Erlangen und Wien, 2000, 132 Seiten, ISBN 3-00-005949-0, DM 14,50
Uwe Pörksen (Hrsg.): Die Wissenschaft spricht Englisch? Versuch einer Standortbestimmung. Heftreihe „Valerio" der DASD, Heft 1, Göttingen: Wallstein, 2005. 114 S., ISBN 3-89244-978-3
Gerhard H. Junker: Der Anglizismen-INDEX, IFB Verlag 2005, ISBN 3-931263-53-3, 6033 Einträge mit Einführung
Rudolf Bartzsch/Reiner Pogarell/Markus Schröder (Hrsg.): Wörterbuch überflüssiger Anglizismen, IFB Verlag Paderborn, 6. Auflage, 2004, 220 S., ISBN 3-931263-33-9, 5837 Einträge
Dieter E. Zimmer, „Neuanglodeutsch", in: Ders., Deutsch und anders. Die Sprache im Modernisierungsfieber, Hamburg 1998, S. 7–104 ISBN 3-499-60525-2