A Copa América de 2015 foi a 44ª edição do principal torneio entre seleções organizado pela Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL). Foi disputada entre 11 de junho e 4 de julho.[1] Doze equipes disputaram a competição, os dez membros da CONMEBOL e dois convidados da CONCACAF, México e Jamaica.
Seguindo o sistema de rodízio de sedes, esta edição seria realizada no Brasil, país que organizou a competição pela última vez em 1989. Devido à organização de outros eventos esportivos no país durante a década, como a Copa das Confederações FIFA de 2013, a Copa do Mundo FIFA de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, surgiu a ideia de que o Chile sediasse a Copa América em 2015.[3] O então presidente da CONMEBOL, Nicolás Leoz, até sugeriu que o México sediasse a competição, apesar de o país não ser membro da Confederação Sul-Americana.[4] O presidente da Bolívia, Evo Morales, também expressou interesse em sediar o torneio em seu país.[5]
Em fevereiro de 2011, a Confederação Brasileira de Futebol confirmara a realização da Copa América no Brasil. Especulou-se, inclusive, para essa edição, a possibilidade de unificar com as seleções da América do Sul e das Américas do Norte, Central e Caribe, realizando um torneio nos moldes da Eurocopa.[6] A ideia acabou se confirmando apenas para 2016, quando será realizada a Copa América Centenário, nos Estados Unidos, em uma edição especial comemorando os cem anos da competição.[7]
Não obstante a posição do ano anterior, em março de 2012 a CBF confirmou a troca na organização da Copa América de 2015 com o Chile, que sediaria a Copa América em 2019, em virtude das competições internacionais sediadas no Brasil entre 2013 e 2016 que forçariam a paralisação do Campeonato Brasileiro de Futebol por quatro anos seguidos.[8]
Nesta edição, como nas anteriores, participaram doze seleções nacionais, das quais dez foram os países membros da CONMEBOL, além de duas seleções convidadas, que inicialmente foram Japão e México.[10] O Japão desistiu do convite e a China foi cogitada no seu lugar,[11] mas em maio de 2014 a Jamaica foi confirmada como participante.[12]
Cada país devia ter uma equipe de 23 jogadores (três dos quais deviam ser goleiros) que tiveram de ser apresentados antes da data limite de 1 de junho de 2015.[13]
A final da Liga dos Campeões da UEFA de 2014–15, dia 6 de junho, causou problemas para os jogadores sul-americanos que atuam no Barcelona e na Juventus. As regras internacionais da FIFA exigem que os clubes liberem os jogadores até 14 dias antes do início de um torneio internacional, mas os jogadores que jogaram a final foram liberados cinco dias antes do torneio.[14]
A bola oficial se chamou "Cachaña",[17] foi produzida pela Nike, e o nome escolhido significa "gambeta", uma expressão chilena que equivale a algo como "drible de corpo", um movimento rápido do jogador para se esquivar dos rivais e evitar que a bola seja roubada.[18]
Mascote
Em 17 de novembro de 2014, foi apresentado o mascote da competição, que foi uma raposa colorada.[19] O nome escolhido foi divulgado em 28 de novembro de 2014, e foi escolhido Zincha (junção de "zorro" e "hincha", tradução em espanhol para raposa e torcida, respectivamente). Os outros nomes que estavam na disputa eram Andi (referente a Cordilheira dos Andes) e Kul, relativo à família a qual pertence o animal chileno e ao tambor cerimonial Mapuche, chamado de Kultrun.[20]
Sorteio
O sorteio que determinou a composição dos grupos originalmente seria realizado em 27 de outubro de 2014, mas foi adiado para 24 de novembro no Anfiteatro da Quinta Vergara, em Viña del Mar.[21] Antes do sorteio o Comitê Executivo da CONMEBOL definiu que Chile, Argentina e Brasil seriam os cabeças de chave e anunciou a composição das demais seleções através dos potes, predefinindo a Argentina no grupo B e o Brasil no grupo C.[22] A distribuição se deu da seguinte maneira:[23]