A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) (em castelhano: Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños; em francês: Communauté des États latin-américains et caraïbéens), é um organismo internacional regional com abrangência da América Latina e Caribe. Foi criado em 23 de fevereiro de 2010 em seção da Cúpula da Unidade da América Latina e Caribe, na cidade de Playa del Carmen, Quintana Roo, México, e é herdeira do Grupo do Rio (GRIO) e da Cúpula da América Latina e Caribe sobre Integração e Desenvolvimento (CALC).[1][2] A sua primeira reunião de cúpula aconteceu em Caracas, capital da Venezuela, entre os dias 1 e 4 de dezembro de 2011.[3][4]
Em 23 de fevereiro de 2010, líderes latino-americanos na 23.ª Cimeira do Grupo do Rio em Playa del Carmen, Quintana Roo, México, formaram uma organização de países latino-americanos. Uma vez que sua carta foi desenvolvida, o grupo foi criado formalmente em julho de 2011, numa cimeira em Caracas. O bloco é o principal fórum para o diálogo político para a área, sem o Estados Unidos ou Canadá.[8][9]
Segundo Raúl Zibechi, do jornal La Jornada, de centro-esquerda do México: "A criação da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos é parte de uma mudança global e continental, caracterizada pelo declínio da hegemonia dos Estados Unidos e o surgimento de um grupo de blocos regionais que fazem parte do novo saldo global".[10]
A atuação do bloco foi praticamente paralisada nos últimos anos diante da chegada de governos conservadores ao poder na região.
Em janeiro de 2020 o chanceler Ernesto Araújo anunciou que o Brasil deixava oficialmente o bloco, a pedido do presidenteJair Bolsonaro.[11] O governo do presidente Jair Bolsonaro suspendeu a participação brasileira na Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), rejeitando o convite feito pelo México, que assumiu este ano a presidência do grupo para voltar a participar do organismo internacional. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que a CELAC "dá palco para regimes não democráticos" e "A Celac não vinha tendo resultados na defesa da democracia ou em qualquer área. Ao contrário, dava palco para regimes não democráticos como os da Venezuela, Cuba, Nicarágua".[12] Dois anos depois, em 2023, no início do terceiro Governo Lula, Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, anunciou o retorno do Brasil à organização e que o país estaria de volta já na próxima cúpula do bloco em 24 de janeiro 2023 na cidade de Buenos Aires.[13]