André Luís Garcia (Porto Alegre, 31 de julho de 1979) é um ex-futebolista brasileiro que atuava como zagueiro.
Carreira
Início
Nascido em Porto Alegre, mas criado em Bagé,[1] André Luís atuou nas categorias de base do Guarany de Bagé, mas foi revelado pelo Santos em 2000. No mesmo ano foi convocado para a Seleção Brasileira Sub-23 e disputou os Jogos Olímpicos de Sydney.
No ano de 2001 foi emprestado ao Fluminense, atuando em 26 partidas e ajudando o time a chegar às semifinais do Brasileirão. O zagueiro voltou ao Peixe no ano seguinte.
Santos
Logo após retornar ao Santos, foi campeão brasileiro em 2002,[2] onde foi apelidado, juntamente com o outro zagueiro santista, Alex, como as "Torres Gêmeas".[3]
Foi novamente campeão brasileiro pelo Santos no ano de 2004, transferindo-se para o Benfica no início do ano seguinte, após o fim do Campeonato Brasileiro.[4]
Olympique de Marseille e Cruzeiro
No clube português, André Luís não conseguiu repetir as boas atuações e acabou sendo emprestado ao Olympique de Marseille em julho de 2005.[5]
O jogador foi anunciado como reforço do Cruzeiro no dia 31 de agosto de 2006, tendo 40% de seus direitos federativos comprados por 350 mil euros. Contudo, também não rendeu o suficiente no time mineiro devido a uma suspensão e acabou sendo negociado, no fim de 2007, sendo contratado pelo Botafogo para a temporada de 2008.
Botafogo
André Luís estreou pela equipe contra o Volta Redonda, no Engenhão, pelo Campeonato Carioca, quando teve uma boa atuação. Na partida seguinte, na goleada por 4 a 1 contra o Duque de Caxias, marcou seu primeiro gol com a camisa do Fogão. O jogador também atuou no clássico contra o Flamengo, ajudando sua equipe a voltar a vencer o rival após 14 jogos.
O zagueiro tornou-se titular com seus gols e boas atuações, aproveitando a ausência de Alexis Ferrero, que estava resolvendo problemas particulares na Argentina. Fez um gol contra o Ríver-PI na vitória por 2 a 0, que classificou o Botafogo às oitavas de final da Copa do Brasil.
Prisão dentro de campo
No dia 1 de junho de 2008, numa derrota por 3 a 0 contra o Náutico, pela 4ª rodada do Campeonato Brasileiro,[6] André Luís envolveu-se numa das maiores confusões de sua carreira, terminando na delegacia.[7] Após receber cartão amarelo por reclamação pela grande violência exercida pela equipe pernambucana, André Luís cometeu falta por trás no lateral Ruy e foi expulso. Ao sair de campo, inconformado, o zagueiro chutou uma garrafa de Gatorade, que teria acertado um ou mais torcedores,[8] e mostrou os dedos médios para a torcida adversária e dirigiu-se ao banco de reservas, o que não pode ser feito após uma expulsão. Logo depois, André Luís foi repreendido por uma aspirante a oficial da Polícia Militar de Recife por ordem do juiz. Ela tentou acompanhá-lo ao vestiário e em seguida dar voz de prisão devido aos delitos cometidos perante a torcida, mas o jogador impediu-a e fugiu, passando a ser perseguido por uma série de policiais dentro de campo. O jogo foi interrompido já que os atletas do Botafogo se juntaram ao zagueiro e confrontaram a polícia.[3] Em seguinda, apoiado por Fábio, Renan e pelo amigo e jogador do Náutico, Paulo Almeida, André Luís dirigiu-se para a porta do vestiário, que estava trancada. A policial que tentava exercer sua autoridade queria prender o jogador por desacato e pelos atos praticados contra a torcida. Como a polícia havia decidido fechar a porta do vestiário devido aos seguranças do Botafogo que queriam invadir o campo por aquele local, a mando do presidente Bebeto de Freitas, a polícia decidiu deter o jogador e retirá-lo do estádio pelo portão de saída da torcida. Bebeto de Freitas tentou ajudá-lo, alegando ser inconstitucional a prisão do atleta, que "era tratado como marginal", ao invés de receber as sanções da Justiça Despotiva, como assevera a legislação brasileira, mas também foi detido por desacato a autoridade. Na delegacia, André Luís chegou a um acordo para ser liberado, comprometendo-se a doar 25 salários mínimos para o Hospital de Câncer de Pernambuco.[9][10]
Cartão amarelo para o árbitro
No dia 5 de novembro de 2008, em partida válida pelas quartas-de-final da Copa Sul-Americana contra o Estudiantes, inconformado ao receber o segundo cartão amarelo, após envolver-se em um princípio de tumulto com jogadores argentinos, André Luis tomou o cartão da mão do árbitro Carlos Chandía e, de cartão amarelo na mão, "puniu-o", sendo imediatamente expulso pelo assustado árbitro.[3][11]
Grêmio Barueri
Após meses sem clube, devido a não conclusão da renovação de contrato com o Botafogo, André Luís acertou com o Grêmio Barueri para a primeira participação do clube na Série A do Brasileirão.
São Paulo
Em dezembro de 2009, foi contratado pelo São Paulo para a temporada de 2010.[12] O zagueiro recebeu a camisa de número 4 e realizou sua estreia no dia 20 de janeiro, num empate por 1 a 1 contra o Mirassol, válido pelo Campeonato Paulista. Já no dia 14 de março, marcou seu primeiro gol com a camisa tricolor no triunfo por 2 a 1 sobre o Rio Branco, sendo este o gol da vitória no Morumbi.
Fluminense
Ainda no primeiro semestre de 2010, André Luís acertou com o Fluminense para a disputa do Campeonato Brasileiro.[13] No final de 2011, o jogador não teve o seu contrato renovado e deixou o time carioca.
Últimos anos
No final da carreira, disputou o Paulistão de 2018 pelo Taboão da Serra[14] e ainda passou pelo Almirante Barroso, mas não chegou a entrar em campo pela equipe catarinense.[3]
Jogos pela Seleção Brasileira Sub-23
Títulos
- Santos
- Benfica
- Botafogo
- Fluminense
Referências