Brazil Iron é uma empresa inglesa de capital fechado, cuja subsidiária brasileira tem sede em Piatã, Bahia. Seu negócio é a produção e comercialização de minério de ferro, além da pesquisa de manganês.[2]
A companhia foi formada a partir da aquisição de direitos minerários no estado da Bahia entre 2011 e 2017. Ao todo, possui 25 áreas no Brasil, que totalizam 433 km².
História
A Brazil Iron e sua subsidiária brasileira foram formadas para produzir e comercializar produtos de minério de ferro[3] como granulado (lump) e hematite (sinter feed e pellet feed). A empresa foi constituída após a compra de direitos minerários no Brasil entre os anos de 2011 e 2017.
Operações
A Brazil Iron possui 3 depósitos e outros 22 atualmente em fase de exploração, com alvos com mais de 590 milhões de toneladas de minério de ferro e potencial geológico para mais 2 bilhões de toneladas, além de 5 milhões de toneladas de manganês em alvos já mapeados.
A operação da mineradora está concentrada no estado da Bahia, com acesso a cinco rodovias, duas ferrovias (Ferrovia de Integração Oeste-Leste e Ferrovia Centro-Atlântica) e dois portos (Porto de Aratu e Porto Sul, em construção) para escoamento e comércio exterior.
A Brazil Iron possui uma mina em fase de pré-produção, a mina Fazenda do Mocó, que já completou entregas de carregamentos de teste sob guia de utilização para Espanha, Holanda e China e que tem capacidade de mais de 2 mtpa. Mais de 90% do potencial geológico nas áreas da empresa está inexplorado.
A companhia já investiu mais de US$ 100 milhões em sua operação no Brasil e planeja investir outros US$ 200 milhões até 2023.[4]
Controvérsias
Em 27 de setembro de 2020, a empresa foi denunciada por 150 famílias de comunidades quilombolas de Piatã, que afirmaram ter inalado poeira de minério de ferro após as operações da Brazil Iron.[5] Cerca de 30 moradores realizaram uma manifestação perto da rodovia BA-148,[5] onde também acusaram a companhia de contaminar as águas da nascente do Rio Bocaína, gerar insegurança aos moradores e também por poluição sonora, causada pelas máquinas utilizadas na mineração. Além disso, os moradores também afirmaram que a poeira gerada durante a mineração estaria causando problemas respiratórios.[6]
Referências