Ana Arraes
Ana Lúcia Arraes de Alencar (Recife, 28 de julho de 1947) é uma jurista e ex-política brasileira. Foi deputada federal pelo estado de Pernambuco e ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), que presidiu entre 2020 e 2022.[2] FamíliaAna Arraes é filha do também político e ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes de Alencar (1916-2005) e de Célia de Sousa Leão (1924-1961), bem como irmã do cineasta Guel Arraes. Do seu casamento com o escritor Maximiano Accioly Campos (1941-1998), ela teve dois filhos: o economista, governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (1965-2014), morto num acidente aéreo, e o advogado, escritor, membro da Academia Pernambucana de Letras e candidato à prefeitura de Olinda, Antônio Campos (1968).[3] É tia de Marília Arraes e avó de João Henrique Campos.[4] Em julho de 1964, durante os preparativos para o seu casamento, ainda com 17 anos, ela dirigiu-se ao general Olímpio Mourão Filho, um dos líderes do Golpe Militar de 1964, à época comandante-geral do IV Exército, para pedir a presença de seu pai, Miguel Arraes, que na época estava preso na Ilha de Fernando de Noronha. O pedido foi atendido, razão pela qual seu casamento ocorreu na capela da Base Aérea do Recife, em 9 de agosto de 1964, cercada por soldados. Na ocasião, seu pai chegou num avião da Força Aérea Brasileira e, logo após o término da cerimônia, foi novamente recolhido à prisão em Fernando de Noronha.[5] CarreiraFiliou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) em 1990,[6] época em que seu pai também ingressou no partido. Iniciou a graduação em direito pela Faculdade de Direito de Olinda em 1993, transferindo-se em 1996 para a Universidade Católica do Salvador, onde concluiu o curso em 1998.[6] Exerceu os cargos de assistente do Instituto de Documentação da Fundação Joaquim Nabuco (1986-1990), secretária de conselheiro do Tribunal de Constas do Estado de Pernambuco (1990-1996), técnica judiciária do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (1995-1998) e secretária parlamentar da Câmara dos Deputados (1998-2006).[6][7] Em 2006, conquistou seu primeiro mandato eletivo, de deputada federal pelo PSB, com 178.467 votos, tendo sido a terceira candidata mais votada de seu estado.[8] Em 2010, com 387.581 votos, reelegeu-se, obtendo a maior votação do estado de Pernambuco e a quinta maior do Brasil.[9] Foi a segunda deputada federal da história de Pernambuco, a primeira tendo sido Cristina Tavares. Entretanto, foi a primeira a ser eleita para este fim no século XXI.[3] Em 21 de setembro de 2011, foi indicada pela Câmara dos Deputados para o cargo de ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), assumindo a vaga aberta pela aposentadoria do ministro Ubiratan Aguiar e tornando-se a segunda mulher na história a ocupar esse posto. A primeira foi Élvia Castello Branco.[10] Em dezembro de 2018 tornou-se vice-presidente do TCU, juntamente com José Múcio Monteiro, que assumiu a presidência do TCU. Após a aposentadoria de Múcio em 31 de dezembro de 2020, assumiu a presidência da corte. Aposentou-se no dia 25 de julho de 2022.[11] Referências
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