As Oceânides (em finlandês: Aallottaret; título original: Rondeauder Wellen), Op. 73, é um poema sinfónico de movimento único para orquestra, escrito em 1913–14, pelo compositor finlandês Jean Sibelius. A peça, que faz referência às ninfas na mitologia grega que viviam no mar Mediterrâneo, estreou no dia 4 de Junho de 1914 no Festival de Música de Norfolk no Connecticut, com Sibelius a conduzir a composição. Elogiada na estreia como "a melhor evocação do mar ... de sempre ... produzida na música", o poema musical, em Ré maior, consiste em dois temas, com um a representar a jovialidade das ninfas e a majestade do oceano, respectivamente. Sibelius desnvolve os temas ao longo de três fases informais: a primeira, um oceano calmo; a segunda, uma tempestade que se forma; e a terceira, um clímax com uma tempestade furiosa e o mar revolto. À medida que a tempestade se desvanece, ouve-se um último acorde, simbolizando o poderoso poder e a ilimitada extensão do mar.
Em termos de estilo, muitos críticos descrevem As Oceânides como ou um exemplo completo de Impressionism ou algo derivado daquela movimento artístico. Outros referem que o desenvolvimento activo de Sibelius dos dois temas, a pouca utilização de escalas defendida pelos impressionistas, e a sua prioridade dada à acção e estrutura sobre fundos atmosféricos e efémeros, distingue a peça de exemplos de exemplos quintessenciais, como La mer (Debussy) de Claude Debussy.
Para além do poema sinfónico em Ré maior, sobreviveram duas versões de As Oceânides: a primeira, uma suite orquestral de três movimentos datada de 1913 (movimento N.º 1 perdido); e uma segunda, o início do movimento único da versão de "Yale" do poema, em Ré bemol maior, que Sibelius enviou para os Estados Unidos antes de partir para este país para tocar no festival de música. As Oceânides está posicionado ao lado de En saga, Lemminkäinen Suite, Concerto para Violino e Quinta sinfonia como um dos melhores trabalhos de Sibelius. A suite e a versão Yale, nunca tocadas em vida do músico, estrearam pela mão de Osmo Vänskä e a Orquestra Sinfónica de Lahti a 10 de Setembro e 24 de Outubro de 2002, respectivamente. A execução tradicional da versão final tem uma duração de 10 minutos, cerca de 3 minutos mais do que a versão de Yale.
Referências
Fontes
Livros
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