Camilo Nogueira da Gama
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Nascimento
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18 de abril de 1899 Cataguases
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Morte
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9 de julho de 1976
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Cidadania
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Brasil
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Ocupação
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político
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Camilo Nogueira da Gama (Cataguases, 18 de abril de 1899 – Brasília, 9 de julho de 1976) foi um professor, advogado, jornalista, servidor público e político brasileiro.
Biografia
Filho de Luiz Otaviano Nogueira da Gama e Eliza Rodrigues Gama, estudou nas escolas Grupo Escolar de Cataguazes e Ginásio de Cataguazes. Em 1925, se formou advogado com Bacharelado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1925.[1]
Foi procurador público interino no Rio de Janeiro (1925-1935), advogou para o Banco do Brasil (1935-1942) e a partir de junho de 1953, foi chefe de gabinete do Ministro da Fazenda Osvaldo Aranha.[1]
Em maio de 1953, passou a ser membro do conselho de administração da Caixa de Mobilização Bancária (Camob), que pertencia ao Ministério da Fazenda. Com o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, Osvaldo Aranha foi afastado do órgão, o que fez com que Camilo deixasse o cargo. Ainda no mesmo ano, foi nomeado representante do Ministério da Fazenda junto ao Conselho Nacional do Petróleo (CNP).[1]
Entre 1926 e 1930, foi vereador no Rio de Janeiro.[2] Em outubro de 1954, foi eleito deputado federal por Minas Gerais representando o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), e assumiu a cadeira em 1955. Em 1959, virou presidente do PTB e no ano seguinte, tornou-se vice-líder da maioria na Câmara dos Deputados. Ainda em 1960, assumiu o cargo do senador Lúcio Bittencourt, que faleceu em 1955, e estava sendo ocupado pelo suplente João Lima Guimarães, que também faleceu.[1]
Apoiado pela coligação do PTB com o Partido Socialista Brasileiro (PSB) e o Partido Social Progressista (PSP), foi reeleito como senador de Minas Gerais em 1962, mesmo ano em que assumiu a vice-liderança do PTB no Senado e foi delegado do Brasil na XIV Sessão do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio, em Genebra, na Suíça. Foi vice-presidente do Senado entre 1963 e 1965.[1]
Após o Ato Institucional nº 2, que extinguiu os partidos políticos da época, e com a instauração do bipartidarismo, passou a fazer parte do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido que se opunha ao regime militar da época, criado em 1966, do qual logo se tornou presidente.[1]
Em setembro do mesmo ano, incentivou a criação da Frente Ampla, grupo político iniciado por Carlos Lacerda, ex-governador do estado da Guanabara, do qual também faziam parte os ex-presidentes Juscelino Kubitschesk e João Goulart, que também lutava contra o regime militar.[1]
Em 1968, afastou-se do cardo de vice-presidente do Senado. Não conseguiu se reeleger em 1970, e após encerrar o mandato em janeiro de 1971, deixou o cargo de presidente do MDB em Minas Gerais. Em 1974, retornou à política e foi eleito deputado federal pelo MDB. Assumiu o cargo em 1975 e no mesmo ano, tornou-se vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça e presidente da Comissão de Finanças da Câmara.[1]
Faleceu em 9 de julho de 1976, em Brasília, durante o exercício de seu mandato,[1] vítima de uma broncopneumonia.
Fundou com sua esposa, a Professora Hilda Guerra, o "Gymnasio Macahense", primeiro com curso secundário no município de Macaé (RJ).
Escreveu os livros Penhor Rural, Dívidas dos Pecuaristas, Contratos e Operações Bancárias e Cédulas de Crédito Rural.[1]
Há três ruas registradas com o nome de Camilo Nogueira da Gama, uma no bairro do Botafogo na cidade de Macaé, no estado do Rio de Janeiro,[3] outra na cidade de Conceição do Rio Verde, em Minas Gerais,[4] e outra no bairro Vila Rezende, na cidade de Cataguases, no estado de Minas Gerais.[5]
Referências
Ligações externas