Cimarron uruguayo[Nota] é uma raça canina assilvestrada e recentemente redomesticada oriunda do Uruguai. A sua origem, bem como a de muitas outras raças, é bem discutida. Embora se saiba que descendam de cães espanhóis e portugueses abandonados na colônia. Descende provavelmente do Cão Fila de São Miguel,[1] cujo porte e aparência são muito semelhantes. Este cão tornou-se selvagem durante a guerra da independência do Uruguai no final do século XVIII, tendo uma população selvagem muito grande, causando problemas aos fazendeiros da região. Como consequência disto, o Governo do país naquela época promoveu incentivo para que se exterminasse a raça que se encontrava na natureza, tendo sido mortos mais de 300 mil cães em estado selvagem.[2] Algumas matilhas conseguiram escapar do extermínio e foram domesticadas,[3] selecionados ao longo dos anos e agora estes caninos tornaram-se animais de trabalho usados como cão de guarda e boiadeiro. Fisicamente podem chegar a pesar 45 kg e medir 61 cm na altura da cernelha.[4]
Nota linguística: Na busca pela padronização de uma nomenclatura^ e para adequar a grafia da Wikipédia às normas do português, os nomes das raças - alguns mantidos no original (Fogle (2009)) - estão grafados em iniciais minúsculas, como também visto em dicionário de Cinologia. Todavia, as entidades cinófilas - CBKC do Brasil, CPC de Portugal e FCI - possuem o padrão adotado em maiúsculas, assim como a Enciclopédia Conhecer (vol. II, p. 414).