Carlos Leonam nasceu na Casa de Saúde Sebastião, no bairro do Catete, no Rio de Janeiro. Viveu até os 29 anos na Rua Alfredo Chaves, em Botafogo (hoje Humaitá), onde aos 10 anos criou o jornal "A Voz da Rua", já dando mostras da própria vocação. De 1968 a 1977 morou em Ipanema, para onde retornou em 1990, lá estando até hoje.
O jornalista carioca era filho do botânico e naturalistamineiroLeonam de Azeredo Penna e da professora fluminense Dorcelina (Judith) Rosado Penna; teve um irmão mais novo, e três filhos do mesmo casamento. Carlos Leonam era torcedor "saudável" do Fluminense Football Club, um dos mais tradicionais clubes do futebol carioca, do qual seu pai Leonam Penna foi conselheiro.[1]
Entre suas mais icônicas fotos, além da de Gagarin, destacam-se a de Leila Diniz grávida, em 1971, mostrando sem nenhuma vestimenta a sua barriga na praia de Ipanema, fato incomum para a época;[1][3] e a foto de Chico Buarque para o disco Construção.[1][3]
Trabalhou 18 anos na Petrobras, onde foi Superintendente de Comunicação por duas vezes. De 1999 a 2003 foi o Coordenador do Programa Petrobras/WilliamsF1.
A cerimônia se repete todo dia. No começo da noite, quando o sol acaba de cumprir o seu trajeto habitual e desaparece lá pelos lados do Vidigal, os banhistas da Zona Sul se levantam da areia e aplaudem de pé. Os moradores já estão acostumados com o ritual. De casa ouço o barulho das palmas, dos assovios, de gritos e exclamações que se espalham pela Praia de Ipanema entre 19h30m e 19h45m. Às vezes vou ver.
São jovens que não eram nascidos no verão de 68/69, quando o costume foi lançado num "dia de exportação", como se dizia. Diante de um pôr-do-sol como esses de agora, o jornalista Carlos Leonam não se conformou: "Essa tarde merece uma salva de palmas!" Imediatamente, o grupo em que estava na altura do Posto 9 - Glauber Rocha, Jô Soares, João Saldanha, entre outros - deu início aos aplausos. Depois, o publicitário Roberto Duailib (sic - Roberto Duailibi, da agência DPZ) consagrou a cena, recriando-a num comercial de bronzeador para a televisão. A cidade que, segundo Nélson Rodrigues, vaiava até minuto de silêncio era capaz, também, de aplaudir o entardecer.[6]
Conforme lembra Edney Silvestre, "em suas colunas sociais, Leonam foi o inventor dos/das socialites e o maior propagador do mito de Ipanema; também, entre outras façanhas, circulou pelo Rio de Janeiro dos anos 1960, em seu Fusca tendo a bordo a segunda italiana mais sexy e mais bela da história: Claudia Cardinale (a primeira, obviamente, é Sophia Loren)". Esta história, lembrada por Silvestre, aparece em Os Degraus de Ipanema.[8]
Obras
1997 - Os Degraus de Ipanema - coleção comentada dos melhores e mais importantes textos do autor publicados dos anos 1960 aos 1990.
↑«Ipanema». www.almacarioca.com.br. Consultado em 5 de maio de 2009
↑LEONAM, Carlos (1997). "Os Degraus de Ipanema", p. 205-210. Rio de Janeiro: Record.
↑LEONAM, Carlos (1997). "Os Degraus de Ipanema", p. 275. Rio de Janeiro: Record.
↑PENNA, Leonam (1998). "Dicionário popular de futebol: o ABC das arquibancadas". Edição revista e atualizada por Carlos Leonam, Manoela Penna e Roberto Porto. Rio de Janeiro, Nova Fronteira.